Antibioticoprofilaxia em Cirurgias do Hospital de Base do Distrito Federal

Antibioticoprofilaxia em Cirurgias do Hospital de Base do Distrito Federal

Logo IGESDF-03
Julival Ribeiro
Atualizado março - 2022

Introdução

Este manual visa orientar todos os envolvidos na realização da antibioticoprofilaxia cirúrgica. Neste contexto, é importante salientar os seguintes princípios da antibioticoprofilaxia:

  1. O objetivo da antibioticoprofilaxia cirúrgica é prevenir a infecção do sítio cirúrgico (ISC), reduzindo a carga de microrganismos no sítio cirúrgico durante o procedimento cirúrgico. A eficácia da profilaxia antibiótica para reduzir a ISC está claramente estabelecida.

  2. Em geral, a seleção de antimicrobianos para a profilaxia de ISC é baseada no custo, segurança, perfil farmacocinético e atividade antimicrobiana. Estudos comparativos de antibióticos para profilaxia cirúrgica são limitados. No entanto, há poucas evidências que sugiram que os agentes antimicrobianos de amplo espectro resultem em taxas mais baixas de ISC pós-operatória em comparação com agentes antimicrobianos de menor espectro.

  3. Atividade do agente profilático escolhido deve abranger a maioria dos patógenos prováveis de causarem infecção no sítio a ser operado.

  4. Cefazolina é a droga de escolha para muitos procedimentos cirúrgicos.

  5. É importante a escolha correta do antibiótico, dose, rota de administração e drogas alternativas para pacientes alérgicos.

  6. Indicação – a antibioticoprofilaxia cirúrgica está indicada para cirurgias limpa-contaminadas, contaminadas e deve ser r considerada para cirurgias limpas para as quais a ocorrência de ISC traz consequências graves ao paciente.

  7. O antibiótico deve ser administrado, via endovenosa, dentro de 60 minutos, antes do início da cirurgia, para que ocorra nível tissular adequado antes da incisão cirúrgica. Com exceção para quinolonas ou vancomicina cujo tempo de administração ocorrerá dentro de 120 minutos antes do início da incisão.

  8. Se um paciente já estiver recebendo um antibiótico para outra infecção antes da cirurgia e esse agente for apropriado para a profilaxia cirúrgica, uma dose extra do antibiótico pode ser administrada dentro de 60 minutos antes incisão cirúrgica.

  9. Atenção especial em relação ao uso de torniquetes (administrar a dose total do antibiótico) antes de insuflar o torniquete.

  10. Para a maioria das cirurgias apenas as doses do intraoperatório são efetivas, não sendo recomendada a administração de doses adicionais do antibiótico no pós-operatório.

  11. Doses adicionais do antibiótico no intraoperatório (repique) – a repetição da dose está indicada quando o procedimento exceder o dobro da meia vida do antibiótico, e se houver sangramento> 1500 ml, realizar após a reposição volêmica e pacientes com queimadura extensa com função renal normal.

  12. A antibioticoprofilaxia pode ser benéfica em procedimentos cirúrgicos associados com alta taxa de infecção (isto é, em cirurgias limpa-contaminada ou em procedimentos contaminados) e deve ser considerada para cirurgias limpas para as quais a ocorrência de ISC traz consequências graves ao paciente (cirurgia cardíaca e/ou implante (prótese, derivações).

  13. Antibioticoprofilaxia cirúrgica é uma medida adicional para a redução do risco de infecção do sítio cirúrgico (ISC), entretanto, não substitui outras medidas de prevenção e controle de infecção.

  14. Em cirurgias limpa, os microrganismos que predominantes que causam ISC são os da microbiota da pele, incluindo espécies estreptocócicas, Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase-negativos. Em cirurgias limpa-contaminada, os microrganismos predominantes na ISC incluem bactérias gram-negativas e enterococos, além da microbiota da pele. Em cirurgias contaminadas , os patógenos que causam ISC são bactérias gram-negativas e anaeróbias, sendo essas ISC tipicamente polimicrobianas.

  15. Limitar a duração de todos os antibióticos é importante, pois qualquer uso antimicrobiano pode alterar a flora bacteriana hospitalar e do paciente, o que pode levar à colonização, resistência ou infecção por Clostridioides difficile.

 

Objetivos

Orientar os profissionais de saúde envolvidos na realização da antibioticoprofilaxia cirúrgica no Hospital de Base do Distrito Federal.

Dose Inicial e Intervalo Para Repique

N/A – não se aplica
*A dose intraoperatória deve ser duas vezes a meia-vida, para manter níveis séricos adequados.
Nota: Para o repique do antibiótico considerar o horário da administração e não o horário da incisão cirúrgica.

Classificação da Cirurgia segundo potencial de contaminação

A microbiota do paciente presente na pele, nas mucosas e no trato gastrintestinal constitui uma fonte importante de patógenos, que podem contaminar o sítio cirúrgico manipulado. Em virtude disto, o risco de desenvolvimento de ISC pode variar de acordo com o potencial de contaminação da cirurgia.

As taxas segundo o potencial de contaminação de ISC são:

  • Cirurgia Limpa: risco de ISC < 2%.

  • Limpa – contaminada: risco de ISC (< 10%).

  • Contaminada: risco de ISC (em torno de 20%).

  • Infectada: risco de ISC (em tornode 40%)

Cirurgias Limpas

São cirurgias realizadas em tecidos, na ausência de infecção e nenhum sinal de inflamação local e em que não ocorreram penetrações no Trato Respiratório, Trato Gastrointestinal, Genital e Urinário (vísceras ocas). São primariamente fechadas e, se necessário, drenar, utilizar dreno fechado. Cirurgias que acompanham o traumatismo não penetrante (fechado) devem ser incluídas nessa categoria se obedecerem aos critérios acima.

Exemplos: Hérnias, cirurgias da tireóide, cirurgias cardíacas, neurocirurgia, artroplastia do quadril, cirurgias ortopédicas eletivas, mastectomia parcial e radical, cirurgia de ovário, esplenectomia, cirurgia vascular, etc. Esplenectomia realizada após trauma fechado – é considerada limpa.

Limpa – contaminada

São cirurgias em que ocorre penetração no Trato Respiratório, Trato Gastrointestinal, Genital e Urinário sob condições controladas e rara contaminação no perioperatório (sem contaminação significativa) e sem infecção.

Exemplos: histerectomia abdominal, intestino delgado, cirurgias de vias biliares sem estase ou obstrução biliar, cirurgia gástrica e duodenal, apêndice, vagina e a orofaringe.

Cirurgias contaminadas

São feridas abertas, recentes e acidental. Em adição, operações com grande quebra da técnica asséptica (por exemplo, massagem cardíaca externa) ou derramamento grosseiro de conteúdo gastrointestinal na cavidade abdominal e em tecidos onde há processo inflamatório agudo, sem secreção purulenta, incluindo necrose tecidual (gangrena seca) são incluídas como cirurgias contaminadas. Exemplos: cirurgia do cólon, intranasal, bucal e dental.

Cirurgias infectadas

Feridas traumáticas antigas com presença de tecido desvitalizado, corpo estranho, contaminação fecal ou infecção clínica presente (purulenta) ou vísceras ocas perfuradas

Cirurgia Geral

Alternativa: Ampicilina/Sulbactam 3g EV ou Gentamicina 5mg/kg + Clindamicina 900mg EV ou *Metronidazol 500mg EV.

a) Antibioticoprofilaxia em pacientes com alto risco: hemorragia gastrointestinal, neoplasia, obstrução gastrointestinal, acidez gástrica diminuída ou motilidade gastrointestinal diminuída, obesidade mórbida e imunossupressão e classificação de ASA ≥ 3.

b) Antibioticoprofilaxia indicada em pacientes com alto risco: maiores de 60 anos, colecistite aguda recente, icterícia, cirurgia biliar prévia, gestantes e imunossupressão. Procedimentos laparoscópicos sem os fatores acima (baixo risco) não usar antibioticoprofilaxia.

c) Preparo mecânico do cólon sem uso concomitante de antibiótico oral, geralmente não é recomendado para paciente submetido a cirurgia colorretal eletiva. Hemorroidectomia – sem indicação de antibioticoprofilaxia.

d) Sem uso de prótese – não há indicação de antibioticoprofilaxia, exceto em pacientes: hérnia recidivada, maior de 60 anos, imunossupressão, uso de cateter urinário e cirurgia com expectativa de longa duração.

e) Pacientes imunocomprometidos e crianças correm o maior risco de infecção pós esplenectomia. Os patógenos mais comuns são as bactérias encapsuladas, especialmente Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae. Vacinação para essas bactérias pode ser feita antes da cirurgia eletiva ou na cirurgia de urgência, vacinar antes da alta hospitalar.

Nota: A abordagem cirúrgica denominada cirurgia endoscopia transluminal por orifícios naturais. É uma nova alternativa para acesso e tratamento de doenças abdominais.Nenhum estudo sobre o uso de antibióticoprofilaxia tem sido publicado.

Cirurgia Torácica

Cirurgia Cardíaca

Nota 1: Se empregar Vancomicina de acordo com o protocolo para MRSA, a dose para adulto é de 1g EV ou 1,5g se> 80kg e deverá ser infundida 1 a 2 horas antes da incisão, associado a Cefazolina 2g EV.

Nota 2: Se a duração for de 24 horas, o esquema deverá ser o seguinte: Cefazolina 2g EV, cada 8 horas (2 doses adicionais) e Vancomicina 1g EV ou 1,5g se> 80kg a cada 12 horas após a primeira dose feita no pré-operatório. Poderá também ser feito Teicoplanina na dose 400 mg, EV, a cada 12 horas.

Neurocirurgia

Cirurgia Ginecológica e Obstétrica

Cirurgia Urológica

*Deve-se excluir infecção do trato urinário com EAS antes da cistoscopia; caso necessário solicitar urocultura para confirmar o resultado sugestivo de infecção. Paciente com resultado positivo tratar a infecção.
**Devido ao aumento da resistência da Escherichia coli às fluoroquinolonas e ampicilina-sulbactam, os perfis de sensibilidade local devem ser revisados antes do uso.

Cirurgia Vascular

Cirurgia Ortopédica

  • Vancomicina 1g EV ou 1,5g se> 80kg a cada 12 horas após a primeira dose feita no pré-operatório. Poderá também ser feito Teicoplanina na dose 400 mg EV, a cada 12 horas.
  • * Em revisão da artroplastia em que não seja provável o risco de infecção, usar esquema profilático (Cefazolina+Vancomicina ou Teicoplanina) e colher material para cultura, para descartar infecção.
  • Infecção estabelecida de próteses seguir o protocolo de tratamento do IGESDF-HB.
  • Nota: Se indicada à pesquisa de S.aureus nasal, para pacientes que irá implantar material protético seguir protocolo descrito do IGESDF-HB.

Transplante em Adultos

  • Nota: Drogas alternativas e para pacientes alérgicos a Betalactâmicos são: Vancomicina, Clindamicina, Gentamicina, Levofloxacina, Metronidazol, Cefepime, Cefotaxime e Ceftriaxona.
  • Todos os pacientes deverão ser avaliados em relação a função renal e hepática, e se necessário modificar as doses dos antimicrobianos.
  • Em transplantes de órgãos abdominais qualquer fluroquinolonas pode ser usada em pacientes alérgicos aos betalactâmicos.
  • Paciente doador infectado com bactérias multirresistentes – manter no receptor o mesmo antibiótico que era usado pelo doador para tratamento.
  • De acordo com a epidemiologia local poderá ser ajustado o antibiótico quer para profilaxia ou tratamento.
  • Tanto para o doador quanto para o receptor, observar se são colonizados por bactérias multirresistentes, sobretudo naqueles que apresentam fatores de risco para aquisição dessas bactérias: pacientes com internação prolongada ou hospitalização recente; pacientes internados em unidades críticas, especialmente aquelas com alta ocorrência desses microrganismos; indivíduos com histórico de exposição a antimicrobianos; pessoas com doença de base específicas, tais como diabetes e doença renal crônica; pessoas imunocomprometidas; cirurgias; exposição a procedimentos invasivos e transferências entre hospitais e unidades intrahospitalar.

Cirurgia Plástica

*Manter Amoxicilina 500mg oral de 8/8hs ou Cefalexina 500mg via oral de 6/6 horas ou Cefadroxila 500mg oral de 12/12 horas até a retirada do tampão.

Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Cirurgia Oftalmológica

Nota: – Lavar bem as pálpebras antes da cirurgia.- Preparação da pele na região periorbitária com iodo-povidona tópico 5%.- Pingar iodo-povidona tópico 5% na superfície ocular e no fundo do saco conjuntival 3 a 5 minutos prévio ao início da cirurgia.

Procedimento em Radiologia e Medicina Intervencionista

*Usar antibiótico profilático em pacientes imunocomprometidos antes da quimioterapia e história de infecção do cateter.

Cirurgia Buco Maxilofacial

Observação: poderá ser usada a combinação Cefazolina 2.0 g + Clindamicina 600 mg.
Se alérgico a betalactâmicos pode usar aminoglicosídeo + Clindamicina.

Indicadores de Qualidade

  1. Administração de antibióticos dentro de 60 minutos antes da incisão cirúrgica.

  2. Administração prolongada de antimicrobianos, exceto em algumas cirurgias especificas que o período de 24 horas é recomendado.

Fórmula Para o Cálculo Desse indicador:

Número de pacientes submetidos a cirurgia eletiva “X” que receberam o antibiótico profilático em até 60 minutos antes da incisão cirúrgica

Número total de cirurgias eletivas “X ” de acordo com o protocolo estabelecido pelo Hospital

Referências Bibliográficas

  1. The American Society of Breast Surgeons Consensus Guideline on Preoperative Antibiotics and Surgical Site Infection in Breast Surgery. This statement was developed by the Society’s Research Committee and on June 22, 2017, was approved by the Board of Directors.
  2. Kreter B et al. Antibiotic prophylaxis for cardiothoracic operations. Meta-analysis of thirty years of clinical trials. JThorac Cardiovasc Surg. 1992;104(3):590.3
  3. Narotam PK et al. Operative sepsis in neurosurgery: a method of classifying surgical cases. Neurosurgery. 1994 Mar;34(3):409-15; discussion 415-6.
  4. Olsen MA et al.Risk factors for surgical site infection following orthopaedic spinal operations. Bone Joint Surg Am. 2008 Jan;90(1):62-9.
  5. Chen X, et al. Optimal Cefazolin Prophylactic Dosing for Bariatric Surgery: No Need for Higher Doses or Intraoperative Redosing. Obes Surg. 2017 Mar;27(3):626-629.
  6. Fischer MI et al. Antibiotic prophylaxis in obese patients submitted to bariatric surgery. A systematic review. Acta Cir Bras. 2014 Mar;29(3):209-17.
  7. HO VP et al. Cefazolin dosing for surgical prophylaxis in morbidly obese patients. Surg Infect (Larchmt). 2012 Feb;13(1):33-7.
  8. Martínez, E.F.G et al. Dosificación de fármacosenpacientesobesos. Butlletíd’informacióterapèutica del Departament de Salut de la Generalitat de Catalunya. Vol. 24, núm. 4. 2013.
  9. Peppard WJ etal. Association between Pre-Operative Cefazolin Dose and Surgical Site Infection in Obese Patients.  Cicuttin, E.; Catena, F. The “Torment” of Surgical Antibiotic Prophylaxis among Surgeons. Antibiotics2021, 10, 1357.
  10. Bratzler DW et al. Clinical practice guidelines for antimicrobial prophylaxis in surgery. Am J Health-Syst Pharm. 2013; 70:195-283.
  11. ACOG practice bulletin nº 195: Prevention of infection after gynecologic procedures. ObstetGynecol 2018,131: e 172.
  12. ACOG practice bulletin No. 199: Use of prophylactic antibiotics in labor and delivery. ObstetGynecol 2018; 132: e103.
  13. Clinical practice guidelines for antimicrobial prophylaxis in surgery. Am J Health Syst Pharm 2013; 70:195.
  14. Zelenitsky SA et al. A prospective, randomized, double-blind study of single high dose versus multiple standard dose gentamicin both in combination with metronidazole for colorectal surgical prophylaxis. J Hosp Infect 2000; 46:135.
  15. Pittaway DE et al. Antibiotic prophylaxis for gynecologic procedures prior to and during the utilization of assisted reproductive technologies: a systematic review. Am J ObstetGynecol 1983; 147:623.
  16. Pereira N et al. Antibiotic prophylaxis for gynecologic procedures prior to and during the utilization of assisted reproductive technologies: a systematic review. J Pathog 2016; 2016:4698314.
  17. Duclos G et al. Surgical antimicrobial prophylaxis in intensive care unit (ICU) patients: a preliminary, observational, retrospective study. Ann Transl Med 2018;6(20):402.
  18. Solís-Téllez H et al. Análisisepidemiológico: profilaxis y multirresistênciaemcirugía. Revista de Gastroenterología de México. 2017; 82:115-122.
  19. Surgical Prophylaxis Guideline, 2018. This guideline have been developed by the NB Provincial Health Authorities Anti-infective Stewardship Committee (ASC) and its Working Group (a sub-committee of the Provincial Drugs and Therapeutics Committee). Horizon Health Network – Ca.
  20. WainbergSK et al. Clinical practice guidelines for surgical antimicrobial prophylaxis: Qualitative appraisals and synthesis of recommendations. J Eval Clin Pract. 2018, Jul 19,1-12.
  21. SaraLevin et al. Guia de utilização de anti-infecciosos e recomendações para a prevenção de infecçõesrelacionadas à assistência à saúde. 7. Ed. São Paulo: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, 2018.
  22. PhilipeD et al. Antibiotic prophylaxis in urological surgery. Evidence‐Based Urology, Second Edition Editor(s): Philipp Dahm and Roger R. Dmochowski. First published:6 July 2018.
  23. Boyle KK et al. Centers for Disease Control and Prevention 2017 Guidelinesfor Prevention of Surgical Site Infections: Review and Relevant Recommendations. Current Reviews in Musculoskeletal Medicine (2018) 11:357–369.
  24. Andersen DJA et al. Antimicriobial prophylaxis for prevention of surgical site infection in adults. Updated: Mar 09, 2018. www.uptodate.com
  25. Ierano C et al. Surgicalantimicrobial prophylaxis. AustPrescr. 2017 Dec;40(6):225-229.
  26. SurgicalAntimicrobial Prophylaxis Clinical Guideline Version No: 2.0. Approval date: 2 November 2017. Endorsed by South Australian expert Advisory Group on Antibiotic Resistance (SAAGAR). Government of South Australia – SA Health.
  27. Reineke S et al. Adding vancomycin to perioperativeprophylaxisdecreasesdeepsternalwound infections in high-risk cardiac surgery patients. Eur J Cardiothorac Surg 2018; 53:428 34.
  28. Clara, L et al. Guía de ProfilaxisAntibióticaQuirúrgica. Sociedad Argentina de Infectología(SADI). Actualización 2017.
  29. C. Martin et al. Antibioprophylaxieenchirurgie et médecineinterventionnelle. (patientsadultes), 2018. Comité de Pilotage Société Françaised’Anesthésie et de Réanimation.
  30. Jenkins D et al. Antibiotic Guide for Surgical Prophylaxis in Adults. PAGL Inclusion Approved at January2017 PGC. University Hospitals of Leicester –NHS.
  31. Marrosu A et al. Antibiotic Guidelines-Antibiotic Prophylaxis in Gynaecological Procedures. Reference Number: 144TD(C)25(F7) Version Number: 4 Issue Date: 10/12/2018. Salford Royal NHS Foundation Trust (SRFT).
  32. HILLS T et al. Surgical Antibiotic Prophylaxis Guidelines for Adult Patients within ENT. Nottingham Antimicrobial Guidelines Committee Page 1 of 7 Written February 2019.Review February 2022.
  33. JocumJ. Surgical antibiotic prophylaxis: Are you doing it right? Southern African Journal of Anaesthesia and Analgesia2018; 24(3) (Supplement 1).
  34. Şen P et al. Current Approaches to Surgical Antimicrobial Prophylaxis and Use of Antimicrobial Prophylaxis in Urological Procedures. J Urol Surg 2017; 4:159-166.
  35. Surgical Antibiotic Prophylaxis Guideline. The women’s – theRoyal Women’s Hospital. Published: (15/11/2018) Page 1 of 7. http://www.health.vic.gov.au/
  36. Aguado JM et al. Management of multidrug resistant Gram-negative bacilli infections in solid organ transplant recipients: SET/GESITRA-SEIMC/REIPI recommendations, Transplantation Reviews (2017).
  37. Matthew D. Surgical antibiotic prophylaxis. Surgery – Oxford International Edition, Volume 37, Issue 1, 19 – 25, 2019.
  38. Zani EL et al.Antibiotic prophylaxis for transrectal prostate biopsy. Cochrane Database Syst Rev. 2011 May 11;(5):CD006576.
  39. Togo Y et al. Prevention of infectious complications after prostate biopsy procedure. Int J Urol. 2017 Jul;24(7):486-492. Epub 2017 May 27. Review.
  40. Chehab MA et al. Adult and Pediatric Antibiotic Prophylaxis during Vascular and IR Procedures: A Society of Interventional Radiology Practice Parameter Update Endorsed by the Cardiovascular and Interventional Radiological Society of Europe and the Canadian Association for Interventional Radiology. J VascIntervRadiol. 2018 Nov;29(11):1483-1501.e2.
  41. Branch-Elliman W et al. Association of Duration and Type of Surgical Prophylaxis with Antimicrobial-Associated Adverse Events.JAMA Surg. 2019;154(7):590.
  42. Anderson DJ et al.Antimicrobialprophylaxis for prevention of surgical site infection in adults. UpToDate – Oct 2020.
  43. Koichi Yuki et al. “Surgical Site Infections and PerioperativeOptimization of Host Immunity by Selection of Anesthetics”, BioMedResearchInternational, vol. 2021, Article ID 5576959, 9 pages, 2021.
  44. Brocard E, Reveiz L, Régnaux J-P, Abdala V, Ramón-Pardo P, del Rio Bueno A. Antibioticprophylaxis for surgical procedures:a scoping review. Rev PanamSalud Publica. 2021;45: e62.
  45. Rohrer F, Maurer A, Noetzli H, et al. Prolongedantibioticprophylaxis use in electiveorthopaedicsurgery – a cross-sectional analysis. BMC MusculoskeletDisord. 2021;22(1):420. Published 2021 May 6. doi:10.1186/s12891-021-04290-w.
  46. Hassan, S., Chan, V., Stevens, J. et al. Factors thatinfluenceadherence to surgicalantimicrobialprophylaxis (SAP) guidelines: a systematic review. SystRev10, 29 (2021).
  47. Lollobrigida M, Pingitore G, Lamazza L, Mazzucchi G, Serafini G, De Biase A. Antibiotics to Prevent Surgical Site Infection (SSI) in Oral Surgery: Survey among Italian Dentists. Antibiotics (Basel). 2021 Aug 6;10(8):949. doi: 10.3390/antibiotics10080949.
  48. Brocard E, Reveiz L, Régnaux J-P, Abdala V, Ramón-Pardo P, del Rio Bueno A. Antibioticprophylaxis for surgical procedures:a scoping review. Rev PanamSalud Publica. 2021;45: e62.
  49. Grouparrangements: Salford Royal NHS Foundation Trust (SRFT) Pennine Acute Hospitals NHS Trust (PAT). AntibioticProphylaxis in Cranial Neurosurgery AntibioticGuidelines. 12/2020.
  50. Deverick JA et al.Antimicrobial prophylaxis for prevention of surgical site infection in adults. UpToDate. Literature review current through: Feb 2022.
  51. Marsha F. Crader; Matthew Varacallo. PreoperativeAntibiotic Prophylaxis.Last Update: February 12, 2022.
  52. Marano, L.; Carbone, L.; Poto, G.E.; Calomino, N.; Neri, A.; Piagnerelli, R.; Fontani, A.; Verre, L.; Savelli, V.; Roviello, F.; Marrelli, D. Antimicrobial Prophylaxis Reducesthe Rate of Surgical Site Infection in Upper Gastrointestinal Surgery: A Systematic Review. Antibiotics2022, 11, 230.53. Sartelli, M.; Coccolini, F.; Carrieri, A.; Labricciosa, F.M.; Cicuttin, E.; Catena, F. The “Torment” of Surgical Antibiotic Prophylaxis among Surgeons. Antibiotics2021, 10, 1357.

Jucier Hair Designer

Com mais de história 36 anos de história localizado no edifício Radio Center, o salão de beleza Jucier Hair Designer preza pelo melhor atendimento aos seus clientes, realizando serviços como :

  • Cabelo : corte, escova, progressiva, tintura e mechas;
  • Unha : pé e mão ( em conjunto);
  • Depilação : axilas, contorno cirúrgico, meia perna e perna completa;
  • Sobrancelha : design simples.‌‌


Benefício
: 20% de desconto aos colaboradores do IgesDF

Corte:
Masculino: De R$ 45,00 por R$ 36,00
Feminino: De R$ 75,00 por R$ 60,00

Escova:
Curta: De R$40,00 por R$32,00
Média: De R$ 45,00 por R$36,00
Longa: De R$55,00 por R$44,00

Químicas:
Progressiva: De R$250,00 por R$200,00
Tintura: De R$ 180,00 por R$ 144,00
Mechas: De R$ 280,00 por 224,00

Unha:
Pé e mão – De R$45,00 por R$ 40,00

Depilação :
Axilas: De R$30,00 por R$ 24,00
Contorno cirúrgico: De R$ 60,00 por R$ 48,00
Meia perna: De R$ 40,00 por R$ 32,00
Perna completa: R$50,00 por R$ 40,00

Sobrancelha :
 Design simples – De R$ 45,00 por R$36,00

Telefone: Clique aqui
Endereço: Srtvn 702 bloco p loja 109 – Asa Norte – Ed Brasilia Radio Center.