Quem despertou a necessidade de criar a instituição foi a primeira presidente do MAC, Maria Rita dos Santos. Ela ia ao hospital acompanhar o filho adolescente, que estava fazendo tratamento de câncer e recebendo quimioterapia. A mãe sempre levava lanches e frutas para o filho se alimentar, pois a quimioterapia é um procedimento que enfraquece/debilita o paciente. Maria Rita observou que os outros pacientes olhavam aquele lanche e resolveu levar uma quantidade maior para compartilhar. À medida que foi distribuindo o lanche, percebeu a grande demanda e resolveu pedir ajuda, chamando alguns conhecidos para apoiá-la. Assim, foi-se criando um movimento de pessoas que compravam lanches e os distribuíam aos pacientes durante a quimioterapia.

A quimioterapia feita no Hospital de Base, em Brasília, ocorre de manhã e à tarde; contudo, os pacientes precisam chegar com bastante antecedência e esperar na fila. Alguns pacientes se locomovem através de ambulâncias que saem do entorno do DF com horas de antecedência, e, sendo assim, nem sempre têm condições de se alimentar adequadamente. Portanto, essas pessoas perceberam a necessidade de criar uma instituição com o intuito de apoiar os pacientes que fazem tratamento na área oncológica do hospital.

O MAC – Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer – foi fundado em 1º de junho de 1994. A assinatura da ata que fundou o Movimento de Apoio Canceroso (nome inicial) aconteceu no auditório “Dr. Sávio Pereira Lima” do Hospital de Base de Brasília. Vinte e três membros assinaram a ata, constituindo assim uma entidade. A instituição criou uma diretoria composta por presidente (Maria Rita), vice-presidente (Flora Rios), secretária (Jandira Pinheiro) e tesoureira (Márcia Xavier).

No dia 21 de setembro de 1994, no Diário Oficial (nº 181, seção 3), foi publicada a notícia da criação da empresa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos e de caráter apolítico. A sede está situada no primeiro andar do Hospital de Base do DF e tem como finalidade prestar assistência material, social, moral e espiritual aos pacientes vítimas de câncer atendidos na unidade de radioterapia e oncologia do hospital. A duração da instituição e a mudança de estatuto só poderão ser definidas por assembleia geral com 2/3 dos membros. De acordo com o art. 4º do estatuto da instituição, o MAC não remunera diretoria, membros, voluntários, colaboradores ou sócios pelo exercício de suas funções. Não distribui lucros, benefícios ou vantagens sob qualquer forma ou pretexto, aplicando integralmente lucros e rendas na consecução de seus fins.

A instituição permanece, ainda hoje, com seu trabalho, distribuindo lanches para os pacientes durante a quimioterapia, de segunda a sexta-feira, nos períodos matutino e vespertino. Além disso, atende pacientes em tratamento de câncer e em situação de baixa renda com cestas básicas e kits de higiene. A instituição financia, quando necessário, exames ou remédios para os pacientes em tratamento e faz doações ao hospital, como cadeiras de rodas, muletas, botas ortopédicas, cobertores, fraldas, etc. Também promove oficinas de bijuterias e crochê para os pacientes internados, participa de eventos e distribui lembrancinhas em datas festivas, como Dia das Mães, Dia dos Pais, Natal, Mês da Mulher, Mês de Combate ao Câncer de Mama, festa junina, etc. Na sede do MAC, há um bazar de roupas, acessórios e calçados, frutos de doações que a instituição vende para gerar recursos e manter o apoio aos pacientes.

O MAC possui voluntários e colaboradores que ajudam financeiramente e/ou doam seu tempo para visitar pacientes internados, distribuir os lanches, ajudar no bazar da instituição, entre outras atividades. A maioria dos voluntários/colaboradores são ex-pacientes que fizeram tratamento na área oncológica do Hospital de Base. Como essas pessoas compreendem o significado do apoio durante o tratamento de câncer, elas resolveram fazer parte dessa causa.