O Hospital Regional de Santa Maria — HRSM — recebeu nesta semana a doação de cinco cadeiras que serão empregadas para o lazer terapêutico de 15 crianças sob cuidados prolongados devido a condições crônicas complexas, a exemplo de paralisia cerebral ou síndromes genéticas.
Esses equipamentos servirão ao passeio denominado “Hora do Rolezinho”, que surgiu em 2019, com o nome de Passeio Terapêutico, por iniciativa de profissionais do Serviço de Cuidados Prolongados Pediátricos — SECPP, também conhecido pela sigla UCP Ped.
A doação foi obtida pelo Serviço de Saúde Funcional do HRSM junto ao Núcleo de Produção de Órteses e Próteses — Nupop, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal — SES.
“Na semana passada, entrei em contato com o Nupop perguntando se tinha cadeiras para doação e prontamente responderam que sim”, detalhou a chefe do Serviço de Saúde Funcional, a fisioterapeuta Daniele Fontenele, 34 anos, que está no HRSM desde 2019, quando surgiu o Passeio Terapêutico., rebatizado neste ano por “Hora do Rolezinho”.
Depois disso, a chefe do Serviço de Saúde Funcional explicou que o lazer terapêutico sempre contou com carrinhos de bebê, no caso de crianças mais novas, e cadeiras de rodas adquiridas pelos próprios familiares. No início, serão utilizadas apenas 4 das 5 cadeiras.
“A ‘Hora do Rolezinho’ sempre acontece, de uma a duas vezes por semana. Porém, antes, algumas crianças iam em um carrinho de bebê — e agora, com as cadeiras, podemos levá-las de forma mais segura e confortável”, pontuou.
Desapego
Segundo a gestora, o paciente que precisa dessas cadeiras dá entrada com solicitação no Nupop e é atendido mediante a tomada das medidas para confecção de cadeiras de rodas por empresa contratada via licitação.
“Eles [do Nuppop] doam para os serviços que solicitam. Mas também, se surgir uma criança necessitando e que a cadeira seja adequada para ela, eles dão também”, complementou Danielle.
Estímulos agradáveis
Para a fisioterapeuta, a “Hora do Rolezinho” traz diversos benefícios aos pacientes no sentido de minimizar o impacto da hospitalização prolongada, promovendo o vínculo entre mãe, paciente e equipe, em um espaço de saúde, bem-estar e lazer em cuidados intensivos.
”Isso vai intervir de forma humanizada na valorização de ganhos durante a hospitalização prolongada e realizar um acompanhamento terapêutico a fim de oferecer suporte emocional e prevenir complicações na área da saúde mental, como também oferecer estímulos agradáveis externos”, destacou.