Rede Feminina de Combate ao Câncer: 27 anos de ajuda e solidariedade na luta contra a doença

Rede Feminina de Combate ao Câncer: 27 anos de ajuda e solidariedade na luta contra a doença

Uma trajetória de apoio emocional e material de assistência que faz a diferença para pacientes e acompanhantes

Pollyana Cabral

No dia 07 de outubro, a Rede Feminina de Combate ao Câncer comemorou 27 anos de dedicação aos pacientes na batalha contra a doença. Desde o apoio emocional e conversas até a doação de cestas básicas, perucas e próteses mamárias, a instituição tem desempenhado um papel fundamental no suporte às mulheres que enfrentam o câncer.

A tarde da última sexta-feira foi marcada por um evento especial na tenda da Casa Rosa, localizada no jardim do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Voluntários, colaboradores, pacientes e acompanhantes se reuniram para comemorar o aniversário da Rede Feminina. A presença marcante da fundadora e presidente, Maria Thereza Simões Falcão, emocionou a todos os presentes.

“São 27 anos de dedicação ininterrupta da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, onde o apoio vai além do aspecto médico. O trabalho abrange desde o acolhimento emocional até a oferta de materiais assistenciais, como cestas básicas, perucas e próteses mamárias,” afirma Maria a presidente.

A história dessa iniciativa solidária começou em outubro de 1996, quando a Maria Thereza, aceitou o convite da Rede Feminina Nacional para trazer o projeto para a capital. Desde então, a rede vem ganhando espaço e ajudando inúmeras vidas e projetos, tornando-se uma presença vital em um momento tão desafiador.

Mais de 500 pessoas atuam como voluntárias, dedicando seus esforços diariamente, inclusive aos fins de semana. Todos sob a liderança da coordenadora, Vera Lúcia Bezerra da Silva, conhecida carinhosamente como Verinha, atuam em diversos setores do hospital, proporcionando suporte em momentos fundamentais como ambulatório, sala de quimioterapia, radioterapia, pronto-socorro e Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A força do trabalho voluntário não tem idade, começando a partir dos 18 anos, e inclui até um projeto voluntário mirim, entre filhos dos voluntários, que arrecada materiais essenciais para fortalecer a missão de fazer a diferença. Além disso, muitos projetos nasceram da empatia, oferecendo auxílio tanto para os pacientes quanto para seus acompanhantes.

“Nosso compromisso é fornecer suporte integral, tanto emocional quanto prático, para aqueles que enfrentam essa jornada desafiadora. Não queremos que ninguém se sinta sozinho nessa luta”, destaca Verinha.

Uma das iniciativas, a distribuição diária de lanches para os acompanhantes, teve sua origem em uma situação cotidiana no hospital. A coordenadora Verinha, ao ser abordada por um acompanhante em busca de café, foi inspirada a oferecer pães e café diariamente aos acompanhantes. Essa ação se soma aos lanches fornecidos duas vezes ao dia, para os acompanhantes dos pacientes, totalizando 300 lanches por dia.

Além disso, a Rede Feminina de Combate ao Câncer presta assistência a pessoas que enfrentam situações de vulnerabilidade, como dificuldades financeiras, o que impossibilitam o tratamento. A distribuição mensal de cerca de 700 cestas básicas é uma dessas ações, iniciada em 2001 a partir da observação de Verinha sobre a necessidade prévia de ajuda para garantir uma alimentação adequada às famílias carentes.

“Nosso objetivo é alimentar não apenas o corpo, mas também o coração. Sabemos que, no meio dessa batalha contra o câncer, uma refeição nutritiva pode ser o abraço que acalenta a alma e dá forças para seguir adiante. É mais do que comida; é amor, é esperança, é o cuidado que transcende os limites de uma simples refeição. O que oferecemos é um gesto de carinho, uma mensagem de que não estão sozinhos nessa jornada. Ver o sorriso no rosto de alguém que recebe o alimento é a nossa maior recompensa,” ressalta Verinha.

Nesses 27 anos, a Rede Feminina de Combate ao Câncer tem se mostrado uma força essencial, proporcionando ajuda e solidariedade em um momento tão especial na vida de pacientes e de seus familiares. A dedicação e o compromisso desses voluntários e colaboradores têm sido fundamentais para aliviar o peso da doença e trazer esperança a tantas vidas.

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