Nesta segunda-feira (5), os pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) tiveram uma manhã alegre regada de várias marchinhas de Carnaval. Além de uma dupla de voluntários cantando e tocando, houve decoração temática e emoção por parte da equipe e dos pacientes. A ação foi idealizada e organizada pelas equipes de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional do setor.
O Carnaval da UTI adulto ocorreu no Espaço Reabilitar, que possui ações rotineiras todas às segundas, quartas e sextas. Esta semana o objetivo foi trabalhar o tema Carnaval e a musicalização com os pacientes que podem sair dos leitos com segurança.
“Decidimos optar pelo tema de Carnaval porque a música explora as questões cognitivas e afetivas dos pacientes. Além disso, ressignifica a internação e cria memórias boas e positivas do momento. Por isso, decidimos chamar dois familiares também para participarem”, explica a terapeuta ocupacional Tainá Rakan.
Segundo ela, esse tipo de atividade estimula o cérebro, questões motoras e minimiza os estresses diários da internação. A ação foi idealizada e organizada pelas equipes de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Os cantores que se propuseram a ir até o HRSM são os militares da reserva do Força Aérea Brasileira e voluntários, Henrique Menezes e Francisco de Assis.
Larissa Miranda, é acompanhante da tia, a paciente Edna Miranda, de 53 anos, internada há seis meses. Ela participou do momento e aprovou a ação. “É algo que muda a rotina de quem está aqui, distrai muito. Minha tia adorou e ficou feliz ao ouvir tantas músicas, fez bem para ela”, avalia.
O paciente Arnaldo dos Santos, de 62 anos, fez a festa e até dançou com a terapeuta ocupacional. “Achei este momento maravilhoso. Quem proporcionou este momento não teve ideia melhor. Foi ótimo. Já melhorei 60% depois dessa ação de hoje”, brinca ele.
Para Brendo dos Santos, de 28 anos, internado há uma semana, mais ações deste tipo deveriam ocorrer, principalmente para os pacientes da UTI, pois ficam a maioria do tempo sozinhos, sem direito a acompanhamento da família.
O fisioterapeuta Felype Wygle destacou que o momento proporciona alegria e muda a rotina dos pacientes. Já a terapeuta ocupacional Rayssa Barros chama a atenção de que é sempre positivo ofertar atividades de estimulação destes pacientes porque promove a interação entre os pacientes e equipe, além de prevenir delírios e confusão mental em alguns pacientes devido ao isolamento e poucas visitas familiares.