Nesta terça-feira (12), os colaboradores do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) participaram do treinamento de Implementação de Protocolo AVC, voltado para a área operacional (equipes de segurança, humanização e recepção). Foram duas turmas, uma pela manhã e outra à tarde. O treinamento ocorreu no auditório do HRSM e foi promovido pela Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (DIEP) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF).
O objetivo é capacitar toda a equipe hospitalar com conhecimentos necessários para implementar de forma eficaz um protocolo abrangente para o tratamento do acidente vascular cerebral (AVC).
“Queremos que todos saibam como agir no caso de chegar um paciente sofrendo um AVC. Que eles consigam identificar sinais de alerta de forma precoce e entendam o fluxo do hospital para dar uma melhor assistência a este paciente”, explica a enfermeira do Núcleo de Educação, Luiza Melo.
Durante o treinamento foram abordadas as diferenças entre o AVC isquêmico (quando há obstrução de vaso sanguíneo) e o AVC hemorrágico (Rompimento de vaso sanguíneo e maior risco de letalidade). Além disso, estatísticas importantes sobre a doença foram debatidas.
Anualmente, surgem 400 mil casos de AVC no Brasil, gerando 12 óbitos por hora e 307 óbitos por dia no país. Além disso, as estatísticas apontam que um terço dos casos ocorre com a população economicamente ativa e gera muita incapacidade, sendo que 70% das pessoas não retornam ao trabalho, 30% evolui com necessidade de auxílio para caminhar e 30% evolui com demência após um ano.
“É uma doença que acomete mais homens, principalmente quem tem algum tipo de comorbidade como, pressão alta e diabete e, hábitos de vida ruins. O protocolo para atendimento de alguém com sinais clínicos de AVC é de uma média de 25 minutos entre a chegada do paciente ao hospital e a realização de uma tomografia. Já o período entre a chegada e a administração do trombolítico deve ser menor do que 60 minutos”, informa.
Luiza destaca a importância de ficar atento aos sinais clínicos que os pacientes apresentam em sua chegada e alertar a equipe de triagem. Dentre os sinais de alerta estão a queda facial do sorriso (boca torta), a debilidade dos braços (um dos braços não se sustenta no alto) e a fala anormal. Por isso, cada minuto faz a diferença na vida do paciente.
O colaborador do Humanizar Welinton Silva trabalha no Ambulatório do HRSM e adorou o treinamento. “Acho que esse tipo de informação deve ser repassada para o maior número de pessoas possível. É de suma importância conseguir identificar um paciente que está tendo um AVC e conseguir agilizar seu atendimento para que sua vida seja salva”, avalia.