Nesta quinta-feira (6), é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, exame essencial na vida do recém-nascido. A data foi instituída pela Lei 11.605/2007 e tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância e obrigatoriedade do teste para todos os recém-nascidos.
Desde 2023, o Distrito Federal incluiu três novas classes de doenças à testagem. Com a ampliação, a rede pública da capital federal começa a diagnosticar as doenças lisossomais de depósito, a imunodeficiência combinada grave (SCID) e a atrofia muscular espinhal (AME), e passa a ter capacidade para detectar 62 enfermidades em recém-nascidos, sendo a maior triagem neonatal do país.
Todo o bloco materno-infantil do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é composto por uma equipe capacitada e qualificada na realização da coleta do exame, podendo-o ser colhido em todos os setores em que o bebê se encontra internado nos primeiros dias de vida. Ou seja, Centro Obstétrico, Maternidade, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN).
De janeiro até maio deste ano, a Maternidade do HRSM já coletou 1.719 amostras do teste do pezinho. Ao longo de 2023, foram 3.699 exames registrados no total. Já na UTIN, de janeiro até maio de 2024 foram coletados 195 testes e em todo o ano passado foram 475 testes.
A UCIN coletou nos cinco primeiros meses de 2024 um quantitativo de 104 amostras, já em todo o ano de 2023 foi registrado um total de 223 coletas de teste do pezinho em recém-nascidos. Já o Centro Obstétrico coletou, de janeiro a maio deste ano, 159 exames.
A chefe do Serviço de Enfermagem da Maternidade do HRSM, Marília Cunha, explica que o teste é realizado após 24h de vida do recém-nascido, mas que também pode ser coletada a amostra até o quinto dia de vida do bebê em qualquer unidade básica de saúde, porém, a equipe tenta realizar a coleta da amostra ainda no hospital.
“Através do teste do pezinho, é possível detectar doenças graves do metabolismo, como hipotireoidismo congênito, a fenilcetonúria e as hemoglobinopatias, que não apresentam sintomas no nascimento e, se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente, podem causar sérios danos à saúde, inclusive retardo mental grave e irreversível”, explica.
A conscientização da família quanto à realização do exame é imprescindível na detecção precoce de doenças, evitando, assim, sequelas graves e até irreversíveis. Em relação ao teste, a coleta de sangue para o exame ocorre, geralmente, em até 48 horas de vida do recém-nascido, podendo ser feito até o quinto dia de vida.
“Após 24 horas coletamos as amostras de bebês que estão se alimentando bem, se tiver alguma dificuldade para amamentação, aguardamos 36 horas ou até mesmo 48 horas para fazer a coleta do exame. E nos bebês prematuros ou com peso menor que 2.500 kg, são feitas três coletas do exame, com 48h, com 7 dias e 28 dias de vida”, explica a técnica de enfermagem da Maternidade, Andrelisse Alves.
Ester Queiroz, de 29 anos, é mãe de Levi, de apenas um dia de vida, e acha de extrema importância o teste do pezinho. “A coleta aqui facilita bastante. Isso é ótimo, porque já recebemos alta com o teste do pezinho feito e sem me preocupar em levar ele em uma UBS pra fazer o exame. Tive meu filho mais velho, Caleb, hoje com 5 anos, aqui no Hospital Regional de Santa Maria, e foi do mesmo jeito, no dia seguinte que ele nasceu fizeram a coleta do exame dele.”