A Coordenação de Corregedoria do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) promoveu, na sexta-feira (08), uma capacitação direcionada aos gestores do Hospital de Base (HBDF), para esclarecer e aprimorar o entendimento sobre o fluxo de procedimentos de apuração disciplinar. O evento, realizado no auditório do 12º andar da unidade, contou com a participação de chefes de núcleo e de serviços, coordenadores e gerentes.
A capacitação foi conduzida pela Coordenadora de Corregedoria do IgesDF, Vanessa Tchelzoff, que explicou o foco do treinamento: “Nosso objetivo é capacitar os gestores para poderem exercer plenamente o poder disciplinar, conforme estabelece o Regulamento de Procedimento Disciplinar do Instituto. Queremos garantir que eles estejam preparados para conduzir de maneira eficiente a apuração de infrações dentro de suas equipes”, afirmou Vanessa.
De acordo com Vanessa, o treinamento foi estruturado para fornecer aos gestores uma visão clara e prática do regulamento, abordando especificamente os procedimentos para a apuração disciplinar quando a irregularidade é evidente. “Muitos gestores, principalmente na área assistencial, não têm muita familiaridade com essa parte da gestão. Por isso, fizemos uma capacitação objetiva, focada no que é realmente necessário para que eles saibam como proceder em casos em que não haja dúvida sobre quem cometeu a infração e qual foi a falha”, explicou Vanessa.
Uma cartilha com os principais procedimentos e regras foi entregue aos gestores, com um fluxograma para fácil identificação dos processos e trâmites envolvendo questões disciplinares.
Durante o treinamento, Vanessa ilustrou a aplicação do regulamento com alguns exemplos práticos, para facilitar a compreensão de todos. “Se um colaborador bate o ponto e sai do local de trabalho sem prestar o devido serviço, e há câmeras de segurança que comprovam a irregularidade, o gestor deve saber exatamente como proceder para apurar o ocorrido”, detalhou a coordenadora.
Corregedoria: suporte aos gestores
Segundo Vanessa, muitos gestores enfrentam insegurança ao exercer suas funções disciplinares e cobranças relativas ao trabalho por receio de sofrerem acusações de assédio moral. “Temos percebido que muitos gestores acabam sendo omissos em suas funções por se sentirem intimidados com o risco de acusação de assédio moral e perseguição, especialmente em razão da possibilidade de registrar denúncia anônima na ouvidoria. No entanto, é importante que eles saibam que, quando recebemos denúncias dessa natureza, temos a responsabilidade de apurá-las de maneira rigorosa, inclusive por considerarmos a existência de assédio moral ascendente também, quando colaboradores se juntam para prejudicar um gestor”, explicou Vanessa.
Ela também ressaltou que a Corregedoria está pronta para apoiar os gestores no momento em que surgirem dúvidas. “Nosso objetivo é apoiar os gestores de forma contínua. Se houver dúvidas sobre casos específicos, estamos à disposição para orientar por diversos canais. Isso permite que as medidas disciplinares sejam aplicadas de forma eficaz e pedagógica, e garante procedimentos mais seguros e justos. O reflexo disso é um ambiente de trabalho mais saudável e colaboradores mais satisfeitos.”, destacou Vanessa.
“Nosso apoio é fundamental para que os gestores possam tomar decisões rápidas e adequadas. Quando houver dúvidas ou situações mais complexas, a Corregedoria se encarregará da apuração, mas o objetivo é que, sempre que possível, a resolução aconteça dentro da própria equipe de gestão, de modo a conferir mais efetividade às ações e resultados mais positivos para o Instituto.”, afirmou Vanessa.