No início da tarde, Luiz Henrique Ramos, Chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) falou sobre o tema “Transplante de Medula Óssea no Hospital de Base: Perspectivas e Inovações”. Em sua apresentação, ele falou sobre o projeto da implementação do serviço de TMO na unidade, explicou sobre os diferentes tipos de procedimentos e sobre como eles funcionam.
Em seguida, Marco Istvan de Camargo, líder de inovação do Laboratório Sabin, falou sobre “Desafios e oportunidades de Inovação na Saúde”. De acordo com ele, “inovação tem que ser algo novo, que ninguém fez antes, que entregue valor e que cause impacto”. Ele contou que a pandemia de COVID-19 foi um momento que trouxe mais oportunidades e desafios para a inovação dentro do grupo Sabin, já que o atendimento ao paciente precisava mudar.
Istvan mostrou imagens do centro de inovação que o grupo Sabin criou, chamado skyhub, para lidar com startups que pensam em planejamento, questões de agilidade dos processos e tecnologia. “Durante a pandemia, o grupo investiu em startups de tecnologia para trazer projetos e inovações de fora para dentro”, explicou.
A penúltima discussão do dia foi uma mesa redonda onde o time de Eletroneuroestimulação muscular do Hospital de Base contou um pouco sobre a vivência. Participaram da palestra os fisioterapeutas Marília Mendes Rodrigues, Kelson Carvalhedo Sousa de Lima e Amaro Eduardo Tavares de Araújo.
Marília deu início à palestra explicando como funciona a atuação do time dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de neurotrauma. “O que a gente busca em nosso trabalho é oferecer um suporte para os músculos do corpo, que ficam prejudicados quando o paciente está em uma UTI”, explicou. Kelson falou sobre a Fraqueza Muscular Adquirida na UTI (FAUTI) e sobre quais os seus fatores de risco como sedação prolongada e imobilismo.
Amaro Eduardo falou um pouco sobre como o uso do Suporte Neuromuscular Avançado (SNA) traz um ganho de força muscular do paciente dentro da UTI e ajuda a reduzir o tempo de internação e custar menos ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, o SNA é uma abordagem utilizada para o diagnóstico, monitorização e tratamento de disfunções neuromusculares em pacientes da UTI. A técnica envolve o uso de correntes elétricas transcutâneas que simulam a atividade cerebral e mantém os nervos e músculos ativos, mesmo quando o paciente permanece sedado.
A última mesa-redonda do Congresso teve como tema “A importância da pesquisa para a mitigação das epidemias emergentes e contou com a moderação do Dr Julival Ribeiro, Coordenador do Núcleo de Controle de Infecção do Hospital de Base; e a participação da Dra Janaína Sallas, Coordenadora do Programa de Saúde a Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID) no Brasil e da Dra Maria do Socorro Xavier Felix, gerente de Risco em Serviços de Saúde da Secretaria de Saúde do DF.
De acordo com a Dra Janaína, a resistência aos antimicrobianos está entre as dez ameaças mais significativas à saúde pública em todo o mundo. Ela aproveitou para mostrar o trabalho que vem sendo realizado pela USAID no Brasil com investimentos em pesquisa e formação.
A Dra Maria do Socorro aproveitou a oportunidade para reforçar a importância da higienização correta das mãos por parte dos profissionais de saúde. “É preciso cada um de nós realizarmos o básico. Você pode ter os antibióticos mais potentes, mas se o profissional não higienizar as próprias mãos, não vai surtir efeito”, alertou.