Visando preparar os profissionais da área de Pediatria da melhor forma possível para enfrentar o período de sazonalidade das doenças respiratórias, entre fevereiro e junho, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) está promovendo uma grande capacitação sobre a temática.
Nesta semana, duas turmas já participaram do curso de Matriciamento em Urgência e Emergência em Pediatria, que ocorreu no Centro de Simulação Realística do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), referência em atendimento pediátrico.
“O curso foi pensado e planejado para o período de sazonalidade das doenças respiratórias, que ocorre todos os anos. O objetivo principal é agregar e engajar todos os pediatras que atuam nas unidades do IgesDF, não só os pediatras, mas também os clínicos, que quiserem participar do treinamento. Além das equipes médicas do Entorno Sul para a melhoria do atendimento e desfecho positivo das crianças afetadas por essas doenças”, explica a chefe do serviço de Pediatria do HRSM, Débora Cruvinel.
Segundo a pediatra, o curso é uma ferramenta de preparação que faz parte do plano de ação de enfrentamento da sazonalidade das doenças respiratórias, que atinge, principalmente, crianças menores de dois anos.
“Estamos estudando e mapeando todos os processos de melhoria desde novembro, e um dos pilares disso é o matriciamento dos colegas, tanto da rede do IgesDF quanto do Entorno Sul. Vamos ofertar o curso semanalmente em todo o mês de fevereiro para que todos consigam participar, inclusive quem atua nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para passarmos pela sazonalidade de 2025 de uma maneira mais engajada e fortalecida”, destaca Débora.
Temática abordada
O curso está sendo ministrado pela médica intensivista pediátrica Thaís Mendonça, que já atua no box de emergência do pronto-socorro infantil do HRSM desde 2018. Dentre os temas trabalhados durante a capacitação estão: atendimento inicial do paciente pediátrico, bronquiolite aguda viral (BAV), reconhecimento de sinais clínicos de potencial gravidade, suporte ventilatório, intubação, sedação, drogas vasoativas e o manejo clínico do paciente pediátrico.
“No ano passado, a gente enfrentou cenários com a alta procura de crianças nas unidades de pronto atendimento, diversos pacientes intubados nas UPAs e precisando de vagas de UTI. Então, quem atua nas emergências precisa estar pronto para lidar com esses pacientes graves, é de suma importância o treinamento.”
De acordo com Thaís, a bronquiolite é uma infecção causada por vírus que afeta, geralmente, crianças abaixo dos dois anos. A doença começa com um quadro leve, como se fosse um resfriado. Então, é importante que a família já reconheça os sintomas no início.
“O bebê pequeno ficou resfriado, está com o narizinho escorrendo, está tossindo, tem que começar o processo de higiene nasal e, a medida que a família reconheça que esse paciente está evoluindo com algum sinal de desconforto respiratório, a orientação é buscar atendimento médico em alguma unidade”, orienta.