O Distrito Federal alcançou a marca dos 220,4 mil recuperados da covid-19. Entre essas pessoas está a colaboradora do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) Francisca Nayara Nogueira de Lima, de 33 anos. Ela atuava na linha de frente contra a doença no Hospital de Base (HB) desde fevereiro, no início da pandemia, e contraiu o coronavírus em novembro.
Casada, a técnica de enfermagem teve de ser internada em 18 de novembro após sofrer um AVC em decorrência da covid. Na quinta-feira (3), ela obteve alta depois de 16 dias internada no HB. “O vírus não é brincadeira. Estava na linha de frente e, em determinado momento, pensei estar imune a ele”, relatou. “Tive convulsão, passei dois dias na UTI e acabei ficando com meu lado direito paralisado. Deus me deu uma nova chance de vida.”
Francisca Nayara tem dúvidas sobre como pegou o vírus. Apesar de trabalhar na linha de frente contra a doença, tinha contato periódico com os pais, que já haviam testado positivo para a covid-19. “Sempre tomei muito cuidado pelo fato de meus pais serem do grupo de risco e por eu ter um filho de 5 anos”, contou.
Cenário preocupante da covid no DF
Colaboradora do Iges há um ano, a técnica em enfermagem mostra-se apreensiva com o recente aumento de casos da doença no DF. Até esta quinta (3), às 17h48, a Secretaria de Saúde havia registrado 231.426 confirmações, com 220.483 recuperados e 3.962 óbitos. “As pessoas acham que não é tão grave, mas eu posso dizer que esse vírus é agressivo e oportunista”, alertou. “Ele vai aonde você está vulnerável. No meu caso, foi um AVC, mas pode ser qualquer outra situação.”
Francisca Nayara, que já está em casa se recuperando do AVC, fez um agradecimento especial aos colaboradores que trabalham na Ala Covid do Hospital de Base. “Muito obrigada a todos por cuidarem de mim.” E concluiu fazendo um apelo a toda a população: “Usem máscara e tentem fazer isolamento. Isso pode salvar vidas”.