Alinhado com os objetivos do Iges-DF, grupo contribui para a prevenção de infecções nos sítios cirúrgicos
Fundada em janeiro deste ano, a Aliança Brasileira de Prevenção e Controle de Infecção de Sítio Cirúrgico (APBSIC) é formada por colaboradores do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NCIH) do Hospital de Base (HB) que trabalha com estratégias para promoção e disseminação de informações relacionadas às infecções do sítio cirúrgico.
Conforme destaca o chefe do NCIH e coordenador da APBSIC, infectologista Julival Ribeiro, as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são um grave problema de saúde pública.
“As Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC) representam a complicação mais comum entre pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos, destacando-se entre as principais Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS). Esses eventos adversos tem alta morbidade e mortalidade, e repercutem diretamente na segurança do paciente, e, por sua vez, na qualidade dos serviços de saúde”, afirma.
O infectologista comenta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que se desenvolvam ações com vistas à redução do risco de aquisição de IRAS, como as ISC, e a criação da ABPISC foi justamente para atender a essa demanda, além de promover ainda mais qualidade no cuidado com os pacientes do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF)
“É imprescindível o investimento em medidas de prevenção e controle das ISC, sendo necessário o envolvimento de todos os profissionais, principalmente porque essas infecções têm sido utilizadas como importante indicador de qualidade da Instituição”, declara.
Julival acrescenta que a Aliança pretende, ao longo do tempo, desenvolver parcerias com universidades, sociedades científicas e conselhos profissionais para a divulgação e implementação dos guias de recomendação para prevenção das ISC.
“Assim como já somos membros da Aliança Global para Infecção em Cirurgia, queremos estabelecer e dinamizar relações com entidades internacionais congêneres onde há possibilidade de acesso gratuito de vasto conteúdo científico referentes as medidas de prevenção e controle das ISC”, finaliza.
Dados no Brasil – No Brasil, a ISC é uma das principais representantes das IRAS, ocupando a terceira posição entre todas, compreendendo 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados, segundo dados de 2013 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Ainda, segundo dados publicados em literatura especializada, estima-se que até 60% das ISCs podem ser evitadas usando diretrizes baseadas em evidências científicas. Essas medidas preventivas cabem nos períodos pré-operatório, perioperatório e pós-operatório.
Texto: Leilane Oliveira/Iges-DF
Foto: Arquivo/Iges-DF