Já está em pleno funcionamento a UPA Paranoá, unidade de pronto atendimento construída pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGESDF) e inaugurada na manhã desta segunda-feira (18) pelo governador Ibaneis Rocha. Na nova UPA foram investidos cerca de R$ 7 milhões, dos quais R$ 5 milhões 140 mil em obras estruturantes e R$ 1 milhão 778 mil em equipamentos e móveis hospitalares.
A UPA Paranoá tem capacidade para atender 4.500 pacientes por mês, ou seja, 54 mil pessoas por ano, quase a população do Paranoá, que tem 63 mil habitantes, quase toda a população daquela região administrativa.
Para atender os pacientes, foram contratados e treinados 140 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos, laboratoristas e pessoal administrativo.
A nova UPA vai ampliar e desafogar a pressão sobre a rede pública de saúde da cidade, que em agosto ganhou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e que já conta com um hospital regional. “A ideia é exatamente essa: desafogar o Hospital do Paranoá para que o hospital possa atender aqueles casos mais graves”, destacou Ibaneis.
A UPA Paranoá é a segunda de sete novas unidades que o Iges vem construindo desde maio de 2020, sendo a segunda inaugurada pelo governador em menos de um mês – a primeira foi a UPA Ceilândia I, inaugurada no dia 24 de setembro.
Durante a solenidade, o governador Ibaneis lembrou ter recebido a gestão em 2019 com a rede hospitalar sucateada. Desde então, seis UPAs foram reformadas, sete novas unidades construídas, duas foram entregues e cinco estão com obras em andamento. “E queremos ainda fazer mais duas, uma no Guará e outra na Cidade Estrutural, que precisam desse reforço de atendimento”, informou Ibaneis.
Nas UPAs são atendidos casos de urgência e emergência de clínica médica, como pressão e febre alta, sintomas respiratórios (como falta de ar), desmaio, convulsão, diarreia aguda, infecção do trato urinário, dor abdominal de moderada a aguda e complicações cardiológicas e neurológicas (como infarto e AVC).
Os médicos prestam socorro, prescrevem medicamentos e exames e analisam se é necessário encaminhar os pacientes a um hospital, mantê-lo em observação por 24 horas ou dar alta após o atendimento. Por isso, as UPAs são consideradas atenção pré-hospitalar.
“Em nenhum estado do Brasil têm-se inaugurado tantas UPAs, tantas UBSs, e [estamos] já prevendo [a construção de] um hospital. Portanto, o que o governo tem feito pela saúde do DF é um marco que será deixado para a população”, afirmou o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache.
“Vamos continuar trabalhando duro para entregar, o mais breve possível, a outras UPAs que estamos construindo no Gama, no Riacho Fundo II, em Planaltina, em Brazlândia e em Vicente Pires”, enfatizou o presidente do Iges, general Gislei Morais de Oliveira.
Moradores comemoram
A diarista Jussandra Pereira, 55 anos, mora há seis anos no Paranoá Parque e aguardava com expectativa a abertura da nova unidade médica. “O hospital regional está ficando muito cheio. Agora a gente vai ter chance de ser mais bem-atendido, mais rápido e com mais qualidade”, acredita.
O auxiliar de serviços gerais Adelmiro Gomes, 26 anos, também prevê economia – de tempo e de dinheiro. “A gente não vai precisar mais sair correndo para outros lugares mais distantes, pagando passagem de ônibus e demorando para ser medicado”, aposta.
A inauguração da unidade foi festejada por moradores do Paranoá. “É um mini-hospital que vai funcionar de domingo a domingo e desafogar a emergência do Hospital da Região Leste”, disse o administrador regional do Paranoá, Sérgio Damasceno.
Autoridades prestigiam
A cerimônia foi prestigiada por autoridades políticas distritais e federais. Estavam presentes o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente; a ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda; a deputada federal Celina Leão e o empresário e ex-senador Paulo Octávio, além de secretários de Estado.
Servidor da saúde, o deputado distrital Jorge Viana elogiou o empenho do GDF em oferecer melhores condições de atendimento público. “O Paranoá está completo. Temos equipes de Saúde da Família, uma UPA e um grande hospital. Há aqui todo o serviço de saúde pública estabelecido numa cidade”, afirmou.
O que oferece a UPA
Localizada no Paranoá Parque, a UPA Paranoá segue o Porte 1 – Opção 3. Isso significa que tem 1.200 m2, com dois leitos de atendimento crítico emergencial na Sala Vermelha, seis leitos de observação e um leito de isolamento na Sala Amarela, dez poltronas de medicação/inalação e reidratação na Sala Verde e três consultórios.
Pela normatização do Ministério da Saúde, laboratório para exames de urgência, eletrocardiograma e salas de raios-X não são obrigatórios nas UPAs, mas foram acrescentados à unidade para dar maior agilidade aos atendimentos, tanto de atenção primária quanto secundária.
As novas unidades também foram equipadas com uma sala de ensino onde os profissionais terão treinamentos e cursos de atualização permanentemente. Os médicos da UPA poderão contar com o suporte de especialistas do Hospital de Base (HB), por meio da telemedicina e telediagnóstico, em que os profissionais do HB farão os laudos dos exames de eletrocardiograma.
A unidade ainda conta com internet gratuita, por meio do projeto Wi-Fi Social, da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti).
Novas UPAs vêm aí
A UPA Paranoá é o segundo estabelecimento do gênero concluído pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges-DF) em menos de um mês. Em 24 de setembro, o governador Ibaneis Rocha entregou a UPA Ceilândia II.
Ao todo, serão entregues sete UPAs até o fim do ano. Além das duas já inauguradas, seguem em construção, com os seguintes percentuais de execução: Gama, com 92,56% de obra executada; Riacho Fundo II, com 89,09%; Planaltina, com 85,93%; Brazlândia, com 71,09%, e Vicente Pires, com 71,02%.
Quando todas as sete UPAs forem entregues, terão capacidade de atender 31,5 mil pessoas por mês. O investimento total é de R$ 38,6 milhões, recurso que é repassado pela Secretaria de Saúde ao Iges-DF.