Nesta quinta-feira (27) é comemorado o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas, em 2008, como forma de conscientizar a população para a doença, que é genética, hereditária e caracterizada por alterações no sangue que dificultam a passagem de oxigênio para os rins, pulmões, cérebro e outros órgãos.
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) é referência no atendimento dos casos de emergência de Doença Falciforme nas especialidades médicas como Urologia, Neurologia, Neurocirurgia, Cardiologia, Hemodinâmica, Hepatologia, Ortopedia e Oftalmologia. É o local que mais realiza transfusões de troca dos pacientes portadores de anemia falciforme que apresentaram falha ao uso de hidroxiuréia. “Os hospitais regionais e as UPAs são os serviços de referência para as crises dolorosas e infecções. O HBDF recebe os casos mais complexos e que não têm resolução dos problemas na rede”, explica o médico hematologista Alexandre Barbosa Sotero.
A hidroxiureia é um medicamento usado para diminuir as crises de falcização. “A falcização é o processo da doença falciforme no qual o glóbulo vermelho ou hemácia, que é redonda, fica na forma de um foice. Isso causa a obstrução e interrupção do fluxo sanguíneo”, detalha.
Somente neste ano, foram realizadas 11.347 consultas ambulatoriais na hematologia do HBDF. Já em relação aos procedimentos hemoterápicos, o total foi de 16.634 de janeiro a setembro deste ano.
A médica e chefe do Serviço de Hematologia e Hemoterapia do HBDF, Miriam Daisy, destaca a necessidade de realizar acompanhamento médico regular. “A depender do grau, existem vitaminas, hidroxiuréia, até o transplante de medula óssea em alguns casos. O mais importante é fazer o acompanhamento médico regular para evitar complicações clínicas, se hidratar muito bem e evitar infecções, pois elas podem desencadear as crises”, conclui.