As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Ceilândia I e de Samambaia finalizaram nesta semana o Projeto de Qualificação, Implementação e Monitoramento do protocolo Sepse, que teve início em maio de 2021.
A Sepse é uma doença potencialmente grave desencadeada por uma inflamação que se espalha pelo organismo. É mais conhecida como infecção generalizada. No Brasil, a taxa de mortalidade pela doença ainda é de aproximadamente 60% – um índice alto que se deve principalmente pela dificuldade de diagnóstico precoce pelas equipes assistenciais.
O protocolo Sepse tem o objetivo de identificar e intervir no tempo ideal nos casos de pacientes com possível quadro de septicemia. “Assim, o Projeto Sepse nas UPAs tem como principal finalidade instituir o protocolo para reconhecer os pacientes com suspeita de Sepse e tratá-los no menor tempo possível”, explica a superintendente da Unidade de Atenção Pré-Hospitalar do IgesDF, Nadja Carvalho. O protocolo de atendimento à Sepse é dividido em quatro etapas: reconhecimento (identificação); ressuscitação (prescrição de medicamento e medidas clínicas na primeira hora de seu atendimento; reavaliação; e referenciamento (solicitação de vaga e posterior transferência para o setor hospitalar, caso seja necessário).
Durante toda construção do projeto, as equipes utilizam os recursos disponíveis em sua UPA, adequando os protocolos conhecidos nacionalmente e internacionalmente para o contexto de urgência e emergência. O projeto é aplicado pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e o treinamento, aplicado pela equipe do Sírio Libanês.
A finalização de cada etapa está condicionada à apresentação dos indicadores de monitoramento. Ao final do projeto, cada unidade continuará apresentando os indicadores ao Ministério da Saúde durante seis meses, além de manter os treinamentos, pois o protocolo se tornou uma rotina para as UPAs.
“O protocolo tem como lema: “Pense! Pode ser Sepse”. O objetivo é que os profissionais possam agir rapidamente, envolvendo toda a equipe multidisciplinar, com o propósito salvar vidas”, destaca Nadja Carvalho, superintendente responsável pelas 13 UPAs do DF geridas pelo IgesDF.
As gestoras das Upas de Ceilândia I, Graziele da Silva de Oliveira, e de Samambaia, Regilane Fonseca, estão em São Paulo para o encerramento do projeto. Graziele foi escolhida como oradora para representar todas as UPAs da região Centro-Oeste que participaram do projeto.
Balanço:
Em um ano, foram identificados:
UPA Ceilândia I:
402 pacientes com suspeita de Sepse, sendo que 287 tiveram seus casos confirmados pela adoção do protocolo
UPA Samambaia:
688 pacientes com suspeita de Sepse, sendo que 322 tiveram seus casos confirmados pela adoção do protocolo