Chegou o período da sazonalidade do outono e inverno. Com isso, há uma maior disseminação de vírus respiratórios que atingem as crianças menores. Esses vírus têm alta propagação nos meses de março a junho, e acometem mais as crianças, que ainda não possuem um sistema imunológico bem fortalecido. “Assim, surgem casos graves de asma e bronquiolite, que levam a uma maior dependência de internações e de suporte ventilatório, alguns até mesmo com necessidade de ventilação mecânica e UTI pediátrica”, alerta a chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a médica Débora Larissa Cruvinel Dias Gomes.
No HRSM, por exemplo, já é possível notar o aumento do número de atendimentos de crianças e principalmente de casos graves. O número de casos aumenta entre fevereiro e março e só volta a cair entre junho e julho.
Aos pais, cabe redobrar os cuidados com a higienização das mãos, o uso de máscaras quando necessário, a alimentação saudável, a ingestão de líquidos, a vacinação das crianças e, por fim, o isolamento domiciliar nos casos de sintomas respiratórios.
É recomendável procurar atendimento médico em um hospital quando a criança estiver com dificuldade respiratória, recusa alimentar, sonolência excessiva, febre persistente por mais de 72h ou alteração da pele ou do comportamento. Nesses casos, os pais precisam procurar um pronto-socorro.
Crianças gripadas, mas sem sinais de alarme, devem ficar em casa em isolamento, mas com aumento da hidratação e intensificação na higiene nasal
“Se não houver sinais de alarme, os pais devem evitar procurar o pronto-socorro, pois as emergências estão super lotadas. E existem muitas crianças com sinais de alarme que precisam de atendimento e até mesmo de internação”, ressalta a médica.
Referência em partos de alto risco, o HRSM conta com Maternidade e UTI neonatal. Ao longo de 2022, foram 30.092 atendimentos do Pronto Socorro Pediátrico e 21.496 no Pronto Socorro do Centro Obstétrico. “O perfil de atendimentos da Pediatria do nosso hospital é de internação, por se tratar de quadros graves e demorados, pois não dispomos de Pediatria em atenção básica na Região e no Entorno Sul”, explica a médica. “Recebemos pacientes potencialmente graves, que, em se tratando de quadros respiratórios, dependem de mais assistência e maior tempo de internação”, detalha a chefe do Serviço de Pediatria.
Serviço:
É tempo de redobrar os cuidados com as crianças:
– Higienização das mãos;
– Uso de máscaras quando necessário;
– Alimentação saudável;
– Ingestão de líquidos;
– Vacinação das crianças;
– Isolamento domiciliar nos casos de sintomas respiratórios.
Quando os pais devem procurar atendimento médico em um pronto-socorro?
– Dificuldade respiratória;
– Recusa alimentar;
– Sonolência excessiva;
– Febre persistente por mais de 72h;
– Alteração da pele ou do comportamento.