Pautado na integralidade e humanização da atenção à saúde, o serviço de Terapia Ocupacional do Hospital Regional de Santa Maria — HRSM atua frente à redução dos danos mentais, sensório-motor e sociais, ressignificando o cotidiano e considerando a história de vida, valores culturais e sociais, incluindo as preferências e potencialidades do paciente.
Entre as atribuições dos profissionais está a intervenção cognitiva e psicossocial, estimulação sensório-motora, estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor do paciente e acolhimento às famílias, dependendo da demanda de cada setor. Além da montagem de grupos terapêuticos, dando vida ao atendimento humanizado.
Em 2022, o serviço de terapia ocupacional realizou 18.751 atendimentos nas unidades de internação e 1.892 atendimentos no ambulatório. De janeiro até maio deste ano, já foram montados mais de 100 grupos terapêuticos com pacientes e acompanhantes. De modo geral, os grupos terapêuticos tem como objetivo identificar, aproximar e potencializar a alta do paciente.
O atendimento humanizado tem garantido os direitos dos usuários, o respeito à sua dignidade e à promoção da sua saúde física e mental. “O que corrobora para a redução do tempo de internação, além de proporcionar intervenções e mudanças estruturais que possibilitam que a experiência da internação seja mais confortável para o usuário”, destacou Sousa.
Dentre os diversos grupos terapêuticos está o grupo de monitorização e promoção o vínculo materno infantil, de oficina de confecção de fantasias e brinquedos, de reunião no Mãe Nutriz (organização da rotina ocupacional materna), de posição canguru, de ressignificação do cotidiano, entre outros. “Trazemos um espaço seguro de fala, de atividades do dia a dia, grupos de atividades focadas em reabilitação motora e cognitiva e acolhimento aos acompanhantes, buscando a resolução das dificuldades enfrentadas pelo paciente no período de internação”, explicou Sousa.
Segundo a chefe do serviço de Terapia Ocupacional do HRSM, Danielle Fontenele, com o a atendimento humanizado, são avaliadas as todas as necessidades e interesses do paciente, indo além de sua condição clínica. “Hoje temos um time grande e atuante em todos os setores, uma realidade difícil de encontrar em outras instituições”, disse.
Amanda Rodrigues, terapeuta ocupacional do HRSM, atua no ambulatório diretamente na reabilitação funcional das mãos ou que sofreram algum tipo de lesão, seja fraturas ou proveniente de algum corte que atingiu o nervo. “Nós realizamos os treinos de Atividade de Vida Diária (tomar banho, pentear o cabelo, segurar objetos)”, explicou.
Já Clara França, terapeuta ocupacional do HRSM, atua na Unidade de Cuidados Prolongados Pediátricos (UCP Ped). “Trabalhamos para que a criança tenha a melhor qualidade de vida possível e que ela tenha conforto dentro de suas limitações. Podemos adaptar alguns itens para que elas consigam sentar ou ficar um pouco mais de tempo em pé”, explicou.
Ao todo, a equipe é composta por 15 terapeutas ocupacionais que realizam atendimento individual e em grupo. Outras inúmeras atribuições dos profissionais são a realização do procedimento de avaliação, a intervenção e a orientação, pensando, também, no contexto extra-hospitalar e cotidiano do paciente fora da internação. “Buscando a não reinternação, a alta segura e a manutenção dos níveis funcionais”, destacou Sousa. “E diminuir os diversos danos causados por longos períodos de hospitalização e evitar o declínio no desempenho ocupacional”, acrescentou.
Os terapeutas ocupacionais do hospital atuam em diversos setores do HRSM, como o Pronto Socorro Adulto, Pronto Socorro Infantil, a Enfermaria Pediátrica, a Unidade de Cuidados Prolongados Pediátricos, entre outros.
