Nesta quarta-feira (4), é comemorado o Dia Mundial do Hemofílico. A data é um momento de conscientização e esclarecimento sobre a doença. “Os pacientes com hemofilia podem apresentar sangramento espontâneo nas articulações, músculos ou outras partes do corpo. É uma doença hereditária, adquirida geneticamente e mais comum em homens”, explica a chefe do Serviço de Hematologia e Hemoterapia do Hospital de Base, Miriam Daisy.
A médica esclarece que existem dois tipos da doença: Hemofilia A, caracterizada por níveis baixos do fator VIII (oito); e Hemofilia B, que apresenta níveis baixos do fator IX (nove). A doença recebe, também, diferentes classificações: leve, moderada ou grave, dependendo do nível do fator de coagulação.
Davidyson Damasceno/IgesDF
“É uma doença mais comum em homens, sendo descoberta logo na infância, quando a criança ao começar a engatinhar apresenta hematomas”, detalha a médica. Segundo ela, houve muitos avanços no tratamento. “Antigamente, era comum vermos pacientes com as articulações deformadas por sangramentos articulares de repetição”, ressalta. O tratamento atual da hemofilia é a profilaxia, que consiste na infusão regular de concentrados de fator de coagulação para prevenir os sangramentos.
A profilaxia surgiu da observação de pessoas com hemofilia moderada e leve. “Eles raramente apresentam sangramento espontâneo e têm menos danos nas articulações do que pessoas com hemofilia grave”, esclarece.
Por se tratar de uma doença rara, de baixa incidência na população, mas que pode desencadear sérias consequências hemorrágicas, a conscientização é fundamental. “É muito importante divulgar que o aparecimento de sangramentos, hematomas e manchas roxas em crianças pequenas podem ser um indício de algum distúrbio de coagulação, sendo necessário procurar um profissional de saúde para que possa verificar o quadro de forma adequada”, conclui a médica do Hospital de Base, que é referência em atendimento de urgência para pacientes com hemofilia.