Os primeiros seis meses de trabalho intenso do governo Ibaneis Rocha para reverter, pouco a pouco, a situação de sucateamento da Saúde no Distrito Federal contaram com ações imediatas. Foram contratados novos profissionais, realizadas manutenções de equipamentos e reformas, estoques de medicamentos foram reabastecidos.
O balanço detalhado dos 180 dias foi apresentado, nesta sexta-feira (12), pelo diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégia de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), Francisco Araújo, e pelo secretário de Saúde do DF (SES-DF), Osnei Okumoto, em coletiva de imprensa no Hospital de Base (HB).
Para o diretor-presidente do IGESDF, que administra as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e o Hospital de Base, as ações desempenhadas levam a Saúde para um novo patamar de preparação para que mais intervenções que já estão sendo desenhadas fortaleçam os serviços.
“Levando em consideração o tamanho do estrago que encontramos, nosso balanço é extremamente positivo. O sistema de saúde caminha para funcionar da maneira que a população do DF precisa. Em seis meses, reabrimos o sétimos andar do Hospital de Base com 26 leitos, reformamos as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), reabastecemos estoques de medicamentos, estamos colocando 2,4 mil novos profissionais nas nossas unidades e celebramos o contrato de gestão com a Secretaria de Saúde DF para ampliar a atuação do IGESDF”, disse.
Para ele, inúmeros projetos também já estão sendo colocados em ação, entre eles, o de implantação de uma nova subestação de energia elétrica no Hospital de Base, o maior hospital do DF e referência em atendimentos de alta complexidade como trauma e câncer em todo o país.
“Esse projeto é, sem dúvida, de fundamental importância, porque aumentará a capacidade energética e, com isso, vamos conseguir modernizar e ampliar nosso parque tecnológico com novos equipamentos. Também estamos trabalhando para colocar para funcionar o PET Scan, um aparelho moderno que contribuirá para diagnóstico e acompanhamento de pacientes com câncer”, disse.
O diretor-presidente citou, ainda, outras ações importantes no Hospital de Base como a contratação de uma empresa para fazer a reforma geral do bloco de emergência, composto pelo pronto-socorro, centro cirúrgico e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O projeto arquitetônico já começou a ser elaborado e, em breve, as obras devem ser iniciadas.
Já o secretário de Saúde citou que os principais destaques também englobaram a realização de mais de 31.162 cirurgias em todos os hospitais, sendo que 5.139 procedimentos realizados só pelo Hospital de Base e 1.901 pelo Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
“Os indicadores que apresentamos demonstram a melhora muito grande do atendimento na rede, principalmente com ganhos na infraestrutura, bem como aquisição de insumos, medicamentos e equipamentos”, citou.
Segundo ele, em seis meses, o Fundo de Saúde do Distrito Federal (FSDF) da SES-DF foi responsável por pagar R$ 3.817.226.285,74 em despesas totais, que vão desde contratos e serviços até pagamento de pessoal, como pecúnias que deveriam ter sido quitadas em gestões anteriores. Com isso, a pasta retomou a confiança com os fornecedores foi resgatada.
Sobre os casos de dengue, o secretário ressaltou que a Saúde fez um trabalho intenso com visitas em domicílios, fumacê e utilização de UBV costal. “Sabemos que o trabalho para combater a dengue tem que ser preventivo, por isso, neste ano, estamos tomando todas as providências para que em 2020 a população não sofra”, ressaltou.
PRODUTIVIDADE – O Hospital de Base (HB) demonstra uma alta produtividade, sendo que, no quesito cirurgias, é a unidade que mais tem feito entre as demais unidades hospitalares. Foram 5.139 procedimentos de janeiro a junho de 2019. Já as consultas, de janeiro a junho, somam 156.483.
Até agora, o Hospital de Base também já realizou 38 transplantes de córnea e outros 12 renais. No mesmo período, também foram feitos 385.954 procedimentos com finalidade diagnóstica e 870.566 procedimentos ambulatoriais.
CONFIRA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS:
INFRAESTRUTURA – O IGESDF está trabalhando intensamente para melhorar a qualidade dos serviços nas oito unidades sob sua gestão. Até o momento, investiu R$ 469.762,44 em reforma nas UPAs. A primeira UPA contemplada, desde 22 de fevereiro, foi a unidade de Ceilândia, considerada a mais precária entre as seis estruturas, enquanto a última foi a de Sobradinho, que começou a receber as intervenções em 27 de março.
As ações são promovidas de acordo com o levantamento pelas equipes do IGESDF. As principais atividades realizadas até agora nas Upas envolvem manutenção do sistema elétrico, adequação do sistema hidráulico, conserto de portas e maçanetas, instalação de tubulações de oxigênio e de ar comprimido em algumas unidades, limpeza e troca dos aparelhos de ar condicionado.
Também foram executados os serviços de jardinagem e paisagismo, limpeza das fachadas e de outras áreas, substituição dos banners das fachadas, troca de longarinas (cadeira com quatro lugares), serviço de vidraçaria, entrega de enxovais (roupa de cama, banho e trajes), fornecimento de insumos e medicamentos. Na UPA de Ceilândia, também houve a troca completa do piso.
REABILITAÇÃO DAS UPAS – O diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), Francisco Araújo, e o secretário de Assistência à Saúde do Ministério (MS) da Saúde, Francisco Figueiredo, visitaram a UPA de Ceilândia em seis de junho.
O objetivo foi tratar sobre a retomada de recursos federais, que somam aproximadamente R$ 500 mil mensais por cada unidade que deixam de ser recebidos em razão da precariedade no funcionamento na gestão passada. Para reabilitar as UPAs, o IGESDF realizou reformas e manutenção em todas essas unidades, reabasteceu com medicamentos e materiais médicos e, agora, está contratando mais de 500 profissionais para recompor o quadro de recursos humanos nessas estruturas.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – O IGESDF construirá uma nova subestação de energia elétrica no Hospital de Base para ampliar o parque tecnológico de equipamentos, reforçar o sistema de ar condicionado, entre outros avanços que dependem de uma melhor eficiência energética.
O projeto arquitetônico da subestação elétrica foi aprovado pela Companhia Energética de Brasília (CEB), Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e Central de Aprovação de Projetos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH). O IGESDF já está providenciando a documentação para liberação do alvará de construção e dos recursos junto a Caixa Econômica Federal (CEB).
Na área de eficiência energética, também foram substituídas 12 mil lâmpadas fluorescentes por modelos de LED em todas as estruturas do IGESDF visando à utilização racional de energia, bem como necessidade de reposição. O investimento total foi em torno de R$ 290 mil.
EQUIPAMENTOS – Antes mesmo da assinatura do contrato de gestão, as UPAs foram beneficiadas com a reposição de equipamentos médicos como eletrocardiógrafos, aparelhos de pressão, ventiladores, laringoscópios, bombas de infusão, oxímetros. Também foi feita manutenção de cardioversores, ventiladores, monitores, oxímetros, eletrocardiógrafos,camas elétricas, entre outros equipamentos médicos. Com isso, os profissionais contratados terão melhores condições de trabalho para atender a população do DF.
No Hospital de Base, foi assinado um acordo para colocar finalmente em funcionamento o equipamento PET Scan, que está há seis anos parado e teve custo de 1 milhão de dólares. Para iniciar as obras, o IGESDF aguarda a homologação judicial do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) celebrado entre a empresa e o Hospital de Base.
O Hospital de Base também ganhou três mesas cirúrgicas com tecnologia de última geração. O investimento foi de R$ 135 mil.
CADEIRAS DE RODAS – O IGESDF adquiriu 159 cadeiras de rodas, sendo que 106 foram entregues ao Hospital de Base e as outras 53 foram entregues para as Unidades de Pronto Atendimento e Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). O investimento unitário é de R$ R$1.980,00 e o total é de R$ 319.820,00. A aquisição das cadeiras de rodas é um passo importante para equipar o hospital e, sobretudo, humanizar o atendimento ao usuário, já que esses novos equipamentos são confortáveis e em quantidade adequada para atender os pacientes. Antes, o Hospital de Base possui apenas 10 cadeiras de rodas em estado precário.
CADEIRAS DE BANHO – Novas cadeiras de banho também estão em fase de compra. Serão 300 cadeiras para atender todas as unidades do IGESDF. A previsão é de que, em até dois meses, as cadeiras sejam entregues.
CONTRATAÇÃO DE PESSOAL – O IGESDF está fazendo processo seletivo de candidatos do que vai contratar ao todo 2.420 mil profissionais para recompor os recursos humanos nas UPAs, HRSM e HB. Foram mais de 44 mil inscritos. Até o momento, 969 pessoas já estão nos postos de trabalho, sendo 342 no Hospital Regional de Santa Maria, 275 no Base e 352 para as UPAs. Para julho e agosto, serão contratados mais 1.407 profissionais.
PRODUTIVIDADE – O Hospital de Base (HB) demonstra uma alta produtividade, sendo que no quesito cirurgias é a unidade que mais tem feito entre as demais unidades hospitalares. Foram 5.139 procedimentos de janeiro a junho de 2019. Já as consultas, de janeiro a junho, somam 156.483.
Além disso, até agora, o Hospital de Base também já realizou 38 transplantes de córnea e outros 12 renais. No mesmo período, também foram feitos 385.954 procedimentos com finalidade diagnóstica e 870.566 procedimentos ambulatoriais.
ASSISTÊNCIA – Logo depois de assumir a gestão das UPAs, o IGESDF entrou na luta contra a dengue e instalou tendas nas UPAs de Ceilândia e São Sebastião, unindo esforços com a Secretaria de Saúde na força-tarefa de combate à doença. Todas as pessoas atendidas fazem exames e recebem os primeiros cuidados com hidratação oral ou venosa.
NOVOS LEITOS – O Hospital de Base reabriu 26 leitos com a reativação do 7º andar. O sétimo andar, inoperante desde novembro de 2018, foi reformado e recebeu novos equipamentos para abrigar mais pacientes. O aumento de leitos beneficiou, principalmente, pacientes com câncer, já que a oncologia clínica recebeu a ampliação de 25 para 30 leitos e a criação de 12 leitos para cuidados oncológicos continuados.
CENTRAIS TELEFÔNICAS – Novas linhas telefônicas com tecnologia VOIP (Voice over Internet Protocol) estão em pleno funcionamento no Hospital de Base (HB) e nas seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Essas estruturas também ganharam centrais telefônicas para que pacientes e demais usuários possam ligar e obter informações. Ao todo, 400 linhas modernas substituirão 135 analógicas no Hospital de Base. Já nas UPAs são 69 números. A previsão é de que o recurso também seja implantado no HRSM.
MELHORIAS NO HOSPITAL DE BASE:
Abertura dos ambulatórios de:
- Diabetes e de obesidade,
- Orientação e cuidados em diabetes,
- Infectologia para Pacientes Vivendo com HIV/AIDS (PVHA),
- Infecções em pacientes transplantados, oncohematologicos e outras imunossupressões.
Ampliação do atendimento nos ambulatórios de:
– Marca-passo, insuficiência cardíaca e válvula, e
– Fisioterápia com atendimento ao trauma e neuropatias diabéticas.
- Reestruturação da gestão de leitos com contratação de médicos e enfermeiros.
- Reguladores.
- Reorganização das atribuições dos médicos reguladores.
- Reestruturação do Centro de Trauma com contratação de novos enfermeiros líderes de emergência.
- Reorganização da estrutura ambulatorial da ortopedia.
- Implantação de regulação de novos serviços cirúrgicos na regulação.
- Regulação da radiologia intervencionista.
- Ampliação dos serviços de Hemodinâmica com aquisição de novos materiais.
- Implantação do serviço de imunohistoquimica.
- Abertura de mais uma sala cirúrgica.
- Organização do cuidado do paciente crítico no pronto-socorro da medicina interna.
- Reimplantação da visita multiprofissional nas enfermarias.
- Conclusão do processo para compra de equipamentos de coagulação, urina automatizada e gasometria.
- Contratação de Laboratório de Apoio para Citopatologia para exames padronizados
- de pouca demanda.
- Aperfeiçoamento do controle de entrada e saída de servidores do Centro Cirúrgico, com implementação da abertura das portas com digital, controle das pessoas autorizadas e roupas feito por recepcionista e rotatividade dos armários.
- Criação da equipe de “giro de sala” dentro do Centro Cirúrgico, com melhora da organização das salas operatórias nos intervalos de cirurgia, diminuindo o tempo deintervalo e otimizando o uso das salas.
- Padronização da recepção ao paciente no Centro Cirúrgico com acolhimento e humanização.
- Cirurgias eletivas aos sábados de modo rotineiro, com aumento da oferta de horários cirúrgicos.
- Curso de Ventilação mecânica de 40horas realizado pela equipe da fisioterapia
- para todas as áreas assistenciais.
- Ampliação do atendimento da farmácia clinica para a unidade de neurocirurgia
- e nefrologia.
- Ampliação das vagas de ecocardiograma e holter.
- Abertura do ambulatório de dermatite atópica grave.
- Aumento das vagas de consultas em hematologia.
COMBATE A INCÊNDIO – As medidas para deixar o Hospital de Base cada vez mais seguro passam por recarga dos extintores, contratação de brigadistas, treinamento de funcionários para atuar em caso de sinistro, testes nas mangueiras de hidrantes, composição da primeira Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Outras frentes de trabalho são:
* identificação para controle e teste das centrais de combate a incêndio e dos sprinkler que há muito tempo desde a instalação não foram feitos;
* teste de pressurização das bombas de combate a incêndio;
* análise da qualidade de energia e balanceamento das cargas elétricas;
* identificação dos circuitos elétricos no qual não existia mapeamento;
* testes com laudo técnico no Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (para-raio);
* teste com laudo técnico do sistema de aterramento;
* entre outras ações.
AVANÇOS NO HOSPITAL REGIONAL DE SANTA MARIA:
– abertura de seis leitos de internação pediátrica,
– melhorias no pronto-socorro adulto/infantil com a reposição de médicos de todas as especialidades e enfermeiros,
– redução das restrições de atendimentos nas áreas clínicas e cirúrgicas,
– pintura da parte administrativa do hospital,
– manutenção de cardioversores no centro-cirúrgico, centro obstétrico, UTI Adulto, radiologia e clínica cirúrgica,
– conserto de camas,
– implantação da classificação de risco para todas as áreas de atendimento 24 horas/dia,
– alinhamento entre regulação de leitos-enfermagem-supervisão de emergência, aumentando a rotatividade e fluxo de pacientes internados no pronto-socorro,
– melhorias no atendimento prestado pelo setor administrativo para marcação de exames, pareceres e transferências de pacientes.
Texto: Ailane Silva/IGESDF
Fotos: Davidyson Damasceno/IGESDF