O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) investe em capacitação 107 profissionais para melhorar o atendimento de crianças sob cuidados prolongados por serem portadoras de condições crônicas complexas, a exemplo de Encefalopatia, antes conhecida como paralisia infantil. Essa capacitação é voltada para as crianças atendidas pelo Serviço de Cuidados Prolongados Pediátricos (SECPP), também conhecido por UCP Ped.
Iniciado em 14 de julho, o estudo multiprofissional “O Cuidado às Crianças” prosseguiu nesta sexta-feira, dia 4, com a realização do quarto evento semanal de aulas, dessa vez a cargo da equipe de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Nesta segunda-feira, dia 7, o calendário de capacitação terá a aula da médica Jéssica Caetano sobre Cuidado ao Paciente Pediátrico Portador de Encefalopatia Crônica Não Progressiva.
A série de aulas semanais vai até dezembro deste ano de forma online e presencial. Promover o aprimoramento profissional é uma das atividades prioritárias do HRSM, que é administrado desde 2019 pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). O Instituto é também responsável pelo Hospital de Base e pelas 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Reabilitação paliativa
A aula desta sexta-feira foi ministrada pela terapeuta ocupacional Mariana Souza e pela fisioterapeuta Yanka Cristhina Silva, visando o aprimoramento profissional da equipe. Elas foram acompanhadas pela chefe de Serviço de Saúde Funcional do HRSM, a fisioterapeuta Danielle Fontenele.
Coube à terapeuta ocupacional Mariana Souza resumir a sua própria apresentação “Com o tema manejo funcional do paciente sob cuidados prolongados pediátricos, foram abordados conceitos de funcionalidade, escalas de avaliação e o uso de tecnologias assistivas visando a reabilitação paliativa de nossas crianças hospitalizadas”, informou.
Qualidade até o fim da vida
Segundo a palestrante, o objetivo principal da capacitação dos profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional é fazer com que “os pacientes desfrutem da melhor qualidade de vida até o fim da vida”. Foi enfatizado que a reabilitação é responsabilidade de toda a equipe multidisciplinar e deve ser realizada também de maneira interdisciplinar.
Para aperfeiçoar as necessidades dos pacientes, foi proposto que a equipe discuta sobre planos de cuidados individualizados, potenciais, terapêuticas, acolhimento familiar e organização da rede de apoio.
“Essas condutas são realizadas na unidade [SECCP], mas agora com um olhar para os princípios dos cuidados paliativos. A apresentação teve como referencial teórico a política de integração de reabilitação nos serviços de cuidados paliativos”, explicou.
Essa referência foi publicada em 2023 pela Organização Mundial de Saúde (2023). “Concluímos que a reabilitação paliativa tem maior efetividade, se realizada com intervenções personalizadas e envolvimento do familiar no cuidado com um forte trabalho da equipe interdisciplinar e uma comunicação qualificada”, assegurou a fsioterapeuta Yanka Cristhina,