Base realizou 74 transplantes e disponibilizou 187 órgãos para o DF em 2019

Base realizou 74 transplantes e disponibilizou 187 órgãos para o DF em 2019

Números de transplantados no HB já são superiores a todo o ano de 2018 –

 

Em pleno Setembro Verde, mês em que é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos – 27 de setembro, o Hospital de Base (HB) comemora resultados importantes. Nos primeiros nove meses deste ano, foram realizados 74 transplantes de pacientes, sendo 13 de rim e 61 de córnea.  Além disso, foram disponibilizados com doadores do HB para o Distrito Federal 32 corações, 70 rins, 46 de córneas e 39 fígados, totalizando 187 órgãos.

De acordo com a chefe da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) do hospital, Viviane Marçal, a produção do HB nos nove meses de 2019 – que é maior hospital notificador e doador de órgãos do DF – já ultrapassou o registro de todo o ano de 2018.  Nos 12 meses do ano passado, foram feitos seis transplantes de rim e 56 de córnea, ou seja, a diferença é de 12 procedimentos até agora.

“A doação de órgãos é um ato de caridade e amor ao próximo. A cada ano, muitas vidas são salvas por esse gesto altruísta. A conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos é fundamental para melhorar a realidade dos transplantes no país. O transplante pode salvar vidas, no caso de órgãos vitais como o coração, ou devolver a qualidade de vida, quando o órgão transplantado não é vital, como a córnea”, ressaltou.

Viviane Marçal explicou que há dois tipos de doadores. O primeiro tipo é o doador vivo, uma pessoa que concorde com a doação de um dos seus rins ou parte do fígado, da medula óssea e parte do pulmão. O segundo tipo é o doador falecido, um paciente com diagnóstico de morte encefálica ou morte por parada cardíaca, com doação autorizada pela família.

Para ser doador, nos casos em que há o falecimento, basta informar a família da vontade de doar, pois somente a família pode autorizar a doação dos órgãos após o diagnóstico de morte encefálica ou falecimento causado por parada cardíaca.  No caso de morte encefálica, cada doador pode salvar até oito vidas.

“A doação pode acontecer com pacientes que tiveram parada cardíaca para córneas, pele e ossos. Já em caso de morte encefálica, é possível doar coração, fígado, pulmões, pâncreas, intestino, rins e vasos”, esclareceu Viviane Marçal.

A chefe do CIHDOTT explicou que a doação de órgãos por pessoa falecida é totalmente segura. No caso de morte encefálica, o paciente é avaliado por, pelo menos, três médicos, sendo que é necessária a realização de três exames obrigatórios para constatar a morte do cérebro.

Após o diagnóstico, a família é informada do resultado por uma equipe capacitada e é consultada sobre o interesse em ajudar outras pessoas. Se houver consentimento, a captação é realizada em um centro cirúrgico e os receptores que aguardam em uma fila única do Sistema Nacional de Transplantes são avisados dos órgãos disponibilizados.

Caso não haja receptor compatível dos órgãos no DF, o órgão é cedido para pacientes de outros estados. Entre os órgãos mais difíceis de encontrar doadores aptos a receber é o de rim e a medula óssea, já que além de ter a mesma classificação sanguínea ABO é necessário verificar compatibilidade genética.

“É uma corrida contra o tempo para salvar outra vida, porque os órgãos devem ser implantados, como é o caso do coração, que só pode ser implantado no prazo máximo de quatro a seis horas”, destacou.

DATA – Em 1997, o dia 27 de setembro foi instituído pela Lei 9434/97 como o Dia  Nacional do Doador de órgãos e Tecidos. No HB, promove o II Worksohpp: Quantas vidas cabem em um SIM? Doe órgãos, doe vida, no auditório. A ação teve como objetivo a sensibilização quanto à necessidade de abertura de protocolo para doação de órgãos, com entrega de material para as equipes. Também houve distribuição de laços verdes para as equipes para lembrança da data.

 

Texto: Ailane Silva/IGESDF

Fotos: Davidyson Damasceno/IGESDF

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