Primeira operação foi realizada nesta segunda-feira (21) em uma paciente de 18 anos
Nesta segunda-feira (21), o Hospital de Base (HB) retomou as cirurgias de coração de peito aberto consideradas de grande porte, após cinco anos sem realizar esse tipo de procedimento. A primeira paciente operada – com total sucesso – tem 18 anos. Ela foi submetida a uma cirurgia que durou três horas para corrigir uma deformidade congênita.
“Nós ficamos cinco anos sem fazer esse tipo de cirurgia cardíaca e o Hospital de Base sempre foi uma referência no Centro Oeste para esse procedimento. Com o desabastecimento de todos os itens, tivemos que parar de operar. Por isso, trabalhamos pela reativação desse serviço e tivemos todo o apoio da direção. Esse era um sonho. Sabemos que estamos salvando vidas e vamos ajudar o maior número de pessoas possível”, ressaltou a médica Tatiana Maia.
Segundo ela, foram feitas aquisições de diversos equipamentos e materiais hospitalares pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF). “Hoje, temos todo o material necessário, que é indispensável para realizar uma cirurgia cardíaca, como próteses, monitores e a bomba de circulação extracorpórea – máquina que bombeia o sangue enquanto o coração é operado”, disse.
CASO – A paciente nasceu com cardiopatia congênita que é benigna, mas nos casos em que não é feita a correção, pode levar à disfunção cardíaca por volta dos 40 anos de vida e causar graves problemas. Trata-se de defeito no coração que mistura sangue oxigenado com não oxigenado(comunicação inter-atrial).
CIRURGIA – Foram cinco médicos, sendo três cirurgiões cardíacos, dois anestesistas e um perfusionista (médico que opera a máquina de circulação extracorpórea, além de instrumentadores, enfermeira especializada em cirurgia cardíaca e técnicos de enfermagem. Porém, no total, são pelo menos 40 profissionais envolvidos em todas as etapas antes e após realizar o procedimento.
Após a cirurgia, a paciente foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Coronária, especializada no cuidado do paciente cardiológico. A expectativa é de que a paciente reaja bem e receba alta em breve.
Texto: Ailane Silva/IGESDF
Fotos: Davidyson Damasceno/IGESDF