Pesquisar
Bronquiolite é a principal causa de internação por infecção respiratória em crianças menores de um ano de idade

Bronquiolite é a principal causa de internação por infecção respiratória em crianças menores de um ano de idade

Especialista do HRSM alerta sobre os sintomas, riscos e formas de prevenção da doença que preocupa pais e profissionais de saúde

Jurana Lopes

Com a chegada das estações mais frias, os atendimentos por doenças respiratórias em crianças disparam, lotando emergências pediátricas em todo o país. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a realidade não é diferente. De janeiro a 10 de abril de 2025, o pronto-socorro infantil da unidade registrou 8.960 atendimentos – a maioria, por problemas respiratórios. Apenas nos primeiros dez dias de abril, foram 903 crianças atendidas na unidade. Entre as doenças mais comuns neste cenário está a bronquiolite, que hoje lidera as causas de internação por infecções respiratórias em crianças menores de um ano, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Bronquiolite é uma das principais causas de internação de crianças menores de um ano de idade. Foto: Divulgação/IgesDF

A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma infecção das vias respiratórias inferiores que atinge, principalmente, os bronquíolos – estruturas pequenas e terminais dos pulmões. Acomete com mais frequência bebês com até dois anos, sendo mais comum entre dois e seis meses de vida. Na maioria dos casos, é provocada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

“O vírus causa inflamação e acúmulo de muco nos bronquíolos, o que dificulta a passagem de ar. Em bebês, que já têm vias aéreas naturalmente mais estreitas, isso pode rapidamente evoluir para quadros mais graves”, explica o infectologista pediátrico do HRSM, Dr. Pedro Bianchini.

Sintomas e sinais de alerta

Os primeiros sintomas da bronquiolite costumam ser parecidos com os de um resfriado comum: coriza, tosse seca e febre baixa. Mas o quadro pode evoluir com rapidez. A criança passa a apresentar respiração acelerada (taquipneia), chiado no peito (sibilância), dificuldade para mamar ou se alimentar, tiragem intercostal e batimento de asas nasais — sinais de esforço respiratório.

Sintomas iniciais da bronquiolite são semelhantes aos de um resfriado comum, mas com o passar do tempo pode ir piorando. Foto: Divulgação/IgesDF

“É fundamental que pais e cuidadores fiquem atentos. A febre em bebês com menos de três meses, a recusa persistente de alimentos, a dificuldade respiratória, episódios de apneia (pausas na respiração), cianose (coloração azulada na pele ou lábios) e sonolência excessiva são sinais de alerta. Nesses casos, o atendimento médico deve ser imediato”, orienta o especialista.

Tratamento e cuidados

O tratamento da bronquiolite é, na maioria das vezes, de suporte. Isso inclui hidratação, controle da febre e, quando necessário, oxigenoterapia. “Não há benefício comprovado no uso rotineiro de broncodilatadores, corticosteroides ou antibióticos, a menos que o quadro clínico exija”, afirma Dr. Pedro.

Uma das estratégias mais eficazes nos casos moderados a graves é o uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC), que ajuda a melhorar a oxigenação e diminuir o esforço respiratório. Em situações mais graves, pode ser necessário o uso de suporte ventilatório em UTI pediátrica.

Uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC) ajuda a melhorar a oxigenação e diminuir o esforço respiratório em casos médios e moderados da doença. Foto: Divulgação/IgesDF

A decisão pela internação leva em conta o estado clínico da criança, principalmente quando há desconforto respiratório acentuado, dificuldade para se alimentar, hipóxia (baixa oxigenação do sangue), apneias ou doenças pré-existentes.

Fatores de risco

Segundo o infectologista, alguns fatores aumentam o risco de quadros graves de bronquiolite, como ausência de aleitamento materno exclusivo, prematuridade (especialmente abaixo de 32 semanas), idade menor que seis meses durante o período de circulação do VSR, presença de doenças cardíacas, pulmonares ou neuromusculares, e imunodeficiências.

“Além disso, o convívio com muitas pessoas, como em creches ou lares com muitos familiares, favorece a propagação do vírus. Por isso, a prevenção é essencial e passa por medidas simples: lavar as mãos com frequência, manter ambientes ventilados, evitar contato com pessoas gripadas e higienizar brinquedos e superfícies com regularidade”, destaca.

Vacinação: um avanço na prevenção

Vacinação ainda é uma das melhores maneiras de prevenção contra as doenças respiratórias. Foto: SES/DF

Uma importante novidade no combate à bronquiolite é a incorporação da vacina Abrysvo, da Pfizer, ao SUS. Aprovada pela Anvisa em 2024, ela é aplicada em gestantes entre a 24ª e a 36ª semana de gravidez, protegendo o bebê por meio da transferência de anticorpos pela placenta. A vacinação foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e começará a ser aplicada nas campanhas sazonais a partir de 2026.

Além da vacinação materna, o Brasil já conta com duas formas de imunização passiva contra o VSR. O anticorpo monoclonal Nirsevimabe (Beyfortus™), disponível na rede privada desde 2023, é aplicado em dose única e protege os recém-nascidos durante os cinco meses de maior risco. Já o Palivizumabe (Synagis®), que requer doses mensais, está disponível gratuitamente pelo SUS nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e é indicado apenas para grupos de alto risco.

“Essas estratégias vêm somar às vacinas tradicionais contra doenças respiratórias, como gripe, pneumocócica conjugada, pentavalente e covid-19. Todas juntas têm contribuído significativamente para reduzir as hospitalizações e mortes por infecções respiratórias na infância”, reforça o médico.

Dr. Pedro Bianchini é infectologista pediátrico do HRSM e alerta os pais para cuidados com as crianças, principalmente as menores de 2 anos e como agir ao identificar sintomas iniciais. Foto: Divulgação/IgesDF

Dr. Pedro Bianchini também lembra que a vacina da gripe diminui o número de internações e complicações associadas ao vírus influenza, enquanto as vacinas pneumocócicas previnem doenças como pneumonia, otite e meningite, além de ajudar a reduzir o uso de antibióticos e a resistência bacteriana.

“A bronquiolite pode assustar, mas informação e prevenção são nossas maiores aliadas. Vacinar, amamentar, higienizar e saber quando buscar ajuda médica são atitudes que fazem toda a diferença na saúde dos nossos pequenos”, conclui o especialista.

Atendimento à imprensa
Ascom/IGESDF
(61) 3550-9281
imprensa@igesdf.org.br

Leia Também:

Compartilhe esta notícia pelo:

Jucier Hair Designer

Com mais de história 36 anos de história localizado no edifício Radio Center, o salão de beleza Jucier Hair Designer preza pelo melhor atendimento aos seus clientes, realizando serviços como :

  • Cabelo : corte, escova, progressiva, tintura e mechas;
  • Unha : pé e mão ( em conjunto);
  • Depilação : axilas, contorno cirúrgico, meia perna e perna completa;
  • Sobrancelha : design simples.‌‌


Benefício
: 20% de desconto aos colaboradores do IgesDF

Corte:
Masculino: De R$ 45,00 por R$ 36,00
Feminino: De R$ 75,00 por R$ 60,00

Escova:
Curta: De R$40,00 por R$32,00
Média: De R$ 45,00 por R$36,00
Longa: De R$55,00 por R$44,00

Químicas:
Progressiva: De R$250,00 por R$200,00
Tintura: De R$ 180,00 por R$ 144,00
Mechas: De R$ 280,00 por 224,00

Unha:
Pé e mão – De R$45,00 por R$ 40,00

Depilação :
Axilas: De R$30,00 por R$ 24,00
Contorno cirúrgico: De R$ 60,00 por R$ 48,00
Meia perna: De R$ 40,00 por R$ 32,00
Perna completa: R$50,00 por R$ 40,00

Sobrancelha :
 Design simples – De R$ 45,00 por R$36,00

Telefone: Clique aqui
Endereço: Srtvn 702 bloco p loja 109 – Asa Norte – Ed Brasilia Radio Center.