Na manhã desta segunda-feira (19), ocorreu mais um Café com Ouvidoria, promovido pelo Núcleo da Ouvidoria do Hospital Regional de Santa Maria e a chefia do Centro Obstétrico e Gerente da Maternidade. O objetivo do encontro é ter um bate-papo descontraído com as áreas e repassar quais as principais demandas dos usuários e identificar possíveis soluções.
“Nossa finalidade é fazer um trabalho de Ouvidoria ativa com os gestores para que a gente consiga resolver as demandas dos usuários sem que haja uma evolução negativa. Por isso, é tão importante conhecer a realidade de cada setor”, explica a chefe de Ouvidoria do HRSM, Fabrícia Morais.
Durante a conversa, as chefias dos setores explicaram situações que ocorrem no dia a dia e como são resolvidas, esclarecendo possíveis tipos de queixas que podem chegar até a Ouvidoria, mas que são protocolos que devem ser seguidos.
Um exemplo disso é a notificação de casos de estupro de vulnerável, que deve ocorrer em meninas de 14 anos, 11 meses e 29 dias. “É uma norma, precisamos informar o Serviço Social e eles entram em contato com a Vara da Infância, independente se foi consensual ou não. Já recebemos meninas aqui de 13 anos para ganhar bebê”, explica a gerente da Maternidade do HRSM, Ivonete Rodrigues.
Outras situações que também podem gerar reclamações na Ouvidoria é a não internação urgente quando a paciente está apenas com bolsa rota ou a orientação de não usar o celular dentro do Centro Obstétrico. Além de situações em que o parto normal chega a ocorrer porque progrediu rápido e a indicação de cesárea é somente para casos urgentes.
“Hoje, realizamos a visita guiada com gestantes e acompanhantes em todo o bloco materno-infantil para que entendam o porquê de algumas regras, como o celular dentro do CO, pois já ocorreu caso de acompanhante gravar o parto de outra gestante. Ou seja, é uma maneira de não expor ninguém num momento tão particular”, informa a chefe do Centro Obstétrico do HRSM, Priscila Pinheiro.
O Café com Ouvidoria ocorre uma vez por mês, às vezes duas vezes, desde setembro do ano passado. O Projeto teve início no Hospital Regional de Santa Maria e hoje já acontece também no Hospital de Base.
Para Fabrícia, é bom ter momentos de descontração assim porque além de se inteirar da realidade de cada setor, agrega informações para quando chegar uma demanda, que sua equipe saiba como responder com resolutividade e até mesmo, transformar demandas negativas em positivas.