O câncer de pele é um tumor que atinge a pele, sendo mais comum em pessoas com mais de 40 anos. É raro a doença acometer pessoas negras e crianças, e a sua principal causa é a exposição excessiva ao sol. Existem dois tipos de câncer de pele: câncer de pele melanoma e câncer de pele não melanoma.
O câncer de pele melanoma tem origem nas células produtoras da melanina, responsáveis pela pigmentação da pele. É mais frequente em adultos. Já o câncer de pele não melanoma, segundo o Ministério da Saúde, é responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no Brasil.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que no Brasil, entre 2023 e 2025, o número de casos novos de câncer de pele não melanona seja de 220.490.
A dermatologista do Hospital Regional de Santa Maria — HRSM, Aneline de Lima Nogueira Guimarães, orienta o público quanto ao cuidado necessário para se evitar a doença. “A Primeira orientação que nós damos aos pacientes, na prevenção do câncer de pele, é aprender a se proteger do sol. O uso do protetor solar deve ser diário. A gente tenta ensinar os pacientes que esse hábito é fundamental, principalmente, desde a infância”, destacou.
A exposição prolongada e frequente ao sol pode ser fator de risco para contrair o câncer de pele. A especialista destaca que os casos mais frequentes atendidos são em idosos. “A gente vê muitos pacientes idosos com lesões de sol, lesões de câncer de pele e comentam que não tomam tanto sol, mas que já tomaram muito no passado. Então, o sol tem um efeito acumulativo ao longo da vida”, disse.
Guimarães também ressalta os principais cuidados diários que o paciente precisa ter com a saúde da pele. “Além do uso do protetor solar, evitar se expor ao sol nos horários mais perigosos. Nos horários entre 10h e 16h , o sol está mais forte, com a radiação mais intensa”, explicou. “Que o paciente evite essa exposição e também faça uso de chapéu, boné, quando for se expor, utilizar uma camisa com proteção UV”, acrescentou.
Entre os principais sinais destacados por Guimarães estão manchas na pele (assimétricas, com bordas irregulares), lesão que aumentou consideravelmente de tamanho, ferida sangrante e pinta com mais de uma cor.
Em relação ao atendimento na rede pública, o paciente é encaminhado por postos de saúde. Os pacientes passam, inicialmente, por uma consulta na clínica médica e quando o médico identifica que o paciente tem alguma lesão de pele ou lesão suspeita de câncer de pele, encaminha o paciente para uma consulta especializada. “Então, esses pacientes são direcionados para uma consulta no ambulatório de dermatologia”, finalizou Guimarães.