
Nos dias 24 e 27 de fevereiro, o Núcleo de Educação Permanente da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (DIEP) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) realizou um treinamento prático com os colaboradores do Pronto-Socorro do Hospital de Base. A capacitação teve como foco as técnicas de contenção mecânica e física, visando aprimorar a segurança dos pacientes e da equipe de enfermagem.
De acordo Ana Paula Lustosa Alves, chefe do Núcleo de Educação Permanente da DIEP, o treinamento foi adaptado para se encaixar na rotina intensa do pronto-socorro. “Desta vez, será apenas presencial e focado exclusivamente na parte prática, sem a abordagem teórica e legislativa do formato anterior. Organizamos turmas em diferentes turnos para não comprometer a assistência”, explicou.
A iniciativa surgiu de uma parceria com a supervisão de enfermagem do setor e da necessidade de orientar uma equipe que enfrenta dificuldades para participar de treinamentos extensos. “A alta demanda do pronto-socorro impede que os profissionais se afastem por muito tempo. Por isso, levamos o treinamento até eles, garantindo que possam se atualizar sobre as melhores práticas sem prejudicar o atendimento”, destacou Ana Paula.
A expectativa é que entre 150 e 200 colaboradores do pronto-socorro sejam treinados, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e até médicos, fortalecendo o atendimento humanizado e seguro aos pacientes. “Nosso objetivo é atualizar e capacitar os profissionais para que possam oferecer uma assistência de qualidade, garantindo a integridade física do paciente e evitando riscos tanto para a equipe quanto para terceiros”, completou Ana Paula.
Pacientes psiquiátricos precisam de atenção especial

Josilene Cardoso Pereira, supervisora de enfermagem do Pronto-Socorro do Hospital de Base, ressaltou a importância do treinamento diante do perfil dos pacientes atendidos no setor. “Recebemos pacientes que precisam ser atendidos por diversas especialidades, incluindo psiquiátricos que, muitas vezes, chegam ao hospital por conta de alguma outra condição. Muitos deles acabam entrando em surto durante o atendimento. Isso aumentou a necessidade de capacitar a equipe, especialmente os técnicos de enfermagem, para garantir uma contenção de qualidade com orientação médica”, afirmou.
A capacitação abordou aspectos fundamentais para evitar riscos durante a contenção, como explica Josilene. “A falta de técnica adequada pode gerar danos graves, como o uso incorreto de torniquetes, que pode comprometer a circulação do paciente. Com o treinamento, os profissionais ganham mais segurança ao aplicar as técnicas corretas.”
Além da equipe de enfermagem, os médicos também participaram, uma vez que a contenção precisa ser prescrita por um profissional habilitado. “O treinamento também ajuda na comunicação com os familiares, utilizando os termos corretos e garantindo maior compreensão do procedimento”, acrescentou Josilene.