Crises e Urgências em Saúde Mental: Hospital de Base recebe encontro promovido pelo Conselho Regional do Serviço Social

Crises e Urgências em Saúde Mental: Hospital de Base recebe encontro promovido pelo Conselho Regional do Serviço Social

Debate discutiu a desinstitucionalização e a capacitação de profissionais no DF

por Bruno Laganá

Auditório do Hospital de Base foi palco para o debate no avanço do cuidado à saúde mental. Créditos: Divulgação/IgesDF

Na manhã da quinta-feira (30/01), o Auditório do Hospital de Base foi palco de um importante debate no avanço do cuidado à saúde mental no Distrito Federal. O evento “Crises e Urgências em Saúde Mental” teve como objetivo promover uma discussão avançada sobre a desinstitucionalização no atendimento psiquiátrico e capacitar profissionais de saúde para a gestão de crises em saúde mental, um tema cada vez mais relevante na atualidade.

A assistente social da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (DIEP) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Beatriz Liarte, destacou que o evento foi uma parceria do Conselho Regional de Serviço Social (CRESSDF) com o Núcleo de Saúde Mental do SAMU.

Segundo Beatriz, o Distrito Federal tem avançado ainda de maneira tímida na implementação de políticas que buscam o fechamento de hospitais psiquiátricos, como o São Vicente de Paulo, e a transição para um atendimento mais humanizado e inclusivo. “É extremamente importante que os profissionais estejam capacitados para essa intervenção em saúde mental, não de forma manicomial, mas em consonância com a reforma psiquiátrica”, afirmou Beatriz.

A reforma psiquiátrica, sancionada em forma de lei em 2001, tem como premissa a progressiva desativação dos manicômios e a adaptação da rede de atendimento à saúde mental. Porém, de acordo com Beatriz, a rede de atendimento no DF ainda não consegue atender a demanda de pacientes com transtornos mentais.

A psiquiatria no Hospital de Base

A ala psiquiátrica do HBDF foi criada em 1979, próximo ao jardim da unidade, e hoje conta com 25 leitos de internação. Créditos: Alberto Ruy/IgesDF

O serviço de psiquiatria no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) foi implementado no início das atividades do hospital. Segundo o chefe da psiquiatria do hospital, Sérgio Cabral Filho, a atividade já foi montada na unidade seguindo o pensamento e a lógica de ter a psiquiatria junto com as outras especialidades, que é o preconizado pelo Ministério da Saúde.

“Em 1979 foi criada a ala psiquiátrica, próximo ao jardim, que hoje conta com 25 leitos de internação. Metade desses leitos são regulados em panorama 3 pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde do DF e o restante é utilizado para a necessidade de internação mais prolongada de pacientes que chegam em atendimento de emergência pelo Pronto Socorro. Na ala psiquiátrica do Pronto Socorro, existem 11 leitos de observação, com suporte 24 horas, para atendimento de casos de urgência e emergência em situações mais graves”, explica Sérgio

A equipe da enfermaria psiquiátrica do HBDF conta com uma equipe multidisciplinar completa com profissionais como médicos psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, farmacêuticos clínicos, além dos cuidados de enfermeiros e técnicos de enfermagem. A ala psiquiátrica também tem o apoio de médicos de outras especialidades do hospital que podem atender aos pacientes caso haja um parecer.

Debate e capacitação

Jamila Zgiet, assistente social da Subsecretaria de Saúde Mental, que representou a subsecretária da pasta, Fernanda Figueiredo Falcomer. Créditos: Divulgação/IgesDF

A abertura do evento contou com a presença de Jamila Zgiet, assistente social da Subsecretaria de Saúde Mental, que representou a subsecretária da pasta, Fernanda Figueiredo Falcomer. Jamila falou sobre a importância da integração entre os serviços de saúde mental e outros setores, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). “A saúde mental precisa ser integrada à saúde pública de forma mais ampla, e precisamos fortalecer os vínculos entre os serviços para que o atendimento seja mais eficaz”, disse Jamila.

A mudança de paradigma na saúde mental no DF também foi abordada por Ana Luiza Ribeiro Câmara, representante do CRESSDF, que destacou a importância da ampliação de vagas em leitos de internação nos hospitais regionais para atender de forma mais humanizada às pessoas em crise. “Temos que pensar em espaços adaptados para receber essas pessoas com dignidade”, afirmou.

Ainda de acordo com Ana Luiza, “a temática do encontro é importante, pois dialoga com os valores éticos do Serviço Social, especialmente com o compromisso com a qualidade dos serviços prestados e com a formação continuada”.

O evento contou com palestras e debates liderados pelas especialistas Renata Cavalcante e Samita Vaz, ambas do Núcleo de Saúde Mental do SAMU. Renata, assistente social e especialista em saúde mental, abordou a importância da capacitação para os profissionais de saúde, especialmente assistentes sociais e psicólogos, para poderem atuar de forma mais eficiente no acolhimento e cuidado dos pacientes em crise.

Já Samita Vaz, psicóloga, enfatizou a necessidade de adaptação dos espaços de atendimento para pessoas com transtornos mentais, destacando que a infraestrutura de grande parte dos serviços de saúde no DF ainda não estão preparados para receber esse público de maneira digna.

Mariana Mota, da Gerência de Serviço Social da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), também destacou a importância da necessidade de um olhar mais atento para as demandas da saúde mental e a integração dos serviços. “Este é um evento fundamental para o fortalecimento da identidade profissional do serviço social da saúde, qualificando as suas ações, promovendo um cuidado integral e o enfrentamento de estigmas em uma perspectiva alinhada ao projeto ético-político profissional e da Reforma Psiquiátrica”, disse.

O evento foi uma oportunidade para discutir os desafios da área, mas também avaliar e propor soluções práticas para melhorar o atendimento às pessoas com transtornos mentais no DF. A capacitação contínua dos profissionais de saúde e a adaptação dos serviços são fundamentais para que a reforma psiquiátrica tenha sucesso e se traduza em benefícios para a população.

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