Um dia dedicado aos profissionais responsáveis pelo acompanhamento de uma nova vida desde a gestação até a hora do nascimento. Neste sábado (12) é celebrado o Dia do Médico Obstetra e o Dia Nacional do Enfermeiro Obstetra. Os dois profissionais prestam assistência durante o momento do nascimento e são responsáveis pela garantia de um parto seguro e respeitoso para o binômio materno-infantil. Das unidades geridas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é o único que possui atendimento obstetrício.
Referência no atendimento de gestantes de alto risco da Região Sul e Entorno Sul, o HRSM conta com um total de 64 médicos ginecologistas/obstetras, sendo seis plantonistas por período no Centro Obstétrico. Além disso, são dois médicos na Maternidade, um ginecologista/obstetra e um residente na Enfermaria de Alto Risco, um médico na Enfermaria de Cirurgia Ginecológica. Além de quatro profissionais atendendo no Ambulatório de Gestação de Alto Risco de segunda a sexta-feira, e seis médicos que atendem no Ambulatório de Cirurgia Ginecológica e no Centro Cirúrgico Ginecológico.
“A paciente que procura atendimento médico na área de Ginecologia e Obstetrícia, seja gestante ou não, é atendida de forma integral, onde são observadas todas as suas necessidades, visando um cuidado e tratamento completo. Tanto o obstetra como a enfermeira obstetra e os demais profissionais que compõem a equipe multidisciplinar são de fundamental importância em um serviço de alto risco como o prestado no HRSM. As decisões são tomadas em conjunto com a equipe, a fim de esperar o melhor desfecho, seja na parte ginecológica, seja na espera de um bebê”, explica o Responsável Técnico (RT) de Ginecologia/Obstetrícia do HRSM, Dr. Manoel Augusto Ribeiro Alves.
Perfil das pacientes
Segundo ele, as mulheres atendidas no Pronto Atendimento do Centro Obstétrico do HRSM são aquelas que necessitam de cirurgias ginecológicas, muitas vezes chegam com sangramento devido a miomas uterinos e adenomiose, além de problemas como incontinência urinária e distopias genitais.
“Também temos as gestantes que necessitam de acompanhamento de alto risco por apresentarem diabete gestacional, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, obesidade, trombofilias, fetos com restrição de crescimento. Como atendemos muitas gestantes de alto risco, temos muitos partos prematuros e cerca de 50% são cesáreas devido à complexidade destas pacientes, muitas vezes com múltiplas comorbidades”, lembra.
Nos três primeiros meses de 2025, o HRSM realizou um total de 954 partos, sendo 312 em janeiro, 304 em fevereiro e 338 em março. Hoje, o HRSM possui uma equipe multiprofissional em todo o bloco materno-infantil, composta pelos técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas, ginecologistas/obstetras, assistentes sociais, psicólogos e pediatras neonatologistas.
Na avaliação de Dr. Manoel, a profissão de ginecologista/obstetra é uma das mais importantes e gratificantes que existem, pois é através das mãos do especialista que se avalia o bem-estar da mãe e do bebê. “Ao ser obstetra, não cuidamos só de uma vida, e sim de uma família. É algo muito gratificante, desde quando ainda não se vê o bebê, mas sabe que existe uma vida ali, até a hora em que o colocamos no colo da mãe e do pai. Ser obstetra é desafiador, mas é incrivelmente gratificante quando entregamos o maior bem para uma família”, afirma.
Acompanhamento da gestação
A humanização nos atendimentos é uma realidade no Hospital Regional de Santa Maria e começa desde o primeiro atendimento da gestante, seguindo pela internação, consultas do pré-natal de alto risco e no pós-parto e orientações sobre amamentação no Banco de Leite Humano.
“O atendimento humanizado é um direito de toda gestante e puérpera, e o objetivo é respeitar os aspectos da fisiologia feminina, reconhecer os aspectos sociais e culturais do parto e nascimento, oferecer suporte emocional à mulher e a sua família, garantir os direitos de cidadania e deixar que o processo fisiológico ocorra normalmente. Quando possível, ouvir e respeitar as escolhas das gestantes e puérperas, favorecendo o progresso fisiológico do parto, evitando traumas emocionais à parturiente”, explica o Responsável Técnico (RT) de Ginecologia/Obstetrícia do HRSM.
Hoje, a equipe do Centro Obstétrico do HRSM é composta por 31 enfermeiras obstetras, que também são homenageadas no dia 12 de abril. Segundo a chefe de Enfermagem do Centro Obstétrico do HRSM, Ariodene Carvalho, toda a equipe multidisciplinar trabalha integrada para que a gestante se sinta acolhida e respeitada durante um momento tão único de sua vida, o nascimento de seu filho. Além disso, ressalta a força, dedicação e amor que todas as enfermeiras obstetras do HRSM entregam.
“São mulheres que, com mãos firmes e corações acolhedores, transformam o nascimento em um momento de cuidado, segurança e esperança. Elas não apenas acompanham o início de novas vidas, mas também acolhem mães em suas jornadas mais intensas, oferecendo conforto, confiança e competência em cada gesto”, afirma.
Em sua percepção, ser enfermeira obstétrica é mais do que uma profissão, é um dom, uma missão. “É estar presente quando o mundo de alguém está começando. E é com profunda gratidão que reconhecemos a importância de cada uma que faz parte da nossa equipe. Só posso agradecer por fazerem a diferença todos os dias aqui no HRSM”, conclui.
