Mais de 1% da população brasileira possui algum tipo de perda auditiva –
O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez é celebrado neste domingo (10) e tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da audição e sobre como lidar com pessoas com deficiência auditiva. Serve também para orientar a população sobre o que é a surdez, quais são as suas causas, os tratamentos e quem são os profissionais responsáveis pela saúde auditiva e como eles atuam.
De acordo com a última Pesquisa Nacional do Ministério da Saúde, em 2013, 1,1% da população do Brasil possuía perda auditiva. No Distrito Federal, o censo demográfico de 2010 apontou que do universo de 573.805 pessoas com algum tipo de deficiência, 14,41% apresentavam deficiência auditiva.
A fonoaudióloga do Hospital de Base, Kamila Nunes, explica que a surdez é uma perda total ou parcial na capacidade de perceber sons. Ela pode ser neurossensorial, quando a alteração é na parte interna da orelha, ou condutiva, quando a alteração é na parte externa e/ou média.
“É chamada de mista quando há os dois tipos de alteração, condutiva e neurossensorial. Pode acontecer, ainda, de a alteração ocorrer no caminho entre o ouvido e o cérebro. O grau pode variar desde leve até a anacusia, que é a perda total da audição”, disse a profissional.
Kamila Nunes explica que o diagnóstico das alterações na audição é feito através de diversos exames, como audiometria, logoaudiometria, impedanciometria, potenciais evocados auditivos e emissões otoacústicas.
“A audiometria é um dos exames mais importantes, porque permite avaliar qual é a menor intensidade sonora que a pessoa consegue ouvir consistentemente. Os outros exames oferecem informações adicionais sobre o sistema auditivo da pessoa”, explicou.
PREVENÇÃO – A fonoaudióloga ressalta que algumas perdas auditivas, causadas por algumas etiologias específicas, podem ser prevenidas. Por exemplo, durante a gestação as mulheres podem tomar vacinas e remédios que previnem algumas doenças congênitas que causam surdez.
“Já os trabalhadores podem fazer uso de equipamentos de proteção individual, evitando, desta forma, uma perda auditiva causada pelo ruído no trabalho, assim como os jovens podem evitar o uso de fones de ouvido com intensidade forte, prevenindo uma perda auditiva”, concluiu.
Fotos: Davidyson Damasceno/IGESDF
Texto: Ailane Silva/IGESDF