O Dia Nacional do Teste do Pezinho é comemorado nesta terça, 6, data instituída pela Lei 11.605/2.007 visa conscientizar a população sobre a importância e obrigatoriedade do teste para todos os recém-nascidos.
No dia 26 de maio de 2021, foi sancionada a Lei nº 14.154 que ampliou para 50 o número de doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até o ano passado, o exame abrangia apenas seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
Ao longo de 2022, a Maternidade do Hospital Regional de Santa Maria — HRSM registrou 3.225 exames e de janeiro a abril de deste ano, foram 1.222.
Segundo Marília de Moraes Cunha, enfermeira da Maternidade do HRSM, com o Teste do Pezinho é possível diagnosticar precocemente doenças graves do metabolismo. “Como hipotireoidismo congênito, a fenilcetonúria e as hemoglobinopatias. Doenças essas que não apresentam sintomas no nascimento e, se não forem diagnosticadas e tratadas cedo, podem causar sérios danos à saúde, inclusive retardo mental grave e irreversível”, explicou.
A realização do Teste do Pezinho é fundamental para todos os recém-nascidos porque permite identificar bebês com alta probabilidade de apresentar doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas que podem causar sérios danos à saúde e sequelas por toda a vida. “É um exame obrigatório para todos os recém-nascidos no território nacional”, ressaltou Ivonete Rodrigues, gerente da Maternidade do HRSM.
O Bloco Materno infantil do HRSM é composto por uma equipe capacitada e qualificada na realização do exame em todos os setores em que o bebê se encontra internado nos primeiros dias de vida. A conscientização da família quanto a realização do exame é imprescindível na detecção precoce de doenças, evitando, assim, sequelas graves e até irreversíveis.
Em relação ao teste, a coleta de sangue para o exame ocorre, geralmente, em até 48 horas de vida do recém-nascido, podendo ser feito até o quinto dia de vida. No HRSM o teste é realizado próximo das 48h de vida do recém nascido. “E nos bebês prematuros ou com peso menor que 2.500g, são feitas três coletas do exame, com 48h, com 7 dias e 28 dias de vida”, explicou Cunha
Para Alexia Leyene Ribeiro de Lucena, de 21 anos, recepcionista, se atentar a saúde da filha e estar com as vacinas e os exames em dia é primordial. “Acho importante ter as vacinas atualizadas, previne várias doenças e ajuda a criar anticorpos, evitando possíveis doenças”, disse.
O medo ou receio acaba tomando conta de muitos pais que vão levar os filhos para fazer o Teste do Pezinho. Um dos papeis dos enfermeiros e técnicos em enfermagem do HRSM é explicar a importância do teste com o objetivo de sanar todas as dúvidas e até aliviar as angústias dos familiares. “80% da demanda é do Entorno. Se o bebê estiver no hospital até o 7º dia de vida, coletamos a amostra, caso contrário tiver recebido alta são direcionados a qualquer posto do DF”, explicou a técnica de enfermagem do HRSM, Taluana Oliveira Savi. “Gosto de deixar bem explicado, principalmente, para essas famílias da importância de realizar o teste, de não deixar de fazer”, finalizou.