Doação de leite humano: um gesto capaz de salvar vidas

Doação de leite humano: um gesto capaz de salvar vidas

Mães e profissionais da saúde falam sobre a importância da solidariedade

Bruno Laganá

A experiência de dar à luz pode ser, de muitas maneiras, um processo transformador da mulher. Seja por questões no momento do parto ou por medo do desconhecido, sem sombra de dúvida, a maternidade gera incertezas em todas as mães. Inclusive, a amamentação da criança também é um momento em que um novo mundo se abre à frente da mulher.

Para que esse momento tão especial entre mãe e bebê não seja um sofrimento para ambos, o Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Santa Maria tem a missão de atuar na promoção e proteção do aleitamento materno. “Todos os dias passamos visitando e conversando com as mães que acabaram de receber os bebezinhos, perguntando como elas estão, se elas têm conseguido tirar o leite. Nesse processo bem informal é possível identificar aquelas mães que apresentaram dificuldade e prestamos um auxílio”, afirma a chefe do serviço de Banco de Leite Humano do HRSM, Maria Helena Santos Faria.

Maria Helena é a chefe do Banco de Leite Humano do HRSM. Crédito: Davidyson Damasceno

O Banco de Leite Humano é fundamental no apoio aos pacientes prematuros que nascem na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e são recebidos, após a estabilização, na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal (UCIN) do HRSM. “Aqui na UCIN, a gente vai efetivar os cuidados, a amamentação e o aleitamento materno, para que esse bebê cresça e possa ir com segurança para casa. A maioria das vezes se faz necessário o suporte do Banco de Leite Humano para realizar esse acompanhamento”, afirma a chefe do UCIN do HRSM, Rosane Medeiros.

Muitas vezes, a mãe no pós-parto não consegue a produção de leite necessária para atender a demanda do bebê. “A gente orienta as mães, seguindo as informações e diretrizes do ministério da Saúde, sobre a importância do leite humano. É ele que vai trazer vários benefícios no desenvolvimento dessa criança ao longo da vida”, explica Rosane.

Taiana Rocha, 31 anos, recebeu a notícia de que estava grávida de sua segunda filha, com surpresa. A chegada prematura de Elisa também a deixou ainda mais fragilizada: “quando eu descobri a gravidez, foi muito difícil e eu não sabia que ela ia vir tão cedo assim. O Banco de Leite Humano está sendo fundamental, tanto para mim quanto para ela, pois é ótimo saber que vamos conseguir amamentar ela. É muito importante as mãezinhas que podem realizar as doações. Eu também queria doar, mas infelizmente tenho baixa produção de leite. Essa é a minha segunda gestação e, também na primeira, eu não produzi leite o suficiente para poder amamentar. Minha primeira filha, a Helena, também precisou das doações do banco de leite porque também nasceu abaixo do peso”, afirma.

 

A doação como ato de amor e solidariedade

A produção de leite materno, depende de estímulos, de massagem e ordenha ou de um bebê que mame no peito. Porém, como algumas crianças estão internadas na UTIN e ainda não podem ir ao seio materno, a produção de leite dessas mães pode cair.

Foi o caso de Poliane Rodrigues de Oliveira, 28 anos, mãe do Davi Luiz. “Eu tive meu bebê no Hospital de Sobradinho, mas como lá não tinha incubadora para ele, fomos transferidos para o Hospital Regional de Santa Maria. No início, eu estava produzindo bastante leite e consegui realizar a doação. Mas agora a produção diminuiu e eu estou precisando das doações para amamentar o Davi. Se não existisse esse banco de leite os nossos bebês poderiam passar fome”, declara.

Brasília/DF. 25/01/2020. Doação de leite materno. Banco de Leite e Unidade de Tratamento Intensivo – UTI Neonatal do Hospital Regional de Santa Maria – HRSM. Foto: Davidyson Damasceno/Ascom IGESDF.

Patrícia Vieira da Rocha, 25 anos, levou um susto quando a bolsa amniótica estourou às 33 semanas de gestação. “Eu nem sabia o que estava acontecendo”, disse. Helena recebeu o seu primeiro alimento diretamente do Banco de Leite. “Eu não estava conseguindo retirar o leite e as colaboradoras do serviço vieram e me ensinaram como fazer a ordenha”, afirma Patrícia.

Nervosa e apreensiva, Patrícia tinha receio de não conseguir alimentar Helena. “Na minha ideia, era assim: ganhava o neném e já conseguia amamentar, mas não é bem assim. Foi todo um processo e fiquei me cobrando muito para poder dar leite e cheguei a pensar que não conseguiria. As colaboradoras do banco me acalmaram e falaram para que eu não me cobrasse tanto, que era um processo”, disse. Enquanto não conseguia, sua bebê era alimentada com as doações do banco.

Aos poucos, com muita orientação, Patrícia conseguiu tirar o primeiro mililitro de leite para alimentar Helena. “Foi uma felicidade danada. Fui aos poucos conseguindo melhorar a ordenha. Hoje já estou amamentando livre demanda, não preciso mais das doações do banco de leite e estou muito feliz. Agradeço muito o Banco de Leite Humano porque se não fosse por ele, a Helena não teria o alimento e eu não teria conseguido aprender a tirar o leite.

Perguntada se pretende começar a realizar doação para o Banco, Patrícia se anima: “ainda não consigo fazer doações, mas se eu conseguir, irei doar, pois acho muito importante por conta das mãezinhas que não conseguem tirar o leite”, explica. A chefe do UCIN, Rosane Medeiros, complementa: “eu sou muito grata ao Banco de Leite. Esse apoio é fundamental para a gente conseguir o desenvolvimento dos bebês. Aquela mãe que muitas das vezes só consegue tirar pouco leite e que diz que não será capaz, recebemos também esse apoio psicológico do Banco, para falar para ela que mesmo esse pouco é como se fosse ouro”, finaliza.

 

Toda mãe que amamenta é uma doadora em potencial

Precisamos sempre incentivar a doação, pois o leite humano é capaz de salvar vidas. A chefe do Banco de Leite, Maria Helena Santos Faria, lembra que toda mãe que amamenta pode ser uma doadora. “Aquela mãe que está amamentando e o peito está vazando leite, pode ligar no telefone 160 opção 4, ou entrar no site do IgesDF (ou no site do Amamenta Brasília), que lá vai ter o caminho para ela se cadastrar para ser uma doadora de leite”, explica.

Ainda de acordo com Maria Helena, a doadora não precisa sair do conforto de sua casa. “Nós vamos até ela com potes de vidro e tampas de plástico e todo aparato de higienização necessário. Se ela já tiver leite, a gente realiza a coleta. Se não, são agendadas visitas semanais à sua residência, onde recolhemos as doações e deixamos novos frascos vazios”, orienta.

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