
Aproximadamente vinte membros da equipe de enfermagem da Hemodinâmica do Hospital de Base passaram, nesta terça-feira (18), pelo treinamento para a realização do procedimento de Implante de Transcateter da Válvula Aórtica (TAVI). Em breve, o procedimento passará a ser realizado no serviço de hemodinâmica da unidade.
Segundo a chefe de enfermagem do serviço, Ângela Aguiar, o treinamento é importante para que todos fiquem alinhados quanto à realização do procedimento. “É uma técnica nova que, tanto médicos quanto equipe de enfermagem, precisam trabalhar em sintonia para o sucesso do procedimento”, explicou.
De acordo com ela, a equipe realizou treinamento sobre anatomia, sinais e sintomas, revisarem as principais características da válvula balão expansível, e analisaram os principais pontos do procedimento e os materiais a serem utilizados.
“É um dispositivo médico projetado para substituir uma válvula aórtica doente ou danificada, que não esteja funcionando corretamente”, explica Gabriel Kanouche, chefe do serviço de hemodinâmica no HBDF. De acordo com ele, uma válvula doente é frequentemente associada à estenose aórtica, onde ela se estreita, dificultando o fluxo sanguíneo do coração para o resto do corpo.

De acordo com o Dr Gabriel, o TAVI é um procedimento menos invasivo para correção do problema. “É realizado sob sedação e, na maioria dos casos, a gente pulsiona a artéria, de preferência a artéria femoral e, através dela, a prótese é conduzida até o coração, ao nível da válvula aórtica. Lá, abrimos a prótese biológica em cima da válvula nativa, corrigindo o problema”, explica.
O Dr Gabriel lembra que, neste procedimento, não há cirurgia para a remoção da válvula doente. “Não há a retirada da válvula nativa. Com o TAVI é possível colocar essa prótese biológica por cima da que já existe. É um procedimento indicado para pacientes idosos, acima de 75 anos, considerados de alto risco cirúrgico”, explica.
Anteriormente, a única alternativa dos pacientes era a cirurgia cardíaca aberta, que exigia um corte no peito e era bastante invasiva. “Essa nova técnica é fundamental na cardiologia, pois não apenas melhora a qualidade de vida dos pacientes, mas também reduz o risco de complicações. Ao ser menos invasiva, o TAVI oferece menores riscos e possibilita uma recuperação mais rápida para os pacientes”, explica Gabriel.
A fila para a realização do procedimento é organizada pela central de regulação da Secretaria de Saúde.