A última terça-feira, 30 de maio foi o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, uma data que tem como objetivo dar visibilidade, conscientizar, informar e alertar à população para a doença neurológica, crônica e autoimune, reforçando um diagnóstico e tratamento adequado.
Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), estima-se que no Brasil, 40 mil pessoas apresentem a esclerose múltipla, atingindo, geralmente, pessoas na faixa etária entre 20 e 50 anos e em especial mulheres.
A Esclerose múltipla é uma doença provocada pelo próprio sistema imune ocasionando inflamação em várias partes do sistema nervoso central, formado pelo cérebro e medula espinhal. De janeiro a dezembro de 2022, o Hospital de Base do Distrito Federal – HBDF registrou 387 atendimentos.
“A causa da doença não está totalmente esclarecida. Porém evidências indicam que a associação entre predisposição genética e agentes ambientais, infecciosos e metabólicos estariam envolvidos na gênese desta patologia”, explicou Ronaldo Maciel, coordenador do Ambulatório de Doenças desmielinizantes do HBDF, Ronaldo Maciel Dias. Os principais sinais de alerta da doença são visão embaçada, escurecida, visão dupla, vertigem, tontura, desequilíbrio, falta de coordenação, fraqueza muscular e incontinência urinária.
Apesar de não ter uma cura estabelecida, a esclerose múltipla é passível de tratamento e controle. O diagnóstico é feito com avaliação clínica de um neurologista, seguido de exames complementares. “Apesar de ser considerada uma doença rara. A Esclerose múltipla é uma doença que incapacita jovens sendo bastante estigmatizante”, explicou Dias.
O diagnóstico precoce permite a rápida instauração de tratamento adequado, prevenindo o desenvolvimento de incapacidade. “O rápido reconhecimento e a ampla conscientização facilitam a melhor abordagem terapêutica destas pessoas”, complementou.
No Hospital Regional de Santa Maria – HRSM, os pacientes são atendidos e direcionados ao ambulatório de referência em Esclerose múltipla no HBDF. Para a neurologista do HRSM, Stephanie Almeida, é importante que o público e profissionais de saúde conheçam afundo os sinais e sintomas da doença. “Que tem tratamento eficaz, especialmente, se a doença for diagnosticada cedo”, finalizou.
Capacitação
O IgesDF em parceria com a APEMIGOS – Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla do Distrito Federal e Entorno, disponibiliza o curso de capacitação Esclerose Múltipla – Capacitação para Profissionais da Atenção Primária e todos os profissionais de saúde que desejarem se aprofundar no tema.
Com mais de 300 certificações emitidas pela Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa do IGESDF, o curso aborda aspectos gerais da Esclerose Múltipla com o principal objetivo de aprimorar a assistência e o diagnóstico precoce da condição, visando evitar a introdução tardia ao tratamento modificador da doença. “Esse curso é realizada à distância e voltado para todos os profissionais de saúde interessados em otimizar o atendimento ao paciente com esclerose múltipla, e foi organizado a partir da demanda de pacientes e profissionais”, disse Emanuela Ferraz, diretora de Ensino, Pesquisa e Educação do IgesDF.
Link para inscrição: https://igesdf.org.br/curso-esclerose-multipla/