Encontros têm como foco unir forças para reestruturar toda a área da saúde pública do DF –
Na manhã desta terça-feira (30), aconteceu uma reunião na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho para debate sobre soluções para a saúde pública da localidade visando a integração entre UPAs, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e hospitais.
Reuniram-se o diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), Francisco Araújo, o Subsecretário de Assistência da Secretaria De Saúde, Ricardo Ramos e o superintendente da Região de Saúde Norte, Ricardo Tavares, além do administrador de Sobradinho II, Alexandre Yanez, diretores de hospitais da região e assessores.
Conforme destacou o presidente do IGESDF, o projeto-piloto que iniciou em Ceilândia, e já foi levado para Santa Maria, segue agora para as demais regiões do DF a fim de que a população seja atendida de forma mais célere e integrada.
“Com a criação do instituto, temos uma capacidade instalada muito grande. Estamos contratando pessoas, comprando equipamentos, enfim, fazendo tudo o que é preciso. Mas, sem as retaguardas, não temos como garantir que o atendimento seja o ideal. Por isso, precisamos colocar em funcionamento o que temos hoje para que a população não fique completamente desassistida. Precisamos colocar as equipes de saúde da família para trabalhar. Se formos esperar para reestruturar tudo, a população vai sofrer e não é isso que queremos”, afirmou.
Francisco avalia que o trabalho em rede com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) já rende bons frutos e ficará ainda melhor.
“Devemos resolver as coisas por partes e nos territórios, principalmente colocando para funcionar o que for possível para que os serviços tenham andamento. São as pessoas que mudam as coisas e é com isso que devemos trabalhar. A SES assinou contrato de manutenção predial para dar apoio aos hospitais da região. E nós, como instituto, estamos prontos para agir”, salientou.
O superintendente Ricardo reafirmou a importância do trabalho regionalizado na área da saúde para que os fluxos funcionem melhor.
“Trabalhando com o georreferenciamento e com o atendimento inicial nas UBSs conseguimos fazer com que o paciente seja direcionado de forma mais adequada e isso dá um resultado melhor. Por isso, é importante contarmos com essas parcerias para que possamos organizar os processos e atender as demandas de nossa regional”, disse.
O subsecretário de Atenção Integral à Saúde (SAIS), Ricardo Ramos, representante do secretário Osnei Okumoto, destacou que o que a população precisa é de informação e acolhimento.
“Nossa comunidade deve ser acolhida e receber as informações de maneira adequada. Às vezes, o atendimento não será imediato, porém, temos a obrigação de esclarecer dúvidas e orientar da melhor maneira possível para que as pessoas se sintam cuidadas”, concluiu.
Ações – Ainda, durante as discussões, a subsecretária de Gestão de Pessoas, Silene Quitéria Almeida Dias, concordou com o presidente do IGESDF em relação ao enfrentamento das dificuldades, afirmando que é preciso trabalhar com o que se temn a fim de que se possa reestruturar o restante.
“Nessa região temos dificuldade de prover a força de trabalho. Por isso, estamos pensando na possibilidade de ampliação das horas dos profissionais das áreas assistenciais e no fracionamento das cargas horárias conciliando a necessidade de cada unidade e dos servidores para o melhor resultado”, destacou.
Além disso, a ideia de um ambulatório itinerante também surgiu durante a conversa. O presidente Francisco sugeriu que ambulâncias do SAMU, reformadas pelo IGESDF, virem consultórios móveis para atender locais mais afastados.
“A criação do IGESDF foi, justamente, para solucionarmos os problemas da saúde do Distrito Federal, e é isso que temos que fazer, pensar em maneiras criativas de ajudar a população”, ressaltou.
Saúde na Região Norte – A Região de Saúde Norte compreende Sobradinho, Fercal, Sobradinho II e Planaltina. A única UPA está localizada em Sobradinho II e dois hospitais atendem a população: um em Sobradinho, que é referência em Trauma, e o outro em Planaltina. Na atenção secundária há três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e duas policlínicas. A atenção primária é composta por 34 UBS e 97 equipes de saúde da família.
Texto: Leilane Oliveira/IGESDF
Fotos: Ascom/IGESDF