Além da apresentação musical, diversas atividades foram realizadas como inauguração de um espaço, entrega de placas de homenagem e corte de bolo
O som emitido pelos instrumentos de mais dezenas de músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro sinalizaram a abertura da comemoração dos 59 anos do Hospital de Base (HB), nesta quinta-feira (12), promovida no jardim da unidade pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF). Os músicos também tocaram nos corredores do Hospital de Base, regidos pelo maestro Claudio Cohen, enquanto houve corte de bolo e soltura de 59 balões na área externa.
“Hoje é um dia muito importante. Esse é um hospital referência. Quando as pessoas pensam em saúde, lembram sempre do Hospital de Base, porque está de portas abertas não só para a população do Distrito Federal, mas de todo o Brasil”, comemorou o vice-governador, Paco Britto.
“Para nós, gestores, o Hopital de Base é o mais importante da rede de saúde do DF e um dos mais importantes do país. Aqui, cuidamos dos pessoas com câncer e de pacientes com doenças com alta complexidade. Só de comemorar essa data sabendo que o hospital está estruturado, com equipes completas. humanização, e voluntários atuando todos os dias já é muito motivo de alegria”, ressaltou o diretor-presidente do IGESDF, Francisco Araújo.
Para o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, é preciso agradecer a todos os colaboradores que atuam no hospital. “Tanto os profissionais celetistas, quanto servidores e voluntários, são responsáveis pelo sucesso do Base. Foram mais de 7 mil cirurgias até agosto, 2,3 consultas por mês em oncologia.Esses números mostram que esse hospital responde dignamente à população do DF”, disse Osnei Okumoto.
O secretário de Assistência à Saúde do Ministério (MS), Francisco Figueiredo, destacou que a gestão do Base está entregando cada vez mais serviços para a população, o que é motivo para comemorar. “Os 59 anos do Base representam a construção de um presente sólido e um futuro promissor com as novas medidas adotadas pelo IGESDF”, disse.
COMEMORAÇÕES – Durante a comemoração, foi a inaugurada a Casa Rosa da Rede Feminina de Combate ao Câncer, no jardim do Hospital de Base, onde serão preparados cerca de 400 lanches para serem servidos gratuitamente pela Rede Feminina. O espaço que assemelha-se a uma copa passou por reforma que custou mais de R$ 20 mil realizada pela Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, por meio de doações.
Houve, ainda, entrega de placas de honra ao mérito para grupos de voluntários do Hospital de Base. No total, são quatro grupos de voluntários, com mais de 600 pessoas, atuando diariamente nas dependências do hospital. São eles: Movimento de Apoio ao Câncer (MAC), com aproximadamente 60 voluntários; Serviço Auxiliar Voluntário (SAV), com cerca de 160 pessoas; Associação Amigos do Hospital de Base (AAHB), que possui 100 voluntários; e a Rede Feminina, que tem aproximadamente 300 voluntários
A programação teve o lançamento de dois livros, sendo um de fotografia chamado “Olhar que acolhe”, composto por registros das vivências da fisioterapeuta do Hospital de Base, Karla Xavier. As fotos retratam quatro anos do trabalho dela, principalmente, na UTI coronária.
O segundo livro foi o Guia de Condutas Oncológicas do Hospital de Base, que trata sobre o Serviço de Oncologia Clínica do Hospital de Base, que é uma das referências para o tratamento do câncer no DF. O livro foi editado por Amanda Bruder Rassi, Daniel da Motta Girardi e Rodrigo Bovolin de Medeiros.
Já o diretor-presidente do IGES-DFrecebeu uma obra de arte das mãos de Eleanor Moren, esposa do pediatra pioneiro de Brasília Oscar Mendes Moren, falecido no ano passado.
HISTÓRIA – O Hospital de Base é a maior unidade da rede pública de saúde da capital e reconhecidopelo atendimento de trauma e procedimentos de alta complexidade.Inaugurado em 12 de setembro de 1960, foi chamado, inicialmente, de Hospital Distrital. A unidade tem 54 mil m² de área construída.
Em janeiro de 2018, ele passou a se chamar Instituto Hospital de Base (IHBDF), com autonomia para contratar profissionais, comprar insumos e gerir um orçamento de R$ 602 milhões, sendo o primeiro hospital público da capital a adotar o modelo de administração.
Em 2019, ele voltou a ser chamado de Hospital de Base, ainda integrando o agora denominado Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF – composto, ainda, pelo Hospital Regional de Santa Maria e todas as seis unidades de pronto atendimento.
DADOS – O Hospital de Base realizou mais de 7 mil cirurgias de janeiro a agosto deste ano. De janeiro a julho, foram feitos 527.552 procedimentos com finalidade diagnóstica, 1.023.232 procedimentos ambulatoriais e 177.877 consultas.
ONCOLOGIA –O Hospital de Base possui o maior serviço de oncologia do DF. São cerca de 30 médicos oncologistas e 30 leitos de enfermaria só para atender usuários com o diagnóstico. São aproximadamente 150 casos novos de câncer no ambulatório, por mês. A unidade atinge o quantitativo de mais de 2,3 mil consultas oncológicas mensais, além de 800 quimioterapias e 60 pacientes tratados com radioterapia feita no equipamento chamado acelerador linear, com técnica tridimensional (3D), que permite mais segurança e menos efeitos colaterais.
LEITOS – O Hospital de Base conta com 68 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), todos em pleno funcionamento. São 20 vagas para trauma, 20 para a unidade cirúrgica, 12 para pediatria, oito destinadas à unidade coronária e oito gerais. A assistência é prestada por equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e técnicos de enfermagem.
Neste ano, o Base reabriu 26 leitos gerais com a reativação do sétimo andar, recebeu cadeiras de rodas, cadeiras de banho e computadores.
METAS – Entre as metas previstas para 2019/2020 estão a construção de nova subestação elétrica para receber mais equipamentos, reestruturação do Núcleo de Medicina Nuclear para instalação do Pet-CT, reestruturação dos serviços de radiologia com modernização do parque tecnológico, reestruturação e ampliação dos serviços de radioterapia e oncologia, reforma do Bloco de emergência (pronto-socorro, centro cirúrgico e UTI), reestruturação da Unidade de Psiquiatria, modernização do parque tecnológico da hemodiálise, reforma e adequação da Central de Manipulação de Quimioterápicos e implantação de plataforma de ensino à distância no Hospital de Base.
Texto: Ailane Silva/IGESDF
Fotos: Davidyson Damasceno/IGESDF