O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) sediou, nesta segunda-feira (24), a apresentação do projeto nacional pelo “Fortalecimento do Sistema Brasileiro de Vigilância da Resistência Antimicrobiana”, sob coordenação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em parceria com o Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IgesDF). Participaram representantes das instituições parceiras na realização, integrantes do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e da Coordenação de Controle da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
Com o objetivo avaliar o impacto do pacote de “Medidas de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde e Resistência Microbiana”, o projeto terá duração de um ano e será realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Trauma e na clínica de Hematologia do HBDF.
“São áreas críticas e onde há mais pacientes de risco. O Hospital de Base e o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram escolhidos para dar início a esse projeto liderado pela Anvisa”, explicou o coordenador do Núcleo de Infecção Hospitalar do HBDF, Julival Ribeiro.
Julival aproveitou para abordar as consequências por trás da resistência microbiana. “Em 2019, cerca de 1,7 milhões de mortes foram atribuídas às bactérias multirresistentes”, frisou o infectologista. “Nós temos a obrigação de assegurar a qualidade em saúde e segurança do paciente e iremos dar o nosso melhor para realizar um projeto tão honroso como este”, complementou.
A coordenadora do projeto e gerente de Vigilância e Monitoramento em Serviço de Saúde (GVIMS), Magna Machado de Miranda Costa, destacou a importância do lançamento. “O projeto, para nós, é fundamental e tem como pontos focais os hospitais do Brasil”, explicou. “Durante a manhã, mostraremos com detalhes desta trajetória que vamos iniciar hoje”, acrescentou.
Em seguida, para dar continuidade ao tema, o analista técnico da Fiocruz, André Luiz de Abreu, ressaltou a importância de ver o projeto evoluindo. “É uma honra ver este projeto saindo do papel e entrando em hospitais para transformar o combate à resistência microbiana no Brasil”, disse.
A representante da Gerência de Risco de Serviços de Saúde e da Coordenação do Distrito Federal de Controle de Infecção Relacionado à Assistência à Saúde, Rafaella Bizzo, apontou a necessidade de replicar o projeto. “É muito revigorante ver o Hospital de Base ser escolhido para fazer parte deste projeto que surgiu em um momento tão propício”, observou. “A covid-19 trouxe o cenário da resistência microbiana. Ficamos muito felizes em ver o projeto se iniciar no DF porque, assim, pode ser replicado para outras unidades hospitalares”, destacou.
A representante da Coordenação Geral de Laboratório de Saúde Pública (CGLAB) do Ministério da Saúde, Renata Tiguline de Souza Peral, o projeto fortalece o plano nacional de prevenção e combate à resistência antimicrobiana. “Agradeço também ao IgesDF por ter aberto as portas do Hospital de Base para esse projeto”, disse o gerente geral do HBDF, Bruno José Queiroz Sarmento.
Para o diretor da Divisão de Vigilância Sanitária do Distrito Federal (Divisa-DF), André Godoy Ramo, as práticas hospitalares foram fundamentais durante a pandemia de covid-19 e o projeto cumpre papel fundamental. “Tenho orgulho por estar presente e espero que consigamos evoluir no combate aos microrganismos resistentes”, ressaltou.
Por fim, o presidente do IgesDF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, agradeceu a presença de todos e ressaltou a relevância do projeto. “É importante pensarmos em novas tecnologias e projetos para frear a resistência. Sem dúvidas, terá o apoio total da alta gestão e sabemos que trará um resultado de impacto para o paciente”, finalizou.