Aproximadamente 58 toneladas de enxoval – vestuário e roupas de cama – são lavadas por mês para atender pacientes e funcionários do Hospital de Base, sob a gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGESDF). A unidade garante roupas em quantidade suficiente, o que contribui para o conforto do paciente, racionalização de tempo e de material, redução de custos operacionais, além de ser essencial para o controle de infecções.
A chefe do Núcleo de Hotelaria em Saúde do IGESDF, Célia Regina Vieira, explica que a lavagem é feita por uma empresa terceirizada, que é inspecionada regularmente quanto ao cumprimento das normas sanitárias vigentes. O custo é de R$ 3,10 por quilo, sendo o valor médio mensal de R$ 178 mil e o custo anual de mais de R$ 2 milhões de reais.
Um serviço essencial
“Temos camareiros que são responsáveis pelo recebimento do enxoval, separação, embalagem, organização e abastecimento de todas as alas do hospital. Eles realizam a forragem das camas dos pacientes e organizam os leitos para as admissões. Já os auxiliares de lavanderia, recolhem a roupa suja e realizam pesagens para que possamos ter controle do enxoval e garantir que não haja sumiço de peças”, informou.
Segundo ela, desde que o Hospital de Base passou pelas mudanças do modelo de gestão, não há falta de roupa limpa, que é ofertada na quantidade ideal. “Com base no Manual de Lavanderia Hospitalar do Ministério da Saúde podemos trabalhar com mudas de roupas continuas. Enquanto uma muda está em processamento de lavagem, outra está em uso, uma terceira aguarda higienização e uma fica armazenada para eventuais demandas extras”, explicou.
A lavagem é industrial, em que são utilizados diferentes tipos de produtos com formulação química e propriedades desinfectantes: virucida, fungicida, bactericida e esporicida. Dessa forma, todo enxoval chega ao usuário de forma segura mantendo, além de conforto, o controle sobre riscos de infecções.
“Toda logística é fiscalizada pelo Núcleo de Hotelaria Hospitalar. São 53 colaboradores terceirizados, camareiros e auxiliares de lavanderia, que cuidam do enxoval 24 horas por dia em todos os dias da semana”, disse.
Os enxovais para os pacientes incluem lençóis, cobertores, camisolas, batas, calças, camisas, e shorts ortopédicos. Já para os servidores, o conjunto de roupa privativa é composto de camisa e calça. As roupas foram desenhadas de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
“Há processo de aquisição de outras peças especiais como toalhas de banho, fronhas, coletes para acompanhantes, traçado (reforço colocado no meio da cama para mobilização do paciente acamado) e babadores utilizados para pacientes mais graves que não possam usar o enxoval habitual”, lembrou Célia.
Nas demais unidades que passaram a integrar o IGESDF, que são o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a ideia é padronizar o enxoval, conforme modelo existente no Hospital de Base. Além disso, serão implantados meios para fortalecer o controle do enxoval. As mudanças estão em fase de estudo para viabilidade e implantação.
Para o presidente do IGESDF, Francisco Araújo é importante levar ao conhecimento da população todos os gastos e investimentos do Instituto. “Tudo aqui é público e a populaça é quem paga. Por isso, tem que ser informada para saber onde e como se gasta o dinheiro da Saúde do DF”, finalizou.
Texto: Ailane Silva/IGESDF
Fotos: Lúcio Távora/IGESDF