A cidade mais populosa do DF vai ganhar também hospital de campanha, que quando a pandemia passar será unidade Materno-Infantil
Ceilândia ganhou um novo hospital nesta segunda-feira (13). A unidade modular, anexa ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), conta com 54 módulos hospitalares refrigerados com 73 leitos – sendo três com suporte de ventilação mecânica –, distribuídos em uma área de 1.015 m². Uma rampa faz a ligação entre essa unidade e o Hospital Regional da cidade, facilitando o atendimento à população.
O projeto começou a ser construído em 10 de junho e foi entregue após 33 dias. A unidade, que entra em funcionamento hoje (13), tem como objetivo atender à população da cidade infectada pelo novo coronavírus (Covid-19) e reduzir a incidência da doença na região administrativa, local com a maior quantidade de casos no DF.
“Essa entrega tem um significado enorme. Temos doado nossas vidas, dias e noites para cuidar das famílias do DF. É complicado transformar um sistema de saúde deficitário em eficiente em 120 dias. Nos reinventamos nessa crise para fazer a população sobreviver. Pegamos uma rede hospitalar que funcionava com problemas para funcionar melhor e tratar doentes de um jeito diferente, enfrentar um vírus que ninguém sabia a sua reação. Todas essas dificuldades são tratadas diuturnamente”, afirmou o governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do hospital.
“Estamos de cabeça erguida, trabalhando todos os dias. Temos produzido resultados e conseguido cuidar da população”, acrescentou o secretário de Saúde, Francisco Araújo. Durante o evento, o secretário de Saúde anunciou que o hospital de campanha da Polícia Militar, com capacidade para 86 leitos, será inaugurado nesta semana. É mais uma unidade para atender a população infectada pelo vírus no DF.
Além do hospital modular, Ceilândia ganhará ainda um hospital de campanha – a ordem de serviço foi assinada durante entrega do Hospital Modular –, como reforço das ações do Governo do Distrito Federal (GDF) em prol da saúde. A unidade terá 60 leitos, sendo 20 com suporte respiratório e 40 de enfermaria em uma área de 2.115,72 m² na QNN 27, Área Especial, Lote D. Após a pandemia, ela será transformada em uma unidade materno-infantil.
“É uma satisfação a empresa, nesse momento tão crítico, fazer um ato solidário para ajudar nesse momento difícil onde todos precisam juntar forças para fazer o melhor e sair dessa crise da melhor forma possível”, apontou Wesley Filho, CEO da JBS, empresa responsável pela doação do hospital.
Também em andamento está a construção da nova UPA da região administrativa, na Expansão do Setor O – QNO 21, AE D. Ela será uma das sete novas unidades no DF, administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). As outras estão sendo construídas em Brazlândia, Paranoá, Gama, Ceilândia, Riacho Fundo II, Planaltina e Vicente Pires.Vale lembrar que Ceilândia já dispõe de uma UPA, localizada na QNN 27, Área Especial D. Esta foi reformada no ano passado e está em pleno funcionamento.
Fazer o bem – A JBS, por meio do programa Fazer o bem faz bem, doou R$ 11 milhões para o enfrentamento do coronavírus no Distrito Federal, incluindo o valor a construção do hospital modular inaugurado nesta segunda. Além da nova unidade em Ceilândia, Brasília tem recebido da empresa equipamentos de proteção individual (EPIs), itens de higiene e limpeza e cestas básicas para instituições sociais do DF, que devem impactar mais de 2,5 milhões de pessoas.As doações integram um esforço nacional da JBS de enfrentamento à Covid-19. Ao todo, a empresa pretende doar R$ 400 milhões a 19 unidades da Federação e a mais de 200 cidades.
Texto: Ian Ferraz e Carolina Jardon / Agência Brasília
Com informações da Secretaria de Saúde