Hospital Regional de Santa Maria é palco do Fórum de Saúde Mental da Região de Saúde Sul

Hospital Regional de Santa Maria é palco do Fórum de Saúde Mental da Região de Saúde Sul

Evento tem o objetivo de discutir melhorias e levar propostas para as autoridades

Jurana Lopes

Nesta terça e quarta-feira, dias 17 e 18 de setembro, acontece o Fórum de Saúde Mental da Região de Saúde Sul. O evento é promovido pelos Conselhos Regionais de Saúde do Gama e de Santa Maria e ocorre no auditório do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), das 13h às 17h.

Mesa de abertura foi composta pelos representantes dos Conselhos Regionais de Saúde do Gama e de Santa Maria e representantes das superintendências. Foto: Divulgação/IgesDF

Com uma ampla programação, o Fórum tem o objetivo de discutir a importância de tratar a saúde mental, apresentar propostas e sugestões de ferramentas que possam resultar em melhorias para o tratamento dos transtornos psíquicos de toda a Região de Saúde Sul (Gama e Santa Maria).

“O propósito do fórum é chamar a atenção das autoridades, que vejam a importância que é a saúde mental. Vamos sacudir essa bandeira, vestir a camisa da saúde mental, que hoje é uma pauta muito importante para todos, tanto para o trabalhador, tanto para a nossa comunidade, onde a gente vê crescendo o número de crianças e adolescentes com algum tipo de transtorno. Precisamos ter uma atenção voltada para isso”, destaca a presidente do Conselho Regional de Saúde de Santa Maria, Denise Bastos.

Atualmente, a Região Sul conta apenas com um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), localizado em Santa Maria e isso foi bastante debatido pelos participantes do evento que compuseram a mesa de abertura.

Membros da DISSAM, da Secretaria de Saúde do DF, destacaram como funciona a rede de atenção psicossocial. Foto: Divulgação/IgesDF

Para o superintendente da Região de Saúde Sul, Willy Pereira da Silva Filho, é fundamental a abertura de um novo CAPS no Gama, mas sem esquecer de compor a força de trabalho de equipes especializadas para atuarem com a atenção psicossocial. “Precisamos de mais espaços, mas também precisamos de equipe multidisciplinar pra trabalhar atendendo a demanda de pacientes, que tem sido cada vez mais alta”, lembra.

A diretora clínica do HRSM, Janaína Cristina Machado, destacou a importância de um olhar sensível à causa, tendo em vista que a saúde mental é um problema constante nos dias atuais. “Essa é uma luta sensível, pois trabalhamos com pessoas cada vez mais no seu limite. Aqui dentro do IgesDF temos o projeto Acolher, voltado para os colaboradores que quiserem fazer um acompanhamento com a equipe multidisciplinar para tratarem sua saúde e bem-estar, o que é essencial para a vida”.

Ocorreu momento de automassagem e Reiki com a realização de práticas integrativas. Foto: Divulgação/IgesDF

No primeiro dia do Fórum ocorreram duas palestras voltadas para as políticas públicas para a saúde mental infanto-juvenil, uma foi apresentada pela Diretoria de Serviços de Saúde Mental (DISSAM), da Secretaria de Saúde do DF, que abordou de maneira resumida as principais legislações acerca do tema e os serviços disponível na rede pública de saúde, destacando a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

Já a segunda palestra foi apresentada pela psicopedagoga Thais Holanda, do Instituto Social Santa Maria, com o tema: O cotidiano pode ser adoecedor. Ela abordou a importância do uso controlado das telas, do bullying e do cyber bullying, dos transtornos atuais, principalmente os que podem ser piorados com o uso excessivo de telas e a saúde mental das crianças, principalmente as que estão dentro do transtorno do espectro autismo (TEA) e as possibilidades terapêuticas com TEA. Também ocorreu a realização de práticas integrativas com os participantes, com a prática de automassagem e Reiki.

Foi um momento de debate sobre as políticas públicas de saúde mental infantojuvenil e de adultos. Foto: Divulgação/IgesDF

Nesta quarta-feira, o evento abordou as políticas públicas voltadas para a saúde mental adulta e realizou uma palestra com o tema: Discutindo emoções e iniciativas para a valorização da vida, além da realização de oficinas temáticas para discussão de possíveis propostas de melhorias.

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