Para humanizar ainda mais o atendimento e transformar um momento de angústia e preocupação em boas lembranças, a equipe de enfermagem da Sala de Assistência do Recém-Nascido (SARN), mais conhecida como aquário, do Centro Obstétrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) realiza ensaios fotográficos temáticos com os bebês que recebem alta para ficar com a mãe.
“Essa é uma maneira de comemorar a progressão da melhora do recém-nascido, que, muitas vezes, chegou grave aqui e vai sair estável para outras unidades. Somos nós que atendemos os recém-nascidos desde os primeiros minutos de vida. Fazemos o primeiro atendimento ainda no Centro Cirúrgico ou sala de parto. Se o bebê tiver algum tipo de complicação na hora do nascimento, ele é trazido para o aquário, onde é estabilizado e colocado na incubadora até conseguir uma vaga em outro setor ou ser liberado para a enfermaria da Maternidade”, explica a enfermeira neonatologista Ariodene Lima.
Desde o Novembro Roxo, mês de conscientização da prematuridade, a equipe que fica na SARN decidiu fazer ensaios temáticos. Primeiro foi realizado um mural de fotos com os bebês que recebiam alta, depois a equipe começou a confeccionar o material e, desde então, fez os registros no Natal, no Carnaval, Páscoa e nesta semana, de festa junina. Conforme a equipe, é uma maneira de amenizar as preocupações da família e todas as fotos são autorizadas pelos pais.
“Fazemos a confecção dos enfeites para as fotos, como do material para uso no dia a dia. Ajustamos o material, gases e deixamos tudo adaptado para os recém-nascidos, que possuem a pele mais delicada, principalmente os prematuros. Todos são bastante engajados e alguns cliques são feitos pela equipe do turno da noite”, explica a técnica de enfermagem Keyssiane Vieira.
A equipe do aquário do CO é composta por uma enfermeira neonatologista, dois pediatras neonatologistas, dois técnicos de enfermagem e uma fisioterapeuta. Eles são responsáveis por prestar a primeira assistência ao recém-nascido, a partir do momento em que ele sai do ventre da mãe.
“É um trabalho desafiador, pois temos que lidar com as emoções e a adrenalina do momento para ajudar em cada caso. Alguns bebês nascem em estado grave, precisamos estabilizar, entubar, fazer a medicação. Só após estabilizar ele aqui é que podemos encaminhar para a unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN)”, relata Ariodene.
As enfermeiras Kamili de Oliveira e a técnica de enfermagem Sheila Lorrane Nunes também ajudam na confecção dos materiais usados tanto no dia a dia, como os utilizados nos ensaios temáticos. São faixas, lacinhos e materiais de apoio para utilização dentro da incubadora, tudo feito com muito carinho e delicadeza.
“Este é um trabalho muito especial. Nos sentimos privilegiadas por atender esses bebês assim que eles nascem. Por isso, queremos que todos saiam daqui bem e, se forem ficar internados por mais tempo, que seja com o maior conforto possível”, conclui a enfermeira neonatologista.