
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) deu início, nesta terça-feira (12), ao III Curso de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde e Uso Racional de Antimicrobianos. O evento, realizado no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), segue até sexta-feira (14) e tem o objetivo de capacitar médicos residentes e demais profissionais de saúde para enfrentar os desafios das infecções hospitalares e do uso consciente de antibióticos.
A programação inclui palestras e discussões com especialistas de renome, abordando práticas de higienização, controle de microrganismos multirresistentes e estratégias para a segurança do paciente. O curso é promovido pelo Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NUCIH) do Hospital de Base (HBDF) e pelo Núcleo de Educação Permanente (NUDEP) da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (DIEP) do IgesDF.

O evento contou com a presença de representantes do IgesDF, Secretaria de Saúde do DF (Ses- DF) e Fepecs, incluindo o coordenador do NUCIH do HBDF e médico infectologista Julival Ribeiro, o coordenador da COREME do IgesDF, Rogério Nóbrega, o diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, Rodolfo Borges, representando o presidente do Instituto, o médico infectologista José Davi Urbaez, representando o Secretário de Saúde do DF, Joana D’arc Gonçalves, representando a diretoria executiva da Fepecs, a diretora de Inovação, Ensino e Pesquisa do IgesDF, Emanuela Dourado, e o superintendente do Hospital de Base, Dr. Guilherme Porfírio.
O médico infectologista Julival Ribeiro enfatizou a gravidade da resistência antimicrobiana e a necessidade de medidas preventivas rigorosas. “Hoje, estamos vivendo uma pandemia silenciosa em relação à resistência antimicrobiana. Há bactérias no Brasil que não respondem a nenhum antibiótico disponível, o que torna essa luta ainda mais urgente”, alertou Ribeiro.

O superintendente do HBDF, Guilherme Porfírio, destacou o impacto financeiro e clínico das infecções hospitalares. “Estudos demonstram que pacientes com infecções relacionadas à assistência à saúde permanecem, em média, 16 dias a mais em unidades de terapia intensiva. Isso representa não apenas um custo elevado para o sistema, mas também um risco considerável para o paciente”, explicou.
A representante da Fepecs, Joana D’arc Gonçalves, reforçou a importância da conscientização entre os profissionais da saúde. “A prevenção está em nossas mãos. Algumas pesquisas indicam que o risco de morte dentro de um hospital pode ser maior do que em atividades de alto risco, como escalada. Isso reforça nossa responsabilidade em seguir protocolos rígidos de higiene e controle”, afirmou.
Para Tazio Vanni, infectologista do HBDF e também palestrante do dia, o curso é de extrema importância para estes residentes que estão ingressando nas Unidades. “É o nosso momento de fazer um combinado importante para os médicos residentes, para que a gente possa ter a melhor assistência para os pacientes e reduzir os riscos relacionados à infecção.”, ressaltou.

Entre os participantes, a residente Bianca Lopes de Sousa Pontes destacou o impacto positivo das palestras. “As temáticas abordadas reforçam questões como a importância da higiene das mãos, do controle de transmissão de doenças e da limpeza de superfícies hospitalares. É um aprendizado essencial para garantir a segurança do paciente”, comentou.
O evento segue com programação até sexta-feira (14), com apresentações de especialistas e discussões sobre os desafios da resistência microbiana e a melhoria da qualidade assistencial.
Confira a galeria de fotos e a programação completa:
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