Na última quarta-feira, o chefe da hemodinâmica do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Raphael Lanza e Passos, conduziu uma apresentação no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) sobre a implantação do tratamento da estenose valvar aórtica por meio do TAVI (implante transcateter de valva aórtica).
A reunião contou com a participação da Coordenação Especial de Atenção Especializada à Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SESDF), Bianca Sousa Lima, e Gustavo Alexim, responsável técnico da cardiologia da SES. O superintendente do HBDF, Guilherme Porfírio, da gerente da gerencia geral da assistência (GEGAs), Adriana Gonçalves, do gerente de medicina interna, Rafael Lisboa e da assessora da superintendência, Karla Daniela também marcaram presença.
O objetivo principal desta iniciativa é oferecer à população do Distrito Federal um tratamento menos invasivo para a estenose valvar aórtica grave em pacientes de alto risco cirúrgico e idosos, nos quais a cirurgia convencional apresenta um risco considerável. O procedimento de TAVI, por ser menos invasivo, promete uma menor morbimortalidade, redução do tempo de internação hospitalar, incluindo um menor período em terapia intensiva, especialmente para pacientes de maior risco cirúrgico e idosos, com idade acima de 75 anos.
“O tratamento da estenose valvar aórtica grave através da TAVI irá ampliar a capacidade terapêutica do IgesDF em pacientes com maior risco de morbimortalidade da doença valvar aórtica grave, com diminuição do tempo de internação”, afirmou o Dr. Raphael Lanza.
A implementação do TAVI no Hospital de Base é considerada uma medida crucial para atender às necessidades dos pacientes com estenose aórtica, especialmente aqueles considerados de alto risco para cirurgia cardíaca convencional. Este procedimento inovador oferece uma alternativa menos invasiva, com potencial para reduzir tempos de recuperação, minimizar o trauma cirúrgico e diminuir a necessidade de transfusões sanguíneas.
“A implantação do TAVI será um marco importante para o HBDF e representa um avanço significativo no tratamento da estenose valvar aórtica. Estamos comprometidos em proporcionar o melhor cuidado possível aos nossos pacientes”, afirmou Porfírio.
Além disso, para a implantação do TAVI conforme a Portaria da GM/MS número 3414 de 9 de abril de 2024, serão necessários investimentos na aquisição de novos insumos e OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais), uma vez que se trata de um procedimento não padrão que exige materiais específicos. Também será crucial garantir a disponibilidade de vagas na UTI cardiológica (UCO) e de enfermaria para complementação do repouso pós-procedimento, bem como a disponibilidade de ecocardiograma na sala de procedimento durante o TAVI e uma equipe da cirurgia cardíaca disponível.
A introdução do TAVI não apenas visa melhorar a sobrevida dos pacientes, mas também aliviar os sintomas incapacitantes associados à estenose aórtica, como falta de ar, fadiga e tonturas, contribuindo assim para uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes. Estudos têm demonstrado resultados promissores, equiparando a eficácia do TAVI à cirurgia aberta na redução da mortalidade.
Em consonância com as diretrizes clínicas atuais, a adoção do TAVI reflete o compromisso do Hospital de Base com a excelência no cuidado ao paciente e a incorporação de avanços tecnológicos na prática clínica. Ao oferecer o TAVI, o hospital reafirma sua posição como centro de alta complexidade em cardiologia intervencionista e fortalece sua reputação como instituição comprometida em proporcionar o melhor cuidado possível aos pacientes cardíacos.