Instituto Hospital de Base registrou aumento de cirurgias e internações em 2018

Instituto Hospital de Base registrou aumento de cirurgias e internações em 2018

O Instituto Hospital de Base (IHB) registrou aumento dos atendimentos de janeiro — desde que começaram as atividades — a outubro deste ano. A comparação foi feita com o mesmo período de 2017 (veja tabela abaixo).

Nos dez primeiros meses de 2018, foram 3.984 cirurgias eletivas. O número é 13% mais elevado em relação aos procedimentos feitos no ano passado.

Os atendimentos de urgência na atenção especializada cresceram de 159.036 para 199.011, no mesmo intervalo.

As internações também subiram de 11.853 para 14.537.

E as consultas na atenção especializada (ambulatórios) passaram de 22.624 para 31.381.

O diretor-presidente do IHB, Ismael Alexandrino, afirma que as mudanças foram alcançadas com menos recursos. Ele explica que, na transição para o novo modelo de gestão da unidade, parte dos repasses que saem da Secretaria de Saúde e participariam dos processos do instituto ficou retida por entraves burocráticos, previstos na mudança.

“Temos os complementos mensais de setembro e de outubro, as emendas parlamentares destinadas ao instituto e os ressarcimentos de desconto em folha dos servidores que não atuam mais no IHB mas continuam na lista de remuneração da instituição”, detalhou Alexandrino.

Outras ações que a direção do Instituto Hospital de Base considera relevante para os resultados alcançados:

Regularização no abastecimento dos materiais ortopédicos e recorde de cirurgias ortopédicas em julho, com 136 procedimentos;

Aquisição de um mamógrafo digital com capacidade para 50 exames por dia;

Reabertura de oito salas de cirurgias, totalizando 12 em operação;

Recredenciamento para transplantes renais;

Economia de 11% nas aquisições de medicamentos oncológicos, de 12,6% na dos quimioterápicos de uso hospitalar e de 49% nas de órtese, prótese e materiais especiais para trauma e ortopedia.

 

O instituto atende toda a população do Distrito Federal, do Entorno e de unidades da Federação vizinhas para procedimentos de alta complexidade.

O atendimento continua público e gratuito. O hospital tem 55 mil metros quadrados, cerca de 3,3 mil funcionários, mais de 700 leitos de internação e faz 500 mil consultas por ano.

A lei que criou o Instituto Hospital de Base foi sancionada pelo governador Rodrigo Rollemberg em 3 de julho. A proposta foi aprovada pela Câmara Legislativa em 20 de junho, e o decreto regulamentador da entidade foi publicado em 14 de julho.

O modelo entrou em funcionamento em janeiro deste ano. Inspirado na Rede Sarah, o IHB é um serviço social autônomo, com regulamentos próprios para compras e contratações, o que assegura agilidade ainda maior em comparação com o Hospital da Criança de Brasília José Alencar.

Trata-se de uma entidade pública de regime jurídico privado. Como no Hospital da Criança, há um contrato com o governo que prevê metas e resultados fiscalizado pela Saúde, e os funcionários são submetidos à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O contrato é de 20 anos, mas as metas serão negociadas anualmente. Para 2018, a previsão de repasse do governo foi de R$ 602 milhões. Ou seja, de pouco mais de R$ 50 milhões por mês. Disso, 77% para pessoal, e o restante, para custeio e investimento.

Como são regidos os empregados do IHB

Cerca de 85% dos servidores da Secretaria de Saúde que serviam no Hospital de Base optaram por permanecer no instituto. De acordo com o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, todos os direitos trabalhistas foram preservados.

Porém, os novos empregados do IHB são regidos pela CLT e foram contratados por meio de processo seletivo próprio.

Segundo a secretaria, a mudança significou mais celeridade às contratações porque a seleção é mais simples do que o concurso público. O instituto funciona com 3.635 servidores: 1.329 celetistas, 2.005 estatutários e 301 residentes.

As regras foram definidas no estatuto do IHB.O instituto tem quadro de funcionários próprio, ainda que com 100% de recursos públicos e de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Agência Brasília

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