A manhã do terceiro e último dia do IV Congresso de Inovação, Pesquisa e Saúde do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) 2024 realizado nesta quinta-feira (28), no auditório do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), trouxe novas discussões acerca de temas diversos de interesse para a saúde e para a medicina moderna.
Abrindo os trabalhos do dia foi promovida uma mesa redonda sobre Cidadania e Saúde moderado por Alice Rocha, advogada e assessora da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa do IgesDF, com as participantes Luciana Musse, mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e professora do Centro Universitário de Brasília (Ceub) e a Tânia Inessa de Resende, Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de Brasília (UnB).
Ambas apresentaram projetos desenvolvidos por equipes multidisciplinares envolvendo profissionais e estudantes de psicologia, direito, enfermagem, educação física, entre outros. Elas apresentaram o PRIS, Projeto Interdisciplinar de Saúde Mental, que acabou inspirando o Projeto Cidadania em Saúde, que tem o objetivo de contribuir para a efetivação do acesso e do direito à saúde por parte dos cidadãos.
“Partimos da noção de que a saúde é um direito fundamental e um bem público que toda pessoa tem o direito de desfrutar do mais elevado nível de saúde física e mental”, explicou a Tânia. Ela contou ainda como o projeto se engaja em envolver e empoderar o paciente a conhecer os seus direitos como paciente do Sistema Único de Saúde (SUS).
A segunda palestra do dia teve o tema “Primeira Infância: Desenvolvimento emocional e aleitamento materno” e foi realizada pelas especialistas na área Ludmila Tavares Costa Ercolin e Elayne Rangel Marinho. Ambas falaram sobre as inovações dentro de um assunto tão delicado que a sociedade já enxerga de forma muito prática.
Ludmila Ercolin iniciou a conversa falando sobre a necessidade dos profissionais melhorarem a sua escuta ao paciente. De acordo com ela, é preciso melhorar as habilidades de escutar e compreender por meio de comunicação não verbal, realizar perguntas abertas e mostrar empatia, entre outros. Ela deu dicas também de como construir confiança, dar apoio e usar uma linguagem mais simples para conversar com o paciente.
A palestra reforçou ainda a necessidade do profissional de saúde em melhorar a sua empatia. “O atendimento médico empático está associado a muitos benefícios, incluindo melhores experiências do paciente, adesão às recomendações de tratamento, melhores resultados clínicos, menos erros médicos e alegações de negligência e maior retenção de médicos”, disse Ludmila.
Já Elayne abordou o tema do aleitamento sobre a perspectiva do teleatendimento, contando como foi a experiência que ela participou na época da pandemia de COVID-19. Ela contou também sobre o estudo que ajudou a realizar no preparo dos profissionais do banco de leite humano para realizarem o atendimento remoto.