Ter um filho internado de maneira prolongada não é nada fácil, a rotina é bastante pesada e cansativa, principalmente para as mães, que em suma maioria, são quem ficam como acompanhantes em tempo integral. Para levar um pouco de leveza para elas e reduzir o estresse e as preocupações diárias, a equipe multidisciplinar da Unidade de Cuidados Prolongados Pediátricos (UCPPED) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) promoveu, nesta sexta-feira (10), um dia repleto de homenagens para as mamães.
“Decidimos fazer essa ação porque elas vão passar o Dia das Mães aqui. Tanto elas como alguns membros da equipe que também são mães e cuidam dos filhos de outras pessoas. Elas desempenham e desenvolvem esse papel de mãe todos os dias, cuidando destas crianças. Então, todo dia é dia delas”, explica a psicóloga Gabriela Mateus.
Com direito a um café da manhã especial e entrega de lembrancinhas, elas tiveram dia de beleza com massagista, fizeram maquiagem e arrumaram os cabelos. Além disso, tiveram um happy hour, feito mensalmente, mas desta vez, para celebrar o Dia das Mães. É um momento que contou com música, karaokê, petiscos e lanches especiais como pizza.
“É uma data extremamente importante, porque é crucial para elas estarem aqui, mesmo longe de outros filhos, como é o caso de algumas mães. Elas fazem tudo pelos filhos, amam incondicionalmente. Esse dia é para elas se lembrarem o quanto elas são importantes e merecem todas as homenagens. Vemos o carinho que elas colocam em cada gesto”, destaca a psicóloga.
Karina Rodrigues, de 39 anos, está internada no HRSM com a filha Helena, há dois meses, mas desde que a filha nasceu ela vive dentro de um hospital, devido às condições clínicas da pequena. O home care da Helena finalmente saiu, depois de 9 meses de vida dela e de vivência em hospital. Porém, é um misto de alegria e medo, porque ela se sente insegura para ir para casa com a filha.
Sobre as homenagens, ela adorou. “Achei muito legal e prazeroso ter este momento, porque tem dias que ficamos tão tristes e desoladas, não é fácil ter filho especial, vivemos com medo de perdê-los”, desabafa.
Elidiane Silva, de 33 anos, amou a ação e aproveitou para deixar os cabelos ainda mais cacheados e bonitos. Há quase um ano sua filha caçula nasceu e desde então, ela mal consegue ir para casa, em Santo Antônio do Descoberto, visitar as outras duas filhas, de 9 e 2 anos.
“Me corta o coração estar longe delas neste momento, mas não tenho com quem revezar aqui no hospital. Vou uma vez no mês ficar com elas. Dias assim nos alegram muito, pois traz um aconchego e acalento”, relata.