Entre os principais impactos a se considerar após a implementação do setor de imuno-hormônio está o aumento da capacidade diagnóstica. O Hospital Regional de Santa Maria – HRSM amplia, com o novo serviço, sua capacidade de diagnóstico e oferece uma gama mais ampla de exames laboratoriais, melhorando a eficiência dos serviços.
Além disso, o setor de imuno-hormônio é especialmente relevante para a área de obstetrícia de alto risco. “É a área que mais solicita os exames para citomegalovírus (CMV), da toxoplasmose e para rubéola. É extremamente importante durante o pré-natal”, explicou Marlucy Mendes Soares de Sousa, chefe do Núcleo de Laboratório Clínico do HRSM.
Para o analista de Laboratório e responsável pelo setor de imuno-hormônio do HRSM, Yuri Fonseca de Araújo, o maior benefício com o novo setor é a rotina dos testes que detectam doenças infecciosas congênitas logo após o nascimento dos recém-nascidos, impactando diretamente no Centro Obstétrico, na Maternidade, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) do HRSM.
“Com isso a detecção será mais rápida e, consequentemente, o tratamento de doenças infecciosas congênitas será acelerado”, disse. “Além dos benefícios a esses setores, também haverá o benefício ambulatorial de pacientes que fazem acompanhamento ambulatorial no próprio HRSM e HBDF para tratamento de hipertireoidismo, hipotireoidismo e tratamento de câncer”, acrescentou.
Pelo setor, são contemplados todos os pacientes internados no HRSM, pacientes ambulatórias da unidade com solicitações de exames de urgência e pacientes oriundos das Unidades Básicas de Saúde – UBSs e das Unidades de Pronto Atendimento – UPAs da Região Sul, com pedidos de urgência e emergência.
O Núcleo de Laboratório Clínico (Nulab) do HRSM é um serviço essencial na realização de exames e análises laboratoriais, contribuindo para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes.
Ao todo, o Nulab conta com 88 colaboradores, desde assistentes administrativos até técnicos de laboratório e analistas.
O núcleo é composto por nove setores: a Coleta, a Qualidade, o Almoxarifado, a Hematologia, a Bioquímica, a Microbiologia, a Urinálise, a Imunologia, o Imuno-Hormônio. Além disso, o núcleo também conta com Laboratório de Apoio. Cada um desempenhando funções específicas para garantir a qualidade e eficiência dos serviços prestados.
De janeiro a abril deste ano, o Nulab realizou 320 mil exames. Em relação ao tipo de exame por origem, estão a Bioquímica, que registrou 227 mil exames. Seguido pela Hematologia (50 mil), Imunologia (24 mil), Microbiologia (10 mil), Urinálise (7 mil), entre outros. O mês que obteve o maior número de exames realizados foi abril, registrando 86 mil.
Estrutura do Nulab
A estrutura do Nulab é ampla e diversificada. O setor de Coleta é responsável por receber os pacientes e colher as amostras biológicas necessárias para os exames. Os profissionais são capacitados para realizar o procedimento de forma segura, seguindo as normas e protocolos de biossegurança.
Já a Qualidade tem a função de assegurar que os processos realizados no laboratório estejam de acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos regulatórios, tais como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Conselho Regional de Farmácia (CRF) e o Conselho Regional de Biomedicina (CRBM). Como também é responsável pelas boas práticas laboratoriais.
A equipe monitora e controla a qualidade dos exames, desde a coleta até a entrega dos resultados, garantindo a confiabilidade e rastreabilidade. “Hoje possuímos certificado de proficiência emitido pelo ControlLab”, ressaltou Sousa.
Em relação ao Almoxarifado, o setor realiza o controle e armazenamento adequado dos insumos, reagentes e materiais utilizados nos exames laboratoriais. “A equipe tem a tarefa de manter o estoque sempre abastecido, evitando a falta de materiais, garantindo a continuidade dos serviços”, explicou a biomédica.
Por outro lado, a Hematologia é especializada no estudo dos componentes sanguíneos, como células vermelhas, células brancas e plaquetas. Para auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de doenças hematológicas, realiza análises laboratoriais. Enquanto a Bioquímica é responsável pelas análises químicas do sangue e de outros fluidos corporais, avaliando a função dos órgãos e detectando possíveis alterações metabólicas. É responsável por exames como glicemia, perfil lipídico, função hepática, entre outros.
A Microbiologia estuda dos microrganismos presentes em amostras clínicas, auxiliando no diagnóstico de infecções. “E realiza as análises de cultura bacteriana, testes de sensibilidade a antimicrobianos e identificação de patógenos”, acrescentou Sousa.
Por fim, a Urinálise realiza a análise de urina, avaliando características físicas, químicas e microscópicas para detectar possíveis doenças renais, infecções do trato urinário, entre outras condições. A Imunologia dedica-se ao estudo do sistema imunológico com testes rápidos e realiza análises laboratoriais relacionadas a anticorpos, marcadores imunológicos e testes sorológicos, contribuindo para o diagnóstico de doenças autoimunes, alergias, infecções virais, entre outras condições relacionadas à resposta imune do organismo.
O laboratório de apoio oferece suporte técnico e realiza análises mais complexas e especializadas, sendo responsável por exames específicos e de maior complexidade.