Comunicar uma notícia ruim é sempre algo complexo e que, muitas vezes, precisa de uma abordagem cuidadosa e empática com o receptor. A questão fica ainda mais sensível quando se trata de uma informação relacionada à saúde. Para capacitar ainda mais os profissionais que lidam diariamente com essas situações, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) está realizando, nesta quinta e sexta-feira, dias 6 e 7 de março, a capacitação sobre “Comunicação de Más Notícias”, promovido pela Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (DIEP).
A psicóloga Leidiane Brandão, do Núcleo de Educação Permanente (Nudep) foi quem ministrou a capacitação e destaca que curso é mais voltado para a sensibilização dos profissionais de saúde, para ensinar os colaboradores como fazer a comunicação de más notícias, tendo em vista que más notícias não são somente sobre óbito, sobre morte. A capacitação desta quinta-feira (6) ocorreu no auditório do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e a turma de sexta (7) será na DIEP, localizada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).

“Qualquer notícia que vai afetar a vida daquele paciente, por mínima que seja para o profissional de saúde, pode ser uma notícia difícil para aquele paciente. Então, o objetivo é sensibilizar, falar sobre isso, mostrar um protocolo existente, que é o protocolo SPIKES, que a gente usa muito para fazer uma boa comunicação de uma má notícia”, explica.
Segundo ela, a capacitação tem como público-alvo toda a equipe multidisciplinar. Dentre os temas discutidos na capacitação, foram abordadas questões como a importância de comunicar ao paciente sobre sua condição clínica, verificar se ele quer continuar recebendo essa atualização ou se prefere que as atualizações sejam repassadas para algum familiar.
Além disso, orientações sobre dar as informações claras e objetivas, evitar a dureza nas palavras, responder os questionamentos acerca da má notícia de maneira honesta e transparente, compreender os limites do paciente e da família, permitir que o paciente viva seu luto e entender que a reação dele não é pessoal com o profissional. Também ressaltou-se a importância dos profissionais aprimorarem suas habilidades de comunicação.