O uso de tecnologia vai melhorar cada vez mais os serviços de saúde pública prestados aos habitantes do Distrito Federal e Entorno. Exemplo disso é o projeto-piloto de rastreabilidade de medicamentos, que será expandido a outras unidades de saúde pública para reduzir gastos e dar mais segurança ao paciente.
Essa previsão foi destacada pela governadora em exercício Celina Leão, ao visitar nesta quarta (19) o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), localizado na cidade do mesmo nome, inaugurada há 30 anos no Centro-Sul do DF, a 30 km de Brasília.
O objetivo da visita foi conhecer o projeto-piloto de rastreabilidade de medicamentos desenvolvido desde junho deste ano na segunda maior unidade hospitalar de saúde pública do Distrito Federal, que conta com 384 leitos, sendo 60 em Unidade de Terapia Intensiva — UTI.
“A saúde está cada vez melhor e avançando”, afirmou a governadora. “Estamos cada vez mais investindo em tecnologia, é uma determinação do nosso governador Ibaneis Rocha, para que a gente melhore cada vez mais a saúde. Aí vamos ter uma diminuição das compras emergenciais por falta de medicamento. É usar as ferramentas de tecnologia a favor da população”,.
A rastreabilidade de medicamentos pode ser entendida como um conjunto de processos e procedimentos que mapeia e gera o histórico de cada posição do medicamento, desde sua origem até o consumidor final.
Em breve, a experiência será executada pelo Hospital de Base do Distrito Federal, a maior da saúde pública do DF, que está também sob a administração do IgesDF e já está em andamento em unidades de pronto atendimento (UPAs).
O projeto teve início na Unidade de Terapia Intensiva Adulto, no serviço de Centro Obstétrico e na Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (Ucin).
Estoque em tempo real
Durante a visita, o presidente do IgesDF, Juracy Cavalcante, explicou detalhes sobre a experiência pioneira. Inclusive o fato de o projeto servir para o cumprimento de uma meta internacional voltada à segurança do paciente.
“É um projeto de extrema importância, porque vai trazer mais segurança ao paciente e vai trazer uma economicidade aos cofres públicos”, assinalou “Poderemos controlar com estoque em tempo real, para reduzirmos contas emergenciais, fazermos permutas entre os de medicamentos ou materiais próximos ao vencimento. Já estamos com alguns setores sendo controlados”.
Segundo o presidente do IgesDF, todas as unidades vinculadas ao Instituto terão rastreabilidade completa de medicações. “A partir do momento que você tem controle do seu estoque, em tempo real, você tem uma previsibilidade em tempo real do que que precisa comprar, não precisa comprar grandes estoques, consegue acompanhar e ter maior controle de toda a sua cadeira de suprimentos”, complementou.
A visita também foi acompanhada pela secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e pela superintendente do HRSM, Eliane Abreu. A governadora também percorreu o Serviço Odontológico, onde recentemente foi inaugurado o primeiro tomógrafo odontológico da rede pública. Também foram visitadas a Central de Abastecimento Farmacêutico e a Farmácia da UTI, onde é aplicado o processo de rastreabilidade.
“A gente é Iges, a gente é SUS [Serviço Público de Saúde] , a gente é SES [Secretaria de Saúde]”, afirmou a superintendente do Hospital de Santa Maria. “Como atendimento de porta, temos em média 10 mil atendimentos por mês. A internação clínica alcança 900 a 950 internações. Todo esse número mensal de serviços vai ter garantida a rastreabilidade dos medicamentos”, avaliou.
Preferência pelo Santa Maria
Ao saudar os colaboradores do HRSM, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, disse que uma pesquisa feita pela SES apontou uma satisfação dos colaboradores e o desejo de permanência na unidade hospitalar.
“Há um desejo do trabalhador de permanecer em Santa Maria. Isso nos traz a reflexão de que o trabalhador não quer sair deste equipamento público porque aqui se oferta uma saúde de excelência, de qualidade e de comprometimento”, afirmou a gestora de saúde.
O resultado da pesquisa foi comemorado pela superintendente Eliane Abreu. “Isso é extremamente gratificante, porque a gente consegue manter os serviços com as características já alcançadas, do ponto de vista organizacional e estrutural. E e quem ganha é a população da região Centro-Sul do DF e do Entorno”, assinalou.
Confira o vídeo:
Vídeo: Alessandro Praciano/IgesDF