Residência em Medicina de Emergência tem seu espaço no HRSM

Residência em Medicina de Emergência tem seu espaço no HRSM

A modalidade de ensino estimula o conhecimento e a segurança no atendimento ao paciente.

Alexandra Lucas

A Residência em Medicina de Emergência tem conquistado cada vez mais espaço no Brasil. Em 2015, a residência médica na área foi reconhecida pelo Ministério da Educação. No Hospital Regional de Santa Maria — HRSM não poderia ser diferente, existe um espaço destinado para aplicar os conhecimentos e aprimorar as habilidades no atendimento de emergência.

O espaço é o Centro de Simulação Realística, da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal — IgesDF, inaugurado em 18 de maio de 2020, em parceria com a Secretaria de Saúde — SES-DF.

Emanuela Ferraz, diretora de inovação, ensino e pesquisa, ressaltou a importância do programa . “O programa de residência em Medicina de Emergência é essencial para a formação de um corpo médico capacitado para o enfrentamento de situações emergenciais complexas. Não somente nos ambientes de prática real, mas também através da prática simulada, os residentes poderão realizar treinamentos diversificados, sendo que na versão simulada as competências em gestão de crises podem ser melhor desenvolvidas sobretudo pelo ambiente seguro e preservado. Precisamos cada vez mais implementar métodos e instrumentos de inovação na capacitação de nossos profissionais, expandindo não só as áreas de atuação de remediação, mas também de prevenção e contenção de situações adversas, como as que ocorrem em nossos Centros de Simulação Realística.”

Localizado nas dependências do HRSM, o espaço tem o objetivo de ensinar os residentes a aprimorar suas funções no campo de atuação. “O processo da simulação auxilia na representação de um ambiente de aprendizado seguro, ensinando o raciocínio rápido e medidas para atingir a excelência no cuidado ao paciente”, ressaltou o gerente de Ensino da Diep, Paulo Estevão.

A Residência em Medicina de Emergência, com duração de três anos, tem gerado impacto positivo no serviço prestado pelos residentes do HRSM, estimulando a melhoria do atendimento ao paciente, ampliando o conhecimento e a segurança dos profissionais no atendimento adequado ao paciente.

Para Jule Rouse de Oliveira Gonçalves Santos, supervisora da Residência em Medicina de Emergência do HRSM, todo tipo de formação, de educação continuada, traz um impacto positivo porque sistematiza o atendimento dos pacientes da sala vermelha, preparando melhor a equipe. “O que melhora de forma direta a qualidade do atendimento aos pacientes, o relacionamento da equipe médica, de enfermagem, de técnicos de enfermagem e, principalmente, o relacionamento com o paciente”, destacou.

A residência médica é composta por treinamentos práticos. Quando o residente está em contato com o paciente precisa passar por supervisão contínua de um preceptor responsável pelo atendimento ao paciente e pelo residente. Ambos os profissionais podem trocar conhecimento e experiências em relação ao caso analisado. “O residente vai explicar para ele o que ele está achando, o preceptor vai falar se está certo ou errado. Se é um paciente muito grave, o preceptor pode decidir se é ele quem vai assumir a liderança no atendimento”, acrescentou Santos.

Em relação à simulação realística, cumpre papel essencial no aprimoramento das habilidades dos profissionais por meio de práticas. Faz com que sejam mais expostos a situações de risco simuladas em um ambiente controlado.

Segundo Amanda Luíza Aguiar Taquary Alvarenga, de 29 anos, residente do terceiro ano em Medicina de Emergência, reconhece a importância da simulação no atendimento ao paciente grave e a diferença que faz no sistema de atendimento, principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS). “Conseguimos ter momentos teórico-práticos na simulação. Há casos corriqueiros, como de ter feito a simulação e pensar: nossa quando eu estava fazendo atendimento em Santa Maria ou em outro hospital vivenciei algo semelhante e ter o conhecimento e a segurança para realizar o atendimento adequado ao paciente”, finalizou.

Renata Nandes

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