Somos Todos Iguais

Somos Todos Iguais

Campanha de valorização dos profissionais de saúde foi lançada pelo IgesDF na tarde desta quarta-feira (8)

Era 1h da manhã do dia 1º de junho de 2022. A pediatra Maria Paula Almeida estava trabalhando há quase 12 horas no Hospital Regional de Santa Maria. Naquele plantão, havia muitos casos relacionados a questões respiratórias. Enquanto realizava a internação de uma criança, a médica foi abordada pela mãe de outra paciente. A filha pequena estava com febre. “Expliquei o que poderia ser feito no caso da menina, mas que eu precisaria concluir a internação de outra criança. Ela se exaltou, começou a gritar comigo e jogou o computador em cima de mim. Como tentei defender meu rosto, meu braço foi fraturado. Me desequilibrei, bati na pia e também machuquei a costela”, relembra a médica.

Aos 31 anos, a pediatra garante que o mais difícil não foi passar pela dor física. “É uma sensação de impotência, de medo que isso algum dia se repita. Hoje me sinto vulnerável enquanto exerço meu trabalho”, lamenta. Ela conta que, ao mesmo em que o médico é um profissional admirado, é constantemente atacado por pacientes e familiares quando ocorre qualquer problema em uma unidade de saúde. “Durante os plantões, eu e meus colegas ouvimos constantemente que os médicos são vagabundos e não gostam de trabalhar”, lamenta Maria Paula.

Ela reconhece que pacientes e familiares estão fragilizados quando procuram uma unidade de saúde. “Mas as pessoas precisam pensar que, por trás do médico e de cada pessoa da equipe, existe um ser humano, uma vida!”, afirma.

O que ocorreu com a pediatra, infelizmente, não é um caso isolado. A falta de respeito com os colaboradores da saúde, que estão na linha de frente do atendimento, é recorrente. Diante desta triste realidade, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que gere o Hospital de Base, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e as 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do DF, lança a campanha “Somos Todos Iguais”. O objetivo é que a sociedade consiga enxergar o ser humano além do profissional, o indivíduo concentrado, pressionado, e por vezes cansado, que se dedica diuturnamente a curar pessoas e salvar vidas. “E que também tem seus sentimentos, suas vulnerabilidades e sua família”, lembra Maria Paula.

Durante a campanha, a comunicação do IgesDF apresentará em seus canais o perfil de alguns profissionais, e contará um pouco de suas histórias e o que realizam além do horário de expediente. A campanha “Somos todos iguais” também tem como objetivo atender à demanda da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, que acionou o Instituto por meio do deputado distrital Fábio Félix, que sugeriu a realização de ações de enfrentamento as violências no trabalho e campanhas educativas junto aos usuários do SUS, a partir de algumas agressões contra profissionais da saúde, veiculadas na imprensa.

O compromisso de atender à população de forma integral e humanizada faz parte da rotina diária de profissionais como o chefe do Serviço de Fonoaudiologia do HRSM, Tarcyésio de Sousa Sá. “Cuidar do outro é algo fantástico. Mas também somos pessoas, lidamos com doenças e nos sensibilizamos com a vida dos pacientes”, relata.

“Quando os pacientes estão fragilizados, acabam por descontar suas tensões nos profissionais”, lamenta. Apesar dos desafios, Tarcyésio faz questão de guardar as melhores recordações. “Presenciar a melhora do paciente é inexplicável”, emociona-se. Quando não está de plantão, Tarcyésio se dedica a cuidar dos seus pugs, gosta de ir ao cinema, patinar e ir ao parque. “Eu tenho paixão por cachorros, tanto que tenho quatro. No meu tempo livre, procuro me desligar da rotina de trabalho e fazer atividades para me distrair”, conta.

Já a gerente da UPA do Núcleo Bandeirante, Janaína Vieira Almeida, dedica o tempo livre às pessoas que ama, aos amigos e às atividades pessoais. “Sou mãe, sou muito brincalhona, gosto de passar tempo de qualidade com as minhas filhas e minha paixão é dançar”, detalha. Quando chega ao trabalho, o desafio é manter o autocontrole e a compreensão diante de situações repentinas. “Buscar ficar centrada, aprender a ter autocontrole e pensar que estamos ali porque o paciente precisa é fundamental”, ressalta. “Temos a obrigação de prestar o melhor serviço aos pacientes para que o serviço como um todo funcione da melhor forma possível”, destaca.

 
 
Confira o vídeo da campanha Somos Todos Iguais:

Alessandro Praciano/IgesDF

Respeito

Após ficar um mês afastada do trabalho, a pediatra Maria Paula voltou a trabalhar 30 horas semanais no HRSM. “É gratificante! Tenho tanta confiança na equipe do nosso hospital, pois nos dedicamos muito”, elogia. Hoje ela consegue relembrar o ocorrido. “Consigo lidar com o que aconteceu, mas às vezes ainda revivo aquele dia, assustada com aquela atitude, aquela brutalidade”, reconhece.

Não há rancor, pelo contrário. Hoje a pediatra se vê ainda mais sensível à situação dos pacientes. “Não podemos esquecer que precisamos refletir, somos exemplos por nossas atitudes”, afirma. “Sou de uma família de médicos e me dedico muito à minha profissão. Conto minha história e espero que sirva para que ela nunca mais se repita, nem comigo, nem com nenhum colega de profissão”, pede.

Projeto Acolher

Além de situações de violência física e verbal, existe a pressão a que os profissionais da saúde estão constantemente submetidos. Todas essas situações pedem uma atenção especial. Neste contexto, foi idealizado em 2021, pela diretora-presidente do IgesDF, Mariela Souza de Jesus, o Projeto Acolher: Cuidando da saúde do colaborador. O objetivo é promover a saúde e a qualidade de vida no trabalho dos colaboradores do instituto. “O caminho é cuidar da saúde e da mente de nossos colaboradores. Se eles em saúde podem realizar suas funções de maneira otimizada, cuidando da saúde dos usuários”, destaca Mariela. “Estamos cuidando de quem cuida e o intuito é ampliar ainda mais nosso projeto”, resume.

Entre as ações do Projeto Acolher, estão atividades de promoção, prevenção e de orientação nas áreas de Psicologia, Psiquiatria e Nutrição, além de acupuntura, Reiki e ginástica laboral. Apenas em 2022, no âmbito do Projeto Acolher, foram realizados 899 atendimentos em Psiquiatria; 2071 em Psicologia e 289 em Nutrição.

A médica psiquiatra do Hospital de Base e supervisora técnica do Projeto Acolher, Renata Rainha, esclarece que os casos em que os profissionais são tratados de forma agressiva ou violenta acabam desencadeando um ciclo de estresse. “Um ambiente que deveria ser de cuidado acaba se tornando estressante e pode levar a um estado de exaustão, contribuindo para o afastamento dos colaboradores”, lamenta. “Ter um cuidado com a saúde mental contribui para um equilíbrio maior dos colaboradores que estão na linha de frente do atendimento, o que se reflete num melhor atendimento ao paciente”, avalia.

Como buscar o Projeto Acolher?

Os agendamentos podem ser feitos:

• Por iniciativa própria do colaborador;
• Por encaminhamento do médico do trabalho, exclusivamente para início de acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico pela equipe do Projeto Acolher, sendo vedado o encaminhamento para realização de perícia ou elaboração de relatório médico;
• Por encaminhamento da chefia imediata.

Os atendimentos (individuais e/ou em grupo) são feitos mediante agendamento prévio, por e-mail e telefone fixo. Os gestores também podem solicitar a realização de rodas de conversa e de terapia em grupo junto às equipes.

Atendimento à imprensa
Ascom/IGESDF
(61) 3550-9281
imprensa@igesdf.org.br

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